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Relatório - Pavimentação

Por:   •  15/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  530 Visualizações

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Introdução

        Entende-se por pavimento uma estrutura configurada sobre terraplanagem com objetivo de resistir os esforços verticais do tráfego e os esforços horizontais para aumentar a durabilidade, composto por camadas e sobreposta à um subleito. Existem basicamente dois tipos mais usados de pavimentos: rígido, semi-rígido e flexível. Entende-se de pavimento flexível as camadas que sofrem deformação elástica considerável, distribuindo a parcela de carga entre as camadas. Pavimento rígido é aquele com rigidez elevada em relação as outras camadas, absorvendo assim todos os esforços aplicados.

        O pavimento flexível é composto por várias camadas: subleito, reforço do subleito, sub-base, base e revestimento ou capa de rolamento. O subleito consiste na primeira camada ou camada de fundação da estrutura do pavimento. A base consiste na camada destinada a resistir e distribuir os esforços de tráfego, e a sub-base seria um complemento da base. O revestimento é a camada superior exposta, impermeável, que recebe diretamente as ações do tráfego.

        A palavra patologia tem origem grega e se aproxima do significado de “estudo da doença”. Na área da engenharia civil, o termo patologia assume então todo defeito ou mal funcionamento de um componente construtivo, causado naturalmente ou por agentes externos.

        No cenário Brasileiro, cerca de 48% dos pavimentos estão em situação deficiente (CNT, 2000). A água é o principal agente causador das patologias em pavimentos flexíveis. Ao ser absorvida pelo pavimento, aumenta a chance de saturação do subleito provocando defeitos na parte estrutural do pavimento. A vazão superficial de água provoca desprendimento dos agregados e outras patologias.

Tipos de Patologias

        As patologias podem ser divididas em:

  • Fenda – descontinuidade na superfície, com pequenas ou médias aberturas, apresentando sobre diversas formas, subdivididas em fissuras e trincas. Causas: ruptura do solo de fundação ou aterro, fadiga do revestimento, propagação dos efeitos de retração das camadas, reflexão de fissuras de retração de base;
  • Afundamento – deformação permanente caracterizada por depressão na superfície, pode ser afundamento plástico ou de consolidação. Causas: alteração do volume das camadas inferiores, deformação plástica do revestimento, consolidação de camadas, consolidação de remendos em tapa valas;
  • Ondulações ou corrugações – deformação caracterizadas por ondulações ou corrugações na superfície do pavimento. Causas: revestimento inadequado da ligação de base, má compressão da mistura, fluência excessiva da mistura;
  • Escorregamento – revestimento deslocado em relação a camada inferior, resultando em fendas com forma de meia-lua. Causas: revestimento inadequado, fluência excessiva, misturas ricas em betume e agregados miúdos;
  • Exsudação – excesso de material betuminoso na superfície do pavimento. Causas: segregação da mistura, compactação excessiva, má adesividade, baixa viscosidade do ligante;
  • Desgaste – desprendimento de agregados da camada superior, provocados por esforços tangenciais do tráfego. Causas: oxidação, má adesividade, abrasão, dissolução do cimento asfáltico;
  • Panela ou buraco – cavidades formadas no revestimento, podendo atingir camadas subjacentes. Causas: desagregação do revestimento, evolução do afundamento, solapamento, descolamento do revestimento;
  • Remendo – panela preenchida com camadas de pavimentos. Causas: definição não trivial das causas dos remendos;
  • Escamação – arranchamento de finas placas de asfalto na superfície. Causas: ausência de agregado graúdo, segregação, compactação excessiva;

Métodos para reparo das patologias

Todo pavimento necessita de uma manutenção e reparos em sua meia idade. Para adotar medidas de restauração, é necessário fazer um diagnóstico das patologias existentes na via. Existem vários métodos que consistem em identificar os defeitos estruturais e superficiais do pavimento, como deformações na linearidade do pavimento, deflexão na superfície, bacia de deformação, irregularidade longitudinal, entre outros defeitos.

Após verificado os tipos de patologias, inicia-se então os reparos adequados para cada tipo de problema encontrado na via. Dentre os métodos existentes, destacam-se:

        

  • Capa selante

Consiste na aplicação de ligante asfáltico ou ligante asfáltico com agregados miúdos continuamente sobre a superfície do pavimento para rejuvenescer o revestimento e aumentar o coeficiente de atrito. É utilizado principalmente para selar as trincas com pequenas aberturas e impedir a permeabilidade da água, evitando patologias futuras.

  • Tratamento superficial

Aplicação de ligantes asfálticos e agregados sem mistura prévia precedidos de compactação que consolida a ligação entre esses dois componentes. Pode ser simples, duplo ou triplo, proporcional ao número de repetições do procedimento. O agregado é adicionado primeiro e depois o ligante. Proporciona resistência ao desgaste, revestimento antiderrapante e impermeabilizante.

  • Lama asfáltica

Associação de agregados minerais, material de enchimento, emulsão asfáltica e água, espalhados no pavimento em temperatura ambiente. Utilizados em vias com defeitos superficiais pequenos, resultando num rejuvenescimento funcional e impermeabilização do pavimento.

  • Microrrevestimento

Semelhante a lama asfáltica, porém com um adicional de emulsão com polímeros e adição de fibras. Tecnologia atual que consiste numa evolução e melhoramento da precedente.

  • Recapeamento

É a construção de uma ou mais capas asfálticas sobre o pavimento anterior, com uma camada para corrigir o nivelamento. Utilizado para corrigir ondulações e corrugações, assim também como para aumento de tráfego na via, aumentando a resistência do pavimento.

  • Fresagem

Utilizado quando a camada superior antiga possui possibilidade de propagação das trincas, previamente ao recapeamento. É a operação de um corte no revestimento superior, arrancando toda a capa asfáltica, para depois executar a construção de um novo revestimento. A utilização dessa técnica juntamente com o aproveitamento tem vantagens analisando o quesito ecológico e ambiental.

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