REMUNERAÇÃO TONELADA DE CANA-DE-AÇÚCAR (DETERMINAÇÃO DE POL E BRIX)

REMUNERAÇÃO TONELADA DE CANA-DE-AÇÚCAR (DETERMINAÇÃO DE POL E BRIX)

Fabrícia Moreira da Silva

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Curso Técnico de Açúcar e Álcool, Instituto Federal de Alagoas, Campus Penedo; Rod. Engº Joaquim Gonçalves S/N,.

Palavras-chave: cana-de-açúcar, pol, brix, remuneração.

INTRODUÇÃO

A cana-de-açúcar é uma planta fina de formato cilíndrico, folhas grandes e pode alcançar até seis metros de altura. No Brasil a cana-de-açúcar só chegou em 1520, logo após os portugueses. Desde que chegou ao país no início do século XVI, junto com as primeiras caravelas, a cana-de-açúcar se tornou um dos mais importantes cultivos desenvolvidos no Brasil. Atualmente, o país ocupa o primeiro lugar no ranking de produção de açúcar e é o maior exportador de etanol do planeta. A recente busca por combustíveis renováveis que substituam o petróleo e não sejam tão agressivos ao meio ambiente faz da cana-de-açúcar um produto de importância global na procura por um desenvolvimento mais sustentável.

A planta é cultivada em mais de 100 países, sendo os principais produtores: Brasil, Índia e China. Pode-se produzir a partir da cana-de-açúcar: álcool, açúcar, cachaça, garapa, bagaço (serve para diversas utilidades), rapadura e melaço.

O laboratório PCTS (Pagamento de Cana por Teor de Sacarose) é um laboratório localizado na entrada na usina próximo à balança. Sua função nada mais é que analisar a cana que está entrando na usina e, através do teor de sacarose contido na cana, fazer o pagamento da mesma. É importante saber que é gerado um coeficiente nas análises que depois será multiplicado pelo valor de tonelada de cana. Esse coeficiente é chamado de ATR.

A cana é paga pela sua qualidade em açúcares. Esta qualidade é medida pela quantidade de Açúcar Total Recuperável (ATR) presente em cada tonelada de cana.

Desta forma, o preço da cana é formado por quilogramas de ATR por tonelada (Kg ATR/tonelada de cana).

Principal objetivo deste artigo derteminar o preço da tonelada de cana a partir de diferentes matérias-primas (caldos de cana).

MATERIAIS E MÉTODOS

Refratômetro Béquer Pipeta Pasteur

Funil Simples Algodão Caldo de cana

Sacararímetro Bastão de vidro Acetato de chumbo

Tabela 1. Vidrarias, equipamentos e acessórios

DETERMINAÇÃO DO BRIX

Com a temperatura de aproximamente 20°C, primeiramente tem que homogeneizar a amostra com auxílio do bastão de vidro em seguida pipetar com a pipeta pasteur o caldo analisado, logo após adicionar uma gota sobre o prisma do refratômetro (marca Instrutherm, modelo RTD-95) e efetuar a leitura, obtendo-se: 7.6 e na repetição: 7,9.

Figura 1. Refratômetro Figura 2. Caldo

DETERMINAÇÃO DO BRIX

Inicialmente adicionar 100ml do caldo em análise em um béquer de 300mL em seguida adiciona 2 pitadas de acetato de chumbo, pois tem que clarificar o caldo antes de fazer a leitura caso contrário pode ocorrer erro na leitura. Agitar e filtrar com auxílio de um funil simples em papel de filtro (foi usado algodão) sobre um béquer desprezando os primeiros 20mL do filtrado. Com o filtrado límpido, encher um tubo de amostra, evitando retenção de bolhas de ar. Por fim, efetuar a leitura no sacarímetro (marca Acatec, modelo Sda 5000) , obtendo-se: 17,997. Por fim encontrar a POL a partir da equação: Pol= L sacarimétrica . 0,26 / dA pol encontrada foi de 4,48 % porém vale ressaltar que a pol ideal é de 13 a 14.

Figura 3. Clarificação Figura4. Sacarímetro

do caldo

RESULTADOS E DISCUSSÕES

DADOS AMOSTRAS

A1 A2 A3 A4 A5

Pol%caldo 13,7 4,2 14,4 4,48 8,8

Pol%cana 11,2 3,43 11,77 3,66 7,2

Brix 20,2 12 20,6 7,6 18,7

Pureza% 67,8 35 69,9 58,9 47

AR 1,4 2,34 1,34 1,65 2

ART 13,91 5,96 13,73 5,51 9,57

ATR 114,4 49,211 120,05 46,33 89,23