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Proteção contra incendios

Por:   •  26/3/2017  •  Resenha  •  1.569 Palavras (7 Páginas)  •  345 Visualizações

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Unidade I - Introdução à segurança, normas e legislações e saídas de emergência

Quando discorremos sobre proteção contra incêndio, trata-se de como medir e controlar os focos de incêndio e como combatê-los depois de seu início. Podemos dividir essas medidas da seguinte forma: ativas de proteção, alarme e extinção de fogo, passivas e proteção da estrutura do prédio.

Temos alguns objetivos de prevenção, que são:

  • Garantir a segurança das vidas das pessoas que se encontram no local do incêndio;
  • Prevenir que não aconteça a propagação e conflagração do incêndio;
  • Proteger a estrutura e conteúdo do edifício;
  • Minimizar os danos que o incêndio pode causar.

Para que ocorra o fenômeno fogo é necessário que existam quatro componentes:

  • Comburente – oxigênio;
  • Calor, combustível;
  • Reação em cadeia.

Se inibir um desses componentes haverá a extinção do fogo. Combustível é qualquer substância que seja capaz de produção de calor, quando sofre uma reação química.

        Os incêndios podem ser divididos em duas categorias, que são relativos à sua natureza: natural ou acidental. Os naturais geralmente são resultantes do aumento da temperatura em ambientes demasiadamente secos, queda de raio ou erupção vulcânica. Temos como incêndios acidentais – os quais não propositais –, onde existem fatores imprevistos. Ocorrem em empresas – indústrias, comércios, instalações de uso comercial em geral – e também em residências.

        Algumas substâncias tóxicas podem ser geradas durante os incêndios, tais como
Monóxido de Carbono (CO), gases cianídricos, clorados, sulfurosos e/ou nitrogenados. A asfixia ocorre quando o organismo deixa de receber o abastecimento de oxigênio necessário
para desenvolver as funções vitais do organismo e, na maioria das vezes, é fatal. Depois de inalado, o ar é levado até os pulmões, onde ocorre a troca gasosa no sangue circulante, através dos alvéolos. O oxigênio se liga à hemoglobina e é carregado pelo sangue aos diferentes receptores celulares. Nas células, o oxigênio é metabolizado em gás carbônico, ligando-se à hemoglobina, formando a carboxiemoglobina. Como essa molécula é muito instável, isso explica a “facilidade” da troca gasosa, novamente nos alvéolos, assim o gás carbônico é então exalado.

        A asfixia pode ser de origem mecânica, quando algo obstrui ou impede a passagem de ar em direção aos pulmões, pode ser asfixia simples, quando o gás toma o lugar do oxigênio no espaço ao qual a pessoa esteja respirando.

Quando os incêndios acontecem em instalações industriais, ocorrem geralmente, por duas causas mais frequentes. A primeira causa diz respeito às situações que resultam de descontroles de processo como, por exemplo, vazamentos, transbordamentos, explosões de reatores, etc, A segunda causa corresponde às situações em que substâncias inflamáveis entram em contato com fontes de calor, propiciando a ignição dos materiais.

Limite de Explosividade

É a faixa de concentração em que um combustível entrará em combustão ou então inflamação/explosão. A faixa de explosividade é definida para cada combustível por dois limites:

  • O Limite Inferior de Inflamabilidade/Explosividade (LII/LIE), que fica abaixo do qual a combustão/explosão não ocorre pelo fato de a mistura ser pobre – há muito oxigênio para pouco combustível;
  • O Limite Superior de Inflamabilidade/Explosividade (LSI/LSE), que fica acima do qual a combustão/explosão não ocorre pelo fato de a mistura ser excessivamente rica – há muito combustível para pouco oxigênio.

O sistema global de segurança contra incêndio se refere ao conjunto de ações
coerentes que se originam do perfeito entendimento dos objetivos da segurança contra
incêndio que norteiam soluções definitivas e funcionais (BERTO, 1991). As medidas de segurança são agrupadas de acordo com as ações a serem tomadas contra incêndio: medidas de prevenção e de proteção. As medidas de prevenção referem-se aos três principais elementos que constituem a formação do fogo: ar, combustível e calor. São as medidas utilizadas para prevenir o início do incêndio, que supervisionam e controlam o risco de haver um incêndio. Já as medidas de proteção são aquelas que evitam que o fogo aumente, mantendo-o sob controle e em níveis aceitáveis.

Os requisitos funcionais a serem seguidos por um edifício seguro estão relacionados à sequência das fases de um incêndio, que podem se desenvolver da seguinte forma:

  • Prevenção contra o início do incêndio;
  • Limitação do avanço do incêndio;
  • Desocupação segura do edifício;
  • Prevenção contra o avanço do incêndio nos edifícios vizinhos;
  • Precaução contra o abalo estrutural;
  • Eficiência e rapidez para efetuar as operações de combate e resgate.

As medidas de proteção contra o incêndio são relativas ao processo construtivo da edificação. Medidas passivas são as que contribuem para conter a evolução do incêndio, como: espaço das vias de circulação interna, os insumos para a
finalização da construção do edifício, como os materiais de acabamento e revestimento
que serão utilizados nos espaço
. As medidas de proteção ativa, no entanto, são aquelas reativas já na ocorrência de incêndio e que entram em ação quando de forma automática ou manualmente. São elementos do sistema global de segurança, vinculadas às medidas de proteção ativa:
por extintores de incêndio; hidrantes e mangotinhos; chuveiros automáticos; detecção e alarme de incêndio; iluminação de emergência; controle do movimento da fumaça e sistema de comunicação de emergência.

O combate ao fogo pode ser orientado pelos três critérios relacionados a seguir: assegurar a integridade das pessoas, proporcionar a proteção dos bens e permitir a recuperação da edificação. “Incolumidade significa salvaguarda das vidas humanas contra o efeito fatal de todos
os riscos decorrentes de um incêndio” (ROSSO, 1975, p. 9).

A compartimentação da edificação tem como propósito a separação em várias partes para que suportem a queima dos elementos que são inflamáveis, bloqueando a propagação do fogo para outros ambientes. A compartimentação é definida como uma medida de proteção passiva, separada em dois tipos: horizontal e vertical. A compartimentação horizontal é utilizada para deter o alastramento do incêndio entre áreas do mesmo pavimento, a fim de que uma grande parte do pavimento não seja afetada. De acordo com a NBR 11742, a compartimentação horizontal pode ser obtida pelos seguintes meios: através de paredes, de portas e aberturas corta-fogo, destinadas à circulação de pessoas e de equipamentos. A compartimentação vertical, por outro lado, tem o objetivo de deter a propagação do incêndio entre os pavimentos. Para isso são necessários os entrepisos corta-fogo e isolar as escadas através de paredes e portas corta-fogo, já que a caixa da escada intercomunica pavimentos – conforme a NBR 13768.

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