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RELATÓRIO SOBRE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Por:   •  1/10/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.875 Palavras (8 Páginas)  •  515 Visualizações

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CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO A ENGENHARIA CIVIL

Prof.: ALEXANDRE SILVA DE VARGAS 

RELATÓRIO SOBRE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO

DE ÁGUA (ETA)

MICAEL DA SILVA SANTOS

Novo Hamburgo, setembro de 2016.


  1. INTRODUÇÃO

A industrialização e o aumento populacional nos grandes centros urbanos têm acelerado o aumento da contaminação nos rios, lagos, lagoas, aquíferos e os demais mananciais. Embora a água seja indispensável para a manutenção da vida, devido à grande contaminação presente ela pode conter determinadas substâncias, elementos químicos e microrganismos que podem em grande quantidade oferecer risco a saúde da população que a utiliza, sendo assim o tratamento da água destinado ao consumo humano tem se tornado indispensável (Di Bernardo, 2005). Outro agravante são os esgotos que não recebem tratamento e são lançados diretamente nos rios e aos mares. Segundo dados do SNIS (Sistema nacional de informações sobre Saneamento), cerca de 60% dos esgotos do país não recebem nenhum tipo de tratamento antes de serem lançados nos rios, lagos e oceanos (SINS, 2014).

Para o consumo humano, é necessário que água seja potável, ou seja, esteja livre de contaminações orgânicas, inorgânicas e bactérias. No Brasil, encontra-se em vigência o padrão de potabilidade fixado através da Portaria MS 2,914 de 2011.

Para assegurar que a água que chega nas residências atenda ao padrão de potabilidade, a água é submetida a um tratamento que é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados para que esta fique em condições adequadas para o consumo (Richter, 2009), a estação de tratamento de água (ETA) é o local onde é feito a purificação da água que é coletada, realizando vários processos de purificação tornando a água saudável para o consumo humano, dentre os processos destacam-se os seguintes, captação, coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoração, controle do PH, armazenamento em reservatórios e por fim distribuição nas casas (Nascimento Adam, 2016/1).

  1. História do Saneamento básico no Brasil

No Brasil primeiro indício de saneamento ocorreu em 1561, quando Estácio de Sá mandou escavar no Rio de Janeiro o primeiro poço para abastecer a cidade. Em 1673, deu-se início do primeiro aqueduto do País, que ficou pronto em 1723, entre os anos de 1857 e 1877 o governo de São Paulo construiu o primeiro sistema de abastecimento de água encanada, em Porto Alegre, o sistema de abastecimento de água encanada foi concluído em 1861, e o no Rio de Janeiro em 1876, e o sistema do Rio de Janeiro se tornou pioneiro na inauguração em nível mundial de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), com seis filtros rápidos de pressão ar/água (Aegea, 2016), e em 2014 segundo dados do sistema nacional de informações sobre saneamento (SNIS) cerca de 82,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada, sendo assim mais de 35 milhões de brasileiros não tem acesso a este serviço básico. A cada 100 litros de água coletados e tratados, em média, apenas 63 litros são consumidos. Ou seja 37% da água no Brasil é perdida, seja com vazamentos, roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água, resultando no prejuízo de R$ 8 bilhões (SNIS,2014). Segundo a pesquisa a região Sudeste apresentou 91,7% de atendimento total de água; enquanto isso, o Norte apresenta índice de 54,51%. A região Norte é a que mais perde, com 47,90%; enquanto isso, o Sudeste apresenta o menor índice com 32,62%. A média de consumo per capita de água no Brasil em três anos é de 165,3 litros por habitante ao dia. Em 2014, este valor foi 162 l/hab.dia. Em três anos, a região Sudeste apresentou o maior índice com 192, l/hab.dia e o menor foi o Nordeste com 125,3 l/hab.dia. Em 2014, o Sudeste continuou como maior índice 187,9 l/hab.dia e o Nordeste se mante como o menor com 118,9 l/hab.dia (Instituto Trata Brasil, 2015), segundo dados da ONU (organização das nações unidas) a quantidade suficiente de água para atender as necessidades básicas de uma pessoa seria 110 l/hab.dia, esses são dados de grande importância quando está sendo dimensionado uma ETA (estação de tratamento de água).

A Figura 1, é um esquema geral de uma estação de tratamento de água.

Figura 1 ETA.

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Fonte: Adaptado de prefeitura de Santa Catariana  (2015)

        Em geral, os processos de purificação da água realizados nas estações de tratamento de água são basicamente os que estão ilustrados na figura 1.

  1. Captação da água

Refere-se ao local de tomada de água do manancial e compreende a primeira unidade do sistema de abastecimento. A água a ser tratada na ETA pode ser tanto de origem superficial (manancial superficial), tais como: rio, lago, açude. Quanto de origem subterrânea (manancial subterrâneo), (SAAE, 2006).  

A água proveniente do manancial é captada por meio de uma adutora, com auxílio de bombas, que trazem a água para um ou mais tanques na estação de tratamento. Ao chegar à estação, a água passa por grandes grades, que impedem que materiais grandes continuem na água, como animais mortos e pneus, (PADUA, 2013).

  1. Coagulação e floculação

O processo de coagulação consiste nas reações das impurezas presentes na água com os compostos hidrolisados formados pela adição de agentes coagulantes, como Sulfato de Alumínio ou Cloreto de Polialumínio, (HELLER, 2006).

MACEDO (2007) avalia que a coagulação é uma das etapas mais importantes que compõe as ETA’s, haja vista a necessidade de desestabilização química das partículas contidas nas águas brutas, para a posterior aglutinação e sedimentação nas unidades de floculação e coagulação.

O processo de coagulação é realizado em unidades de mistura rápida, as quais podem ser hidráulicas (vertedores, calhas Parshall, injetores e difusores), mecânicas (camara de mistura ou Backmix) e especiais (misturadores estáticos e in-line Blenders), (SAAE, 2006).

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