Produção de energia eólica no Brasil
Por: Fernando Schuster • 1/12/2021 • Trabalho acadêmico • 1.833 Palavras (8 Páginas) • 101 Visualizações
A produção de energia eólica no Brasil: Uma análise crítica
Fernando Basílio Schuster; fernandobs46@hotmail.com; Faculdade SENAI Campus Londrina.
Resumo: A produção de energia eólica no Brasil tem ganhado cada vez mais espaço, por ser uma fonte de limpa de se obter energia elétrica, possui vários benefícios que despertam o interesse econômico, não só brasileiro, como em âmbito global. Com isso, este estudo tem por objetivo apresentar dados atuais sobre a capacidade de produção eólica brasileira, inclusive neste período de pandemia da COVID-19 e como ela afetou a produção nacional. Metodologia, é um estudo bibliográfico, de cunho qualitativo. Resultados obtidos: nas últimas décadas, porém principalmente nos últimos anos, a produção de energia eólica cresceu de forma exponencial, mesmo passando por atual crise econômica mundial, o Brasil tem se mostrado com um futuro promissor na capacidade de geração eólica e veem despertando mais interesse conforme sua produção cresce.
Palavras chave: Energia eólica, Energia limpa, Geração eólica
Abstract: The production of wind energy in Brazil has been gaining more and more space, as it is a clean source of obtaining electricity, it has several benefits that arouse economic interest, not only in Brazil, but also on a global scale. Thus, this study aims to present current data on the Brazilian wind production capacity, including in this period of the COVID-19 pandemic and how it affected national production. Methodology, is a bibliographical study, of a qualitative nature. Results obtained: in recent decades, but especially in recent years, the production of wind energy has grown exponentially, even going through the current global economic crisis, Brazil has shown itself with a promising future in wind generation capacity and has been arousing more interest as your production grows.
Keywords: Wind energy, Clean energy, Wind generation
1. Introdução
Com o aumento expressivo no consumo de combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica, o aumento do desmatamento e consequentemente a emissão de gases do efeito estufa, a geração de energia eólica tem estado cada vez mais presente em debates e pesquisas, afim de buscar uma forma para aumentar sua produção e ampliar a substituição no consumo desta energia limpa.
Este tipo de geração de energia no Brasil, é muito viável em regiões norte e nordeste, de maneira que possuem o dobro de volume de ventos em relação ao resto do mundo, e uma menor oscilação de velocidade. A Empresa de Pesquisa Energética, destaca que a capacidade de produção do ano de 2020 foi de 57.051 GWh, reiterando a vantagens destas regiões na capacidade de produção.
Para Santos (2018, p.9), “A importância que a eletricidade exerce desde a saúde, economia, explorações espaciais até a agricultura, lazer e esportes é indiscutível”. Isto nos mostra o quão presente está a energia elétrica em nossas vidas, e como se faz cada vez mais necessário buscar e explorar esta fonte de energia.
2. Metodologia
O estudo é de natureza qualitativa, e apresenta dados de uma revisão de literatura com bases em dados eletrônicos dos livros, artigos publicados em plataformas de pesquisas Google acadêmico e na plataforma DOI, utilizando na busca principal o tema; Parâmetros da energia eólica no brasil e no mundo no período de 2019 a 2021. Assim como também utilizou os dados mais recentes divulgados nos sites oficiais da Associação Brasileira de Energia Eólica e ANEEL. Incorporado também, alguns autores que complementaram a pesquisa para a elaboração deste artigo.
Foram compiladas as informações sobre atuais capacidades da produção de energia eólica no Brasil, a quantidade de parques eólicos e as potências outorgadas e fiscalizada, que foram dispostas em tabelas.
3. Cenário eólica no Brasil
Na década de 90 surgiram os primeiros projetos para implantar a energia eólica no Brasil, esta fonte de energia limpa e sustentável ganhou espaço por ser viável à substituição da geração de energia hidrelétrica em algumas regiões, como no norte e nordeste, onde já era observado a sua grande capacidade de geração.
A Associação Brasileira de Energia Eólica (2020), diz que a geração de energia eólica no Brasil se deu com o primeiro aerogerador instalado, iniciando sua operação em 1992, no arquipélago de Fenando de Noronha (PE). No entanto, Cenários Eólica (2020) afirma que o país sempre priorizava a geração de energia elétrica por meio das hidrelétricas, pois por se tratar de uma tecnologia nova, se tornava inviável economicamente, em contra partida, para a construção hidrelétricas o investimento era de baixo custo e possuía um acionamento mais flexível. Porém, essa perspectiva mudou durante a crise hídrica e energética de 2001, quando o país se encontrou dependente de apenas uma fonte de geração energética. O autor cita ainda que, o país sofria pressões internacionais para implementar como alternativa, novas fontes de energia elétrica para diminuir os impactos ambientais e o efeito estufa (Protocolo de Quioto). Por conta destas pressões, o governo brasileiro criou o programa PROEÓLICA no qual o objetivo era incentivar e fomentar mais empreendimento para a geração de energia eólica. No entanto não obteve resultados satisfatórios e logo foi substituído pelo PROINFA, programa que não só iria incentivar o desenvolvimento das fontes renováveis, também à indústria de turbinas eólicas e de componentes no Brasil.
Como aponta a última edição do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2031), as últimas pesquisas realizadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre a expansão do setor elétrico, indicam que, até 2031, a taxa de participação da matriz de direção eólica será de 19,32%. Portanto, em termos de potência instalada, as fontes eólicas devem ultrapassar as fontes de energia térmica em 2031, ficando atrás apenas de energia hidrelétrica e termoelétricas.
Segundo Miranda (2016), citado por Castro & Oliveira, C. (2018), “Um dos argumentos básicos contrários estão relacionados com a inconstância temporal não controlável e com previsibilidade limitada do recurso eólico e que pode afetar a qualidade da energia distribuída no sistema elétrico”. O autor reforça que a força do vento é diretamente afetada pela posição e força dos sistemas de alta e baixa pressão. Se tratando de segurança, esses fatores têm trazido obstáculos no aumento da geração dos recursos eólicos possibilitando a expansão da geração solar.
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