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REÚSO NÃO POTÁVEL DO EFLUENTE FINAL DE UMA ETE

Por:   •  4/10/2019  •  Artigo  •  3.804 Palavras (16 Páginas)  •  225 Visualizações

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FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA E EDUCAÇÃO – FAESA[pic 1]

FACULDADES INTEGRADAS ESPIRITO-SANTENSES

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

JOÃO PAULO MEYER EFFGEN

        PEDRO HENRIQUE REINHOLZ        

AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO VISANDO REÚSO URBANO NÃO POTÁVEL

Artigo do Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Engenharia Civil apresentado ao Centro Universitário - FAESA, sob a orientação do prof. Nelson Rubens Nacimento Dellantonio

VITÓRIA

2018

AVALIAÇÃO DE EFICIENCIA DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO VISANDO REÚSO URBANO NÃO POTÁVEL

EVALUATION OF EFFICIENCY OF A SEWAGE TREATMENT STATION FOR NON-POTABLE URBAN REUSE

JOÃO PAULO MEYER EFFGEN

Graduando em engenharia Civil

jpmeffgen@hotmail.com

PEDRO HENRIQUE REINHOLZ

Graduando em engenharia Civil

pedro.reinholz10@gmail.com

NELSON RUBENS NACIMENTO DEL’ANTONIO

Prof. M.e da Faesa – Centro Universitário

nelson.nacimento@faesa.br

RESUMO

A crise hídrica é um tema cada vez mais discutido no Brasil, em vista que a água é recurso fundamental para os seres humanos e ao mesmo tempo é mal utilizada. O objetivo do artigo é avaliar a eficiência e qualidade do efluente tratado da Estação de Tratamento de Esgoto “Domingos Martins” e comparar com padrões da literatura técnica especializada visando o uso dessa água para fins urbanos não potáveis. Para a realização do artigo foram recolhidas informações na literatura especializada, na administradora da estação e junto à prefeitura municipal da cidade alvo do estudo, verificando as condições e as possibilidades do reúso, além dos riscos e restrições. O estudo concluiu que o efluente tratado da estação tem potencial para o reúso urbano não-potável, apesar de não ser possível de ser realizado nas condições atuais, necessitando de algumas melhorias no tratamento como uma etapa de desinfecção.

Palavras-chave: Reúso; Esgoto; Urbano

ABSTRACT

The water crisis is a topic increasingly discussed in Brazil, since water is a fundamental resource for humans and at the same time is misused. The objective of this paper is to evaluate the efficiency and quality of the treated effluent from the “Domingos Martins” Sewage Treatment Plant and to compare it with specialized technical literature standards for the use of this water for non-potable urban purposes. For the accomplishment of the article, information was collected in the specialized literature, at the station administrator and at the city hall of the study city, verifying the conditions and possibilities of the reuse, besides the risks and restrictions. The study concluded that the treated effluent from the station has potential for non-potable urban reuse, although it can’t be performed under current conditions, requiring some improvements in treatment as a disinfection step.

Keywords: Reuse; Sewer; Urban

INTRODUÇÃO

O acesso a água doce em quantidade  e qualidade satisfatórias tem se tornado um cenário cada vez mais complexo nos ultima’s anos e como, a água é um recurso natural e fundamental para garantia de vida, esse panorama tem oferecido maior preocupação para toda a sociedade. De acordo com Bittencourt, De Paula (2014. P.25) “ água é um bem finite e deve ser utilizada de forma consicente para garantir que esse recurso ainda exista para as futuras gerações”.

O que agrava esse cenário é o mau uso realizado pelo homem desse recurso. Segundo Bittencourt, De Paula (2014. p.25) “O homem tem atuado no meio ambiente de maneira negativa por meio de lançamento de esgotos domésticos e não domésticos (despejos de indústrias e comércio) ”. No entanto, nos tempos atuais, têm-se aumentado a preocupação em diminuir esse uso inconsequente, buscando alternativas de não desperdício e reutilização. Portanto, Bastos et al. (2008) afirma que “por outro lado, cresce a consciência em torno da importância do uso racional, da necessidade de controle de perdas e desperdícios e do reuso da água”.

Uma das formas possíveis de elevar o índice de reuso da água é utilizar efluentes tratados de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), entretanto é necessária a devida avaliação e adequado planejamento para que os riscos de utilização dessa água sejam minimizados. Nesse cenário, é que as alternativas de reuso não potáveis estão sendo mais amplamente estudadas, sobretudo, as alternativas de usos no ambiente urbano, devido principalmente a proximidade da alternative de reuso com a fonte de geração.

A prática de reuso não potável realizada de forma adequada pode propiciar economia de água, visto que as operações que não necessitam de água limpa podem ser abastecidas como esse reuso.

Desta forma são garantidas as novas gerações  não só água em quantidade mas também um modelo de reutilização e conscientização para que a água do nosso planeta seja utilizada com inteligência.

Portanto, faz-se necessário analisar as características dos efluentes tratados a fim de determinar aqueles que são passíveis de reuso não só quantitativos, mas também qualitativos, podendo levar conforto e segurança aos seus usuários.

Reúso do esgoto tratado

Para Rodrigues (2015) a água é uma condicionante para implantação e desenvolvimento das atividades humanas, por isso necessita-se quantidade e qualidade suficientes para o seu fim determinado.

Gomes, Grazzioti (2014) nos mostra “O reúso favorece a redução da demanda sobre os mananciais, pela possibilidade de substituição da água potável por uma água de qualidade inferior, desde que compatível com o uso específico. “

Conforme Kubler, Fortin e Molleta (2015) o “reúso de maneira planejada podem ser divididas em duas grandes categorias: não-potável e potável. As mais proeminentes na categoria de não-potável são reúso agrícola, industrial, municipal e recreacional/ambiental. “

Para conhecer os padrões que serão necessários para o reúso, classificações de tipo foram feitas como a descrita por Florencio, Bastos e Aisse (2006) a classificação mais aceita na literatura internacional divide o reúso em dois grandes grupos: potável e não potável, sendo o segundo dividido em: (i) fins urbanos (ii) agrícolas e florestais (iii) ambientais (iv) industriais (v) recreacionais (vi) recarga artificial de aquífero. Já quanto o reúso potável Hespanhol (2002) nos diz “o reúso potável é uma alternativa associada a riscos muito elevados, tornando-o praticamente inaceitável. “

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