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Reaproveitamento De Polímeros Para Embutimento De Amostras Metalografica

Por:   •  31/8/2023  •  Artigo  •  3.942 Palavras (16 Páginas)  •  49 Visualizações

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III SIMPÓSIO NACIONAL DE CIÊNCIAS E ENGENHARIAS - SINACEN[pic 1]

11 a 16 de novembro

Volume 03, Número 01, 2019

REAPROVEITAMENTO DE POLÍMEROS PARA EMBUTIMENTO DE AMOSTRAS METALOGRAFICA

FERNANDES, Amanda Nayara

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. khadija_nayara@hotmail.com

DE SOUZA, Dannyel Rodrigues

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. dannyel_rs@hotmail.com

DA ROCHA, Érico Gustavo Carrijo

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. eng.ericogcr@gmail.com

DE ARAUJO, Victor Edson Neto

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. victorpericoli@gmail.com

PEREIRA, Natasha Sophie

Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. natasha.sophie@gmail.com

Resumo

Com o grande aumento do descarte de resíduos sólidos no meio ambiente, percebeu-se que os polímeros são matérias que representam grande volume, sendo extremamente prejudicial ao meio ambiente. Visando o fator econômico e ambiental o presente trabalho tem como objetivo definir uma aplicação direta para estes tipos de materiais, como o uso em aplicações acadêmicas, de modo que esses polímeros apresentem bons resultados na substituição do baquelite em pó, que possui grande custo monetário e atualmente é utilizado para o embutimento de amostras metálicas para análises metalográficas. A partir desse objetivo foram selecionados e fragmentados polímeros de alta densidade tais como, sacolas plásticas, tubo PVC e recipiente de óleo lubrificante de motor automotivo, estes polímeros foram submetidos ao embutimento com a mesma temperatura e tempo de fundição utilizado no embutimento com baquelite. A partir das amostras embutidas, foi realizado o lixamento, polimento, ataque químico e análises metalográficas, mesmos processos realizados quando utilizado o baquelite. Através da análise metalográfica foi possível perceber que as imagens possuem grande concordância quando comparadas as amostras embutidas utilizando o baquelite e aquelas embutidas com os polímeros diversos empregados nesse trabalho. Sendo assim, fica comprovada a viabilidade da utilização de polímeros alternativos para embutimento de aço 1020.

Palavra-chave: Reaproveitamento; ensaios metalográficos; polímero; embutimento.

  1. Introdução

Na atualidade está sendo muito pautada a importância da preservação e conservação do meio ambiente como forma de assegurar um desenvolvimento sustentável. Dentre os diversos danos causados ao meio ambiente, um está relacionado com o descarte incorreto de lixos plásticos. Esses resíduos, normalmente, levam muito tempo para sofrerem decomposição natural e, quando incinerados, produzem gases tóxicos [1]. Deste modo, existe uma predisposição geral ao aproveitamento desses resíduos considerando-se o imenso valor potencial dos materiais processados e as implicações dos desperdícios e poluição decorrentes da não utilização desses resíduos [2]. Há algumas décadas, a preocupação com os resíduos vem sendo discutida não só no Brasil, mas também em esfera internacional, acompanhando as tendências de expansão da consciência coletiva com relação às questões ambientais. Nesse sentido, o desenvolvimento social e econômico acabou exigindo um novo posicionamento – tanto do governo, quanto da sociedade civil e da iniciativa privada [3].

De 2000 até os dias atuais, o mundo já produziu a quantidade de plástico equivalente a de todos os anos anteriores somados. Devido ao baixo custo a produção do plástico cresceu rapidamente neste século devido a sua flexibilidade e confiabilidade. Aproximadamente metade de todo o plástico vira lixo em menos de três anos. A maioria desses produtos descartáveis são consumidos em países de maior renda. Esse estudo sobre poluição tem somente algumas décadas e, ainda assim, mais de 75% de todo o plástico produzido em todo planeta já virou lixo [4].

Após a Segunda Guerra Mundial, a produção de polímeros cresceu muito rapidamente. Em muitos segmentos importantes, o crescimento do mercado de materiais poliméricos tem sido superior a 10% ao ano ao longo das últimas décadas [5]. Em meados da segunda década do século XXI, a população do planeta foi estimada em 7 bilhões de pessoas, que produziram mais de 1,3 bilhões de toneladas de lixo por ano. As previsões são que esse valor irá aumentar para 2,2 bilhões de toneladas ate 2025 [6].

A eficácia do desempenho da gestão de resíduos plásticos está relacionada ao nível de rendimento de uma nação [7]. Graças à má gestão dos resíduos, estima-se que um terço de todo o plástico rejeitado tenha se inserido na natureza como poluição terrestre, de água doce ou marinha [8]. Práticas de consumo acelerado geram uma enorme quantidade de resíduos plásticos, para os quais o mundo não está preparado para suportar. Estima-se que 37% de todo o lixo plástico não está sendo tratado de forma eficiente e a má gestão dos resíduos plásticos é uma preocupação urgente, já que é muito mais provável que esses resíduos virem poluição do que aqueles tratados em uma unidade controlada de gestão de resíduos [9]. Acredita-se que a maior parte desses resíduos  tenha poluído ecossistemas terrestres, e que 80% do plástico nos oceanos seja proveniente da poluição terrestre [10].

Consequentemente, os materiais poliméricos foram gradualmente substituindo outros materiais mais usados, como o vidro, os metais e a madeira [11]. No entanto, devido à lenta deterioração dos materiais plásticos e aos crescentes níveis de produção, esses materiais têm sido descartados como lixo pelos consumidores e vêm se acumulando no meio ambiente [12].

Apesar da existência de uma grande diversidade de termoplásticos [13]. Os plásticos mais encontrados nos resíduos são o policloreto de vinila (PVC), o poli (tereftalato de etileno) (PET), o polietileno de alta densidade (PEAD), o polietileno de baixa densidade (PEBD), o polipropileno (PP) e o poliestireno (PS) [14].

A reciclagem de plástico pode ser dividida em três categorias: a reciclagem mecânica, a química e a energética. O processamento mais convencional de reciclagem é a mecânica, que converte o resíduo plástico novamente em granulados. O processo consiste na associação de um ou mais processos operacionais para transformação dos resíduos plásticos em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos [6].Esse tipo de reciclagem é chamada de secundária, isto é, a transformação de resíduos plásticos por um ou mais processos operacionais dando produtos com menor atuação e características, do que com plástico virgem [15].

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