Cana De açucar
Exames: Cana De açucar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lairarodrigues • 16/6/2013 • 718 Palavras (3 Páginas) • 675 Visualizações
A
tualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de
cana-de-açúcar. Estimativas para 1994/95 indicam
área de cultivo de 4,3 milhões de hectares e produ-ções de 240 milhões de toneladas de cana, 9,5 milhões de toneladas
de açúcar e 12 bilhões de litros de álcool.
Embora a produtividade média brasileira de cana-de-açú-car tenha apresentado a significativa elevação de 50% nos últimos
20 anos (de 44 para 67 t cana/ha), observa-se que muito ainda pode
ser melhorado. O Estado de São Paulo, o maior produtor brasileiro,
apresenta produtividade média de 78 t cana/ha, e possui diversas
unidades produtoras que ultrapassam a marca de 90-95 t cana/ha.
A produtividade da cana-de-açúcar é regulada por diversos
fatores de produção, dentre os quais se destacam: planta (variedade),
solo (propriedades químicas, físicas e biológicas), clima (umidade,
temperatura, insolação), práticas culturais (controle da erosão,
plantio, erradicação de plantas invasoras, descompactação do
solo), controle de pragas e doenças, colheita (maturação, corte,
carregamento e transporte), etc.
Sempre que possível, os fatores de produção devem ser
adequadamente manejados e gerenciados pelo homem através de
sistemas de planejamento, execução e controle, visando a maxi-mização das produtividades econômicas. Portanto, o objetivo final
de uma exploração agrícola comercial é o lucro, que deve ser maxi-mizado, respeitando-se os aspectos sociais e ambientais.
Nas duas últimas décadas o Brasil dobrou sua área com
cana-de-açúcar, basicamente em função da produção de álcool
carburante. Esta expansão ocorreu predominantemente em solos
de menor fertilidade, exigindo-se, portanto, o uso intensivo de
corretivos e fertilizantes, que, em média, participam em 20% nos
custos de produção da cultura.
SOLOS COM CANA-DE-AÇÚCAR
Antes da implantação do Pró-Álcool, os solos ocupados
com cana-de-açúcar no Brasil, principalmente na região Sul do
país, eram em geral os argilosos, de fertilidade média para alta, nor-malmente representados por Latossolos Roxos ou Terras Roxas
Estruturadas. A maior limitação que tais solos apresentavam era de
natureza física, ou seja, a compactação, agravada ao longo do
tempo pela intensa mecanização e pelos sistemas de carregamento
e transporte da cana-de-açúcar.
Com a crescente demanda criada pelo Pró-Álcool, grande
parte da expansão da cultura ocorreu em solos "marginais",
normalmente arenosos, ocupados anteriormente por pastagens ou
vegetações de "cerrados" ou "tabuleiros", constituindo ecossiste-mas frágeis, que exigem intensos sistemas de manejo, como
preparo e conservação, calagem, gessagem, adubos verdes, época
correta de plantio, adubação mineral e orgânica (vinhaça e torta de
filtro), variedades melhoradas, etc.
Atualmente, e de um modo geral, tem-se a seguinte
distribuição de solos ocupados com cana-de-açúcar no Brasil:
• Oxissolos argilosos (> 35% argila) = 30%
• Oxissolos textura média (15-35% argila) = 35%
• Ultissolos e Alfissolos = 25%
• Outros = 10%.
Os oxissolos argilosos podem ser eutróficos (maior
fertilidade) ou distróficos (menor fertilidade). A compactação pode
ser um fator limitante. São representados principalmente pelos
Latossolos Roxos e Latossolos Vermelho-Escuros.
Solos eutróficos são aqueles que apresentam a saturação por
bases [V% = (Ca + Mg + K) ÷ CTC x 100] maior que 50%, e
distróficos, valores menores que 50%.
Os oxissolos de textura média geralmente são distróficos,
quase sempre apresentando necessidades
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