Relatório Blocos Cerâmicos

Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia – FT

Departamento de Engenharia Civil e Ambiental – ENC

Laboratório de Ensaio e Materiais – LEM

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Caio Dias da Costa

10/0026443

Blocos Cerâmicos para Alvenaria de Vedação

Brasília – DF

24/03/2012

Índice

1 – Introdução ...............................................................................................................2

2 – Metodologia...............................................................................................................2

3 – Resultados ................................................................................................................9

4 – Conclusão...............................................................................................................13

5 – Referências Bibliográficas  ......................................................................................15

1 – Introdução

        Esse relatório tem como base a NBR 15270-1/2005 e a NBR 15270-3/2005, que relata os testes de recebimento de blocos cerâmicos de vedação para ser usado em uma determinada obra.

        Foram efetuados os seguintes ensaios, baseado nos requisitos gerais:

1. Identificação: o bloco cerâmico deve trazer uma identificação do fabricante e do bloco.
2. Características Visuais: o bloco cerâmico não deve apresentar defeitos sistemáticos.
3. Características Geométricas: tais como as medidas das faces, espessura dos septos e parede externa dos blocos, desvio em relação ao esquadro (D) e planeza das faces (F).
4. Características Físicas: obter o índice de absorção de água (AA%)
5. Características Mecânicas: obter a resistência à compressão individual do bloco cerâmico com os furos horizontais.

Os ensaios foram feitos tendo como objetivo determinar as características geométricas, físicas e mecânicas dos blocos cerâmicos de vedação e a partir dos resultados, qualifica-los e defini-los como conforme ou não conforme a partir das especificações das normas técnicas NBR 15270.

2 – Metodologia

        Nos ensaios realizados usamos tanto amostragem simples como a dupla, dependendo do ensaio realizado, tendo como referência que a quantidade de recebimento dos blocos cerâmicos corresponde a 1 (um) lote.

Lotes	Número de Blocos
1ª amostragem ou amostragem simples	2ª amostragem ou amostragem dupla
1000 a 100000	13 ou 6	13

Tabela 1- Número de blocos dos lotes e da amostragem

        A) Ensaio de Inspeção Geral:

        - Identificação: é obrigatório, conforme a NBR 15270, o bloco cerâmico apresentar em uma de suas faces externas uma gravação em baixo relevo ou reentrância, com a identificação do fabricante e as dimensões de fabricação em centímetros na forma L x H x C, conforme a figura 1. Para tal verificação, averiguamos os blocos, em uma amostragem simples (13cp’s), caracterizando como conforme (C) ou não conforme (NC), atendendo ou não as especificações exigidas. Caso haja um bloco sem identificação, não conforme, rejeitamos o lote por inteiro.

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Figura 1 - Bloco Cerâmico de Vedação com furos horizontais

        - Características Visuais: o bloco cerâmico não deve apresentar defeitos sistemáticos, tais como quebra, superfície irregulares ou deformações que comprometa a estabilidade do bloco. É feita uma inspeção visual feita em uma amostragem dupla (13+13 cp’s) e caso o bloco atenda aos critérios de avaliação da aparência baseado na norma técnica NBR 15270 é dado como conforme (C), caso contrário não conforme (CN). Para a aceitação ou não do lote seguimos a tabela 2.

Nº de blocos constituintes	Unidades não conformes
1ª Amostragem	2ª Amostragem
1ª Amostragem	2ª Amostragem	Nº de aceitação	Nº de rejeição	Nº de aceitação	Nº de rejeição
13	13	2	5	6	7

Tabela 2 - Aceitação e Rejeição para amostragem dupla

        B) Inspeção por Ensaios

        - Característica Geométrica: feita por medições direta, através de instrumentos de medição, como paquímetro, régua metálica e esquadro metálico. Essas características são demonstradas por: dimensões das faces, espessuras das paredes e septos, desvio de esquadro e flecha. Usa-se uma amostragem simples (13 cp’s).

  Para a obtenção das dimensões efetivas das faces coloca-se o bloco em uma superfície plana e com o auxilio da régua metálica medi-se a largura, altura e comprimento do bloco cerâmico, sempre medindo no meio do bloco, de acordo com a figura 2.

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Figura 2 - Locais para medição do bloco cerâmico

        Para dimensionar as paredes externas e os septos, utiliza-se o paquímetro. São escolhidos quatro pontos para a medição da espessura das paredes externa e dois pontos para a medição das espessuras dos septos, sempre buscando o ponto que apresenta a menor espessura, de acordo com a figura 3.

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Figura 3 - Posição para as medições da espessura das paredes externas e septos

        Para obter o desvio em relação ao esquadro entre uma das faces, deve-se apoiar o esquadro na direção de um plano perpendicular a face do bloco e caso haja alguma imperfeição, medir tal imperfeição chamada de D, como mostrado na figura 4.

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Figura 4 - Desvio em relação ao esquadro

        No ensaio de obtenção da flecha, busca saber se há uma planeza das faces. Para tal apoiamos o esquadro na direção de um plano diagonal ao bloco, tendo imperfeições nas faces dos blocos, medimos essa imperfeição chamada de F, de acordo com a figura 5.