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Produção Mais Limpa

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Por:   •  7/10/2014  •  1.242 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Mesmo fazendo um exame superficial o cenário empresarial moderno revela inúmeras empresas que estão “pensando verde”. Perguntas podem surgir a respeito de porque a comunidade empresarial estaria tão interessada ​​em agir de forma mais ecológica.

Uma razão seria puramente econômica. Executando um negócio de uma maneira verde pode ser menos onerosa. Reduzir os custos desta maneira poderia significar um aumento nos lucros. A outra razão seria simplesmente uma maneira de ficar em cima de tendências. Quando uma empresa ganha uma reputação de ser atualizada, nova e inovadora ela acaba sendo vista de uma forma mais positiva pelos consumidores. Uma vez que ele é vista com um pensamento sustentável a empresa poderá atrair uma grande quantidade de novos clientes. Claro, existem empresas que investem na produção mais limpa simplesmente pela responsabilidade ambiental.

A verdade é que a adaptação e a adoção de métodos de recursos eficientes e de produção mais limpa é um diferencial. As suas conseqüências e benefícios são diversos.

A implantação do pensamento verde nas empresas é processo que pode demorar anos. Os desafios da utilização eficiente dos recursos naturais, minimização de resíduos e emissões são grandes. Diversas técnicas ou práticas de produção mais limpa são possíveis, que vão desde soluções de baixo ou mesmo sem custo para alto investimento, avançado tecnologias limpas.

Disseminação de informação e sensibilização; formação profissional; nas avaliações de plantas e manifestações; assessoria política; e apoio para a transferência de tecnologias ambientalmente saudáveis​​.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Conceito

Eliminar ou reduzir ou reduzir substancialmente a geração de poluentes no processo produtivo.

Batalha (2011) diz que em consonância com os acordos multilaterais estabelecidos na Rio 92, o conceito de Produção Mais Limpa foi definido conjuntamente pela Organização pelo Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (UNIDO) e pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (PNUMA) em 1991, como a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços com o intuito de aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente.

Segundo a Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), P+L é a “aplicação contínua de uma estratégia ambiental integrada e preventiva para processos, produtos e serviços, para aumentar a eficiência global e reduzir os riscos às pessoas e ao meio ambiente” (UNEP, 2009).

A produção mais limpa pode ser implementada a processos, produtos e serviços, no contexto de processo entende-se que a P + L é inserida no que diz respeito a conservação da matéria-prima e dos recursos (energia, água), além da eliminação de matéria prima tóxica. Para produtos a produção mais limpa se dirige a minimização dos impactos ao longo do ciclo de vida do produto, desde a extração da matéria-prima até a formação do produto em si, enquanto que para serviços deve ser feita a integração das questões ambientais desde a fase do planejamento até a execução.

De acordo com o conceito proposto por Fernandes (2001), a Produção mais Limpa pressupõe quatro atitudes básicas. Considerada a mais importante, a primeira atitude tem como base a não geração de resíduos e a racionalização das técnicas de produção. Não sendo possível empregar o primeiro conceito completamente, a P + L cita a o segundo conceito, que é a minimização da geração dos resíduos, enquanto que o reaproveitamento dos resíduos no próprio processo se insere no terceiro conceito, já a quarta alternativa da Produção Mais Limpa faz referência a reciclagem, com o aproveitamento das sobras ou do próprio produto para a geração de novos materiais (CETESB, 2007, apud HENRIQUES e QUELHAS, 2007).

A Produção Mais Limpa é vista entre os especialistas como uma forma moderna de tratar as questões de meio ambiente nos processos industriais. Dentro desta metodologia pergunta-se “onde estão sendo gerados os resíduos?” e não mais somente “o que fazer com os resíduos gerados?”. Dessa forma, evita-se o desperdício, tornando o processo mais eficiente (MAROUN, 2003, apud HENRIQUES e QUELHAS, 2007).

Segundo Kind (2005 apud HENRIQUES e QUELHAS, 2007) a tecnologia da produção mais limpa é um exemplo de que se pode usar os recursos naturais e ao mesmo tempo praticar o desenvolvimento sustentável. A diminuição dos desperdícios traz ganhos em eficiência dos processos industriais e acarreta na minimização de investimentos em soluções ambientais. Em contrapartida, reduzir a poluição através do uso racional de matéria-prima significa uma opção ambiental e econômica definitiva, conforme afirmam os autores.

A abordagem da PL, segundo Greenpeace (1997), envolve oito etapas, apresentadas a seguir:

a) Identificação da substância perigosa a ser gradualmente eliminada, com base no Princípio Precautório;

b) Execução de análises química e de fluxo de material;

c) Estabelecimento e implementação de um cronograma para a eliminação gradual da substância;

nociva do processo de produção, bem como de correspondente tecnologia de gerenciamento de resíduos;

d) Implementação de processos de produção limpa para produtos existentes e pesquisa de novos;

e) Treinamento e fornecimento de apoio técnico e financeiro;

f) Ativa divulgação de informações para o público e garantia de sua participação na tomada de decisões;

g) Viabilização da eliminação gradativa da substância poluente, através de incentivos normativos e financeiros;

h) Viabilização da transição para a Produção Limpa, com planejamento social, envolvendo trabalhadores e comunidades afetados.

2.2 Produção Mais Limpa versus Teoria Fim de Tubo

O Conselho empresarial brasileiro para o desenvolvimento sustentável - CEBDS (2009) conceitua fim de tubo como os tratamentos de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas que as empresas adotam, ao final de seus processos industriais, com o objetivo de atender aos parâmetros definidos pelos órgãos ambientais.

Almeida

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