Projeto de residência unifamiliar

Em visita realizada na Kurica no dia 24 de outubro de 2011 dirigida pelo Adão, funcionário da Kurica, não foi possível a documentação com fotos, pois não era permitido no local. A Kurica trabalha com todos os tipos de reciclados, de todas as classes, ela esta tentando conseguir uma licença para trabalhar com resíduos industriais, pois ela recolhe o mesmo, mas este é enviando para uma empresa em São Paulo. Os resíduos orgânicos são coletados de grandes produtores, a UniFil por exemplo, este material é colocado sobre uma esteira e os funcionários vão retirando papel, plástico, metais que se encontram dispersos, este material retirado é prensado e comprador por empresas que fazem o seu beneficiamento. O material orgânico enfim é colocado em estufa para a sua compostagem, estufa a qual é aerada, processo em que se tem correntes de ar embaixo do material, o qual faz com que acelere a compostagem.

Os materiais advindos de caçambas são analisados visualmente pelos funcionários, e se eles contém qualquer quantidade de gesso ou outro material da classe C, este material é levado para outro local, e creio eu que ele é enterrado em baias impermeabilizadas com lonas, pois segundo Adão não existe tecnologia ainda para a reutilização deste tipo de material.

Já os resíduos da construção civil são britados em Brita 1 e 2, pedrisco e areia; este material passa por uma máquina que retira objetos metálicos antes dele ser britado. Se tem a compra de brita 1 e 2 para utilização em obras de estradas. Já o agregado miúdo não ocorre tanta procura se comparado com o agregado graúdo, pois não se tem muita utilização do mesmo, e possui muita argila na sua composição o que acaba ocasionando um tom marrom, inviabilizando a sua aplicação em reboco. O Adão comentou que a Quartzolit fez alguns estudo para trabalhar com este material (miúdo), eles estavam impermeabilizando o material para evitar que a argila venha a se desmanchar/ absorver água.  Não se tem o britamento de resto de concreteiras, pois eles adicionam retardadores a base de açúcar que faz com que o concreto leve quase um mês para endurecer.

O Adão também comentou que eles fizeram uma espécie de granulite utilizando tanto o agregado graúdo quanto o miúdo, eles fizeram alguns traços e perceberam que seria inviável trabalhar apenas com este tipo de material, pois para se obter uma maior resistência era preciso se adicionar muito cimento, e a resistência nem se compara com a atingida pelo mesmo traço com agregados naturais.  A resistência atingida foi de 9 a 11 Mpa. O interesse deles para comercializar a areia, é fazer argamassa de assentamento com a mesma, pois ela já possui cal e concreto.

        O material recolhido, visualmente, não é diferente do que se encontra já armazenado conosco. Foi possível perceber que se encontra uma quantidade razoável de plástico, metal e madeira disperso entre os agregados.

        Resumidamente foi isto que eu pude perceber. Como a prof. Adriana falou, seria interessante montar uma logística e uma parceria entre as concreteiras e a Kurica, para que as concreteiras parassem de colocar o retardador no concreto, para que assim o mesmo possa ser britado e deixasse de ser disperso como entulho e ser reaproveitado.