Relatório sobre a prática de filtração
Por: vilkspp • 22/10/2018 • Relatório de pesquisa • 1.564 Palavras (7 Páginas) • 207 Visualizações
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Relatório sobre a prática de filtração
LADEQ - EQN
Herberth de Castro Luchione
Vitor Pereira Pinto
Vinicius Neves
Aline Vilela
10/10/2018
1) Objetivo
Deseja-se determinar a concentração inicial da suspensão aquosa de carbonato de cálcio, a porosidade da torta (ε), a resistividade da torta (α) e a resistência do meio filtrante (Rm) utilizando dados obtidos a partir de um experimento de filtração utilizando filtro prensa. Após o cálculo desses parâmetros, é possível fazer um scale-up com esses dados para uma planta industrial cuja produção de filtrado é de 20.000L/h, cujos quadros usados são de 1 in e cujo tempo de lavagem e limpeza do filtro é de 30 minutos.
2) Procedimento Experimental
Primeiramente, identificou-se e pesou-se 3 béqueres e 3 vidros de relógio em uma mesma balança analítica digital. Em seguida, para a montagem do filtro, utilizou-se três placas e dois quadros sem recheio, intercalados. Dessa forma, pôde-se vestir os filtros com o meio filtrante e, então, posicionar esse sistema no trilho do equipamento. Antes de prensar o filtro, realizou-se um teste com uma caneta para verificar o alinhamento dos orifícios entre o meio e os quadros e placas. A prensa foi apertada ao máximo a fim de minimizar os riscos de vazamento, cujo foi o menor em relação a práticas anteriores.
Terminada a montagem, passou-se para a homogeneização da solução de carbonato de cálcio que se encontrava em um tanque na estrutura inferior do equipamento. Essa homogeneização foi realizada a partir de uma agitação manual com um auxílio de uma barra metálica. Ligou-se a bomba e abriu-se a válvula de circulação enquanto manteve-se fechada a válvula que permitia o acesso da solução às placas, agitando e homogeneizando a solução. Com a solução já homogeneizada, alguns integrantes do grupo coletaram 3 amostras nos 3 béqueres pesados previamente.
Dessa forma, pesou-se os 3 béqueres e registrou-se os valores. Os béqueres foram colocados, então, na estufa, para que a água contida neles evaporasse e restasse apenas a fase sólida. Ao fim da filtração, registrou-se também a pressão no manômetro.
A válvula foi aberta e os alunos mantiveram-se atentos ao primeiro momento em que o líquido começou a cair no tubo de coleta, pois o cronômetro seria ativado neste momento. Um aluno observou o enchimento da prova enquanto marcava o tempo de enchimento a partir de variações volumétricas de 500mL
Após a primeira proveta cheia, trocou-se rapidamente para uma proveta de mesma capacidade, porém como a vazão já havia diminuído, a marcação foi feita a partir de uma variação de 200mL.
Quando líquido despejado no tubo de coleta diminuiu drasticamente sua vazão e começa a pingar na proveta, o procedimento foi finalizado e registrou-se a pressão no manômetro. Pôde-se então recolher a torta de filtração nos dois quadros em uma bandeja.
Sendo assim, o grupo recolheu 3 amostras de partes distintas de cada uma das tortas, colocando-se uma amostra de cada em cada um dos 3 vidros de relógio previamente pesados.
Por fim, após pesar os vidros com as amostras, colocou-se estes na estufa para serem pesados novamente 3 dias após a prática. Ao final dela, os alunos devolveram a torta e a solução para o tanque e lavaram os quadros.
3) Resultados e Discussão
3.1) Cálculo da concentração mássica da solução (p/p) Para realizar o cálculo da concentração da solução de carbonato de cálcio, foram utilizados os valores dos pesos dos béqueres 1, 2 e 3 vazios, com amostra e com amostra seca. Os dados seguem na tabela abaixo:
Becher
Béquer | M Béquer(g) | M béquer + amostra(g) | M béquer + amostra seca(g) | Massa de água(g) | Massa de carbonato de cálcio(g) |
1 | 53,648 | 117,7887 | 58,6140 | 58,496 | 4,9666 |
2 | 56,3585 | 93,1454 | 59,2603 | 33,8851 | 2,9018 |
3 | 54,7752 | 90,0672 | 57,5342 | 32,533 | 2,759 |
Tabela 1: Massa dos beckeres, de água e de carbonato de cálcio
Becker | concentração g/g |
1 | 0,0849 |
2 | 0,0856 |
3 | 0,0848 |
média | 0,0851 |
Tabela 2: Concentração da solução de carbonato de cálcio
3.2) Cálculo da porosidade da torta (ε)
Após o término da filtragem, três amostras da torta de partes aleatórias foram retiradas para determinar os dados relativos a torta, sendo eles:
Vidro de Relógio | M Vidro Relógio(g) | M Vidro Relógio + torta úmida (g) | M Vidro Relógio + torta seca (g) | Massa de água (g) | Massa de torta seca (g) |
1 | 44,147 | 53,3279 | 49,4503 | 3,8776 | 5,0333 |
2 | 36,787 | 54,1635 | 46,7994 | 7,3641 | 10,0124 |
3 | 43,678 | 61,1263 | 53,7258 | 7,4005 | 10,0478 |
Tabela 3: massas dos vidros de relógio e das tortas úmida e seca
Para auxiliar nos cálculos, os seguintes dados foram encontrados no NIST: National Institute of Standards and Technology.
● Densidade da água = 1g/cm3
● Densidade do carbonato de cálcio =2,711g/cm3
Para calcular a porosidade, calculamos o espaço ocupado pela água que foi evaporada, comparando os valores da massa úmida com a seca. A partir da densidade e massa obtida de torta seca e de água, calculou-se o seus respectivos volumes, que são utilizados para calcular a porcentagem de volume ocupada pela água nos poros da torta, em relação ao seu volume total.
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