Reciclagem de Latas de Alumínio
Por: Heisenbergus • 18/6/2017 • Resenha • 772 Palavras (4 Páginas) • 254 Visualizações
Reciclagem de Latas de Alumínio
O alumínio é um metal amplamente utilizado pela indústria mundial para as mais variadas finalidades, como por exemplo, fabricar latas de bebidas, panelas, peças de carro, janelas e outros, devido às suas propriedades químicas e físicas, pois é um metal leve, de densidade de 2,7 g/cm³ e ponto de fusão baixo (660º C). Sendo assim, é um dos metais que possui as maiores taxas de reciclagem mundial. Segundo dados da ABAL (Associação Brasileira do Alumínio), em 2015 o Brasil reciclou cerca de 600 mil toneladas de alumínio, sendo 293 mil toneladas oriundas das latas de alumínio para bebidas. Este número corresponde à praticamente 98% de todas as latas que são produzidas no país são recicladas, o que põe o Brasil entre os países que mais reciclam suas latinhas, mantendo essa posição desde 2001.
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O processo de reciclagem tem início com o descarte apropriado das latas de alumínio, sendo na maioria das vezes coletadas por catadores que as vendem para cooperativas, onde essas latas serão separadas corretamente, buscando reduzir o máximo de materiais que não sejam alumínio, e retiradas impurezas, como canudinhos ou areia. A próxima etapa é a prensagem e separação em fardos, os quais são encaminhados para os centros de fundição. Lá o alumínio é aquecido em fornos rotativos à temperatura de 700 ºC, ou então em fornos elétricos a indução, transformando-se em sua fase líquida, o que permite a produção de lingotes. Estes são vendidos para as empresas, que serão utilizados para produzir um novo produto; no caso das latinhas, esse lingote passa por uma laminação e assim pode obter sua forma final. Do descarte até a reutilização do material é necessário um período de aproximadamente 40 dias.
A vantagem de reciclar alumínio, é que com a produção de 1 Kg do material por esse processo é possível economizar 95% de energia em relação a produção de alumínio primário e evita que 4 Kg de bauxita seja extraída. Segundo VOGEL, isso representa uma economia de 1.576 GWh/ano, cerca de 0,5% da energia produzida pelo país. Com base nisso, qualquer incremento no rendimento na obtenção da reciclagem pode representar uma economia expressiva. Além disso, durante a reciclagem, é preciso estar atento a qualidade do alumínio produzido, que pode ser influenciado pelo ambiente e o tipo de forno no qual é obtido, para não comprometer os produtos a partir do reaproveitamento. Uma refusão mal executada pode ocasionar uma série de problemas à medida que o material é reintroduzido na cadeia produtiva, comprometendo a composição química já que a presença de óxidos pode prover um efeito danoso as empresas que reciclam o metal.
Segundo VERRAN; KURZAWA; PESCADOR, o rendimento máximo obtido na reciclagem utilizando fornos a combustão ar/carvão são aproximadamente 55%, e para os fornos a combustão ar/óleo ou gás aproxima-se de 60%. Enquanto que para fornos elétricos a indução, esse valor pode atingir 70% de rendimento, o que se mostra mais vantajoso, além de que há consideravelmente menos emissão de gases poluentes na atmosfera por esse processo.
Ambientalmente, a reciclagem é de extrema importância, já que caso não fossem recicladas, as latinhas seriam descartadas em aterros sanitários ou em locais inapropriados, e como elas levariam de até 500 anos para se decompor, o impacto ambiental causado pelos milhares de toneladas de latinhas produzidas anualmente seria enorme.
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