REUSO DE EFLUENTES
Por: Monica Joana • 19/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.221 Palavras (5 Páginas) • 363 Visualizações
Resumo
Este trabalho tem por objetivo mostrar conceitos teóricos e técnicas aplicadas ao reuso de água em irrigação de praças e chafarizes em praças e como essa prática pode contribuir na busca da sustentabilidade dos recursos hídricos. No seu desenvolvimento são abordadas as possibilidades do reuso e suas principais aplicações, os tratamentos requeridos para a aplicação do reuso e as atuais discussões sobre os requisitos de qualidade da água para essa aplicação. O estudo de caso consiste em mostrar que os esgotos tratados desempenham um papel fundamental no planejamento e na gestão sustentável dos recursos hídricos como um substituto para o uso de águas destinadas a fins agrícolas, industriais, reuso em vasos sanitários e irrigação, entre outros. Ao reduzir a demanda sobre as fontes de água de boa qualidade para consumo humano, o uso de esgotos tratados contribui para a conservação dos recursos e agrega uma dimensão econômica ao planejamento dos recursos hídricos. Assim, o reuso e/ou reaproveitamento, além de afetar positivamente a qualidade da água disponível, reduz a pressão sobre mananciais de água devido à substituição da água potável por uma água de qualidade menos nobre.
Introdução
A problemática do saneamento básico no Brasil pode ser medida pelo número de municípios existentes no país sem qualquer tipo de serviço de esgotamento sanitário. Segundo a última pesquisa feita pelo IBGE acerca deste assunto (2008), 52,2% das 5.507 cidades brasileiras estavam nesta situação calamitosa. A imensa maioria dos municípios que se encontram em tal conjuntura possui população inferior a 10.000 habitantes e corresponde a 48,4% de todas as cidades brasileiras, nos quais 47,1% dos cidadãos vivem na zona rural. Em todo o Brasil, 18,8% dos habitantes vivem na área rural, tal valor em termos absolutos equivale a mais de 31 milhões de pessoas, número superior a toda a população da região Sul (IBGE, 2008). A maior parte dessas localidades lança seus dejetos in natura nos corpos hídricos ou no solo, comprometendo a qualidade da água utilizada para o abastecimento, irrigação e recreação. No Brasil, o filtro de areia pode ser utilizado quando se deseja um sistema de pós-tratamento também simplificado. Seu funcionamento baseia-se na aplicação intermitente de afluente sobre a superfície de um leito de areia por meio de uma tubulação de distribuição. Durante a infiltração do líquido incide a purificação por mecanismos físicos, químicos e biológicos. A norma brasileira que orienta a construção e operação de filtros de areia filtros de areia, comparando o efluente gerado com os padrões de lançamento em corpos hídricos e para diversas práticas de reuso .
Métodos
Esse trabalho foi elaborado com um processo com 5 processos, sendo eles:
1º FOCULAÇÃO.
A água das represas e rios tem um aspecto barrento. Esse aspecto barrento é oriundo da presença de partículas coloidais, isto é, partículas sólidas de diâmetro entre 1 nm e 1000 nm. Partículas maiores do que essas, como as de areia e de outras sujeiras, depositam-se no fundo do tanque (sedimentação) e podem ser separadas facilmente da água por decantação. Mas isso não ocorre com as partículas de dimensões coloidais, ou seja, elas não se sedimentam por ação da gravidade com o passar do tempo, ficando dispersas por toda a extensão da água, o que dificulta a sua remoção. E para remover essas partículas que não afundam, a água captada é levada para uma unidade enominada floculador onde são adicionadas à água substâncias químicas chamadas de coagulantes.
No Brasil, o coagulante mais utilizado é o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3), que é obtido por meio da reação química entre o óxido de alumínio (Al2O3) e o ácido sulfúrico (H2SO4). O sulfato de alumínio é adicionado à água com o óxido de cálcio (CaO), mais conhecido como cal virgem. Quando essas duas substâncias misturam-se na água, ocorre uma transformação química que forma uma substância gelatinosa, o hidróxido de alumínio (Al(OH)3).
O hidróxido de alumínio está carregado positivamente e, por essa razão, consegue neutralizar as impurezas coloidais carregadas negativamente que estão na água. O resultado é que as partículas de sujeira sofrem uma aglutinação e “grudam” no hidróxido de alumínio, formando flóculos, ou flocos, sólidos de tamanho maior. Esse é o processo de floculação.
2º DECANTAÇÃO
Depois do processo de floculação, essa água é levada para a próxima etapa do tratamento, que ocorre no poço de decantação. Lá os flóculos (formados de lama, argila e micro-organismos) sedimentam-se e são separados. Na floculação, adicionam-se à água que será tratada substâncias coagulantes, como o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3), que forma flocos com as partículas de sujeira da água. Para separá-los, a água vai para os decantadores onde esses flocos sedimentam-se ou afundam pela ação da gravidade. O lodo gelatinoso que se acumula no fundo dos tanques é periodicamente removido pela parte inferior. Na parte superior, a água, praticamente sem flocos, transborda para outros tanques menores e menos profundos para seguir com as outras etapas do tratamento.
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