Relatorio de materiais de construção
Por: Rhuan Phablo • 17/5/2016 • Relatório de pesquisa • 3.996 Palavras (16 Páginas) • 673 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
PROFESSOR: HENRIQUE LINHARES DE MELO
RELATÓRIO TÉCNICO
ENSAIOS DE LABORATÓRIO
METODO IPT/EPUSP
Alunos:
Amanda Maria Mendes Ferreira
Camila Hikari Harada
Daniella Souza
Rhuan Phablo Silva
GOIÂNIA-GO
2015
Introdução
O método denominado EPUSP/IPT constitui-se numa atualização e generalização feita na Escola Politécnica da USP a partir do método desenvolvido inicialmente no IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, ele foi apresentado na publicação “Manual de Dosagem e Controle do Concreto” em 1993. Este método parte da resistência característica do concreto aos 28 dias (fck), do diâmetro máximo dos agregados e da consistência do concreto para se obter as proporções de areia e pedra britada para cada unidade de cimento, além da obtenção do fator água/cimento. Como resultado final de sua aplicação, obtém-se um diagrama de dosagem grafado onde são representadas as leis de comportamento: Abrams, Lyns e Molinari. O gráfico é desenhado da seguinte forma, no primeiro quadrante, é traçado os resultados obtidos a lei de Abrams (1918) ou o Modelo de Powers (1966), que representam a resistência do concreto e a relação de água e cimento (a/c), sendo traçadas curvas distintas para a idade do concreto (3, 7, 28 e até 56 dias). Para a lei de Abrams, “a resistência de um concreto, numa determinada idade (f cj), é inversamente proporcional à relação água cimento (a/c).” No segundo quadrante, é traçado os resultados obtidos pela lei de Lyse (1932), “fixados o cimento e agregados, a consistência do concreto fresco depende preponderantemente da quantidade de água por m3 de concreto”, ou seja, estuda-se o abatimento de acordo com a relação de água e cimento e o consumo de aglomerantes, isto permite encontrar um concreto com uma trabalhabilidade otimizada. No terceiro quadrante são posicionados os resultados pela lei de Priszkulnik & Kirilos (1974) (ou também Lei de Molinari), “o consumo de cimento por m³ de concreto varia na proporção inversa da relação em massa seca de agregados/cimento (m)”. No quarto quadrante pode se correlacionar a resistência à compressão com o consumo de cimento (rendimento em MPa/kg), observando que, preferencialmente, deve-se considerar somente consumo de cimento Portland (sem adições), pois assim haverá uma melhor avaliação indireta da sustentabilidade em termos de redução de emissão de gases estufa.
Método
Segundo o “Manual de Dosagem e Controle do Concreto”, inicialmente deve ser feito uma caracterização dos materiais que irão compor a mistura, identificar as características físicas do cimento (finura, resistência à compressão) e, granulometria, massa específica, massa unitária nas condições solta e compactada, inchamento da areia, dentre outros para os agregados, são índices desejáveis de se conhecer dos constituintes do concreto, esta etapa é importante e tem influência significativa no processo de dosagem do concreto. Em seguida é necessária uma conceituação básica fundamental, este método, também conhecido como Método dos Quatro Quadrantes, tem como parâmetros básicos as chamadas “Leis de Comportamento” (Leis de Abrams, Lyse, Molinari e o Teor de argamassa seca). Com as leis de comportamento, podemos traçar as curvas da dosagem IPT/EPUSP nos quatro quadrantes do gráfico. Antes de começarmos o experimento é necessário definir alguns parâmetros básicos como a resistência característica do concreto à compressão (fck), determinação do espaçamento entre barras, escolha da dimensão máxima característica do agregado graúdo, definição dos elementos estruturais a serem concretados e a escolha da consistência do concreto, assim podemos calcular a resistência de dosagem e estimar a relação água/cimento (a/c). Após os processos anteriores, pode-se começar a fase experimental, onde será definido um traço base (ou traço piloto), que é um concreto que apresente a consistência e trabalhabilidade requeridas. A partir do traço base, podemos então definir os traços rico e pobre que deverão ser confeccionadas com o mesmo teor de argamassa e a mesma consistência, medida pelo abatimento do tronco de cone, especificada. Para cada traço, deve haver a moldagem de corpos de prova a serem rompidos com 3, 7, 28 e até 56 dias (recomenda-se pelo menos até 28 dias de idade). Então, com os valores das resistências de rompimento, pode se traçar as curvas do método de dosagem IPT/EPUSP.
Além do método IPT/EPUSP existem outros métodos de dosagem de concreto como o proposto por Ronaldo Tartuce e o método UEM de dosagem de concreto. Ronaldo Tartuce desenvolveu uma metodologia com base em dados experimentais obtidos em central de concreto. Tartuce (1989) desenvolveu curvas e correlações matemáticas para diversos materiais e tipos de concretos a serem utilizados em usinas de concreto. Este autor apresenta uma rotina programável para a obtenção de um traço dado as características dos materiais disponíveis. Já o método UEM de dosagem de concreto é outra vertente desenvolvida pela Universidade Estadual de Maringá utilizando os fundamentos teóricos da metodologia do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) para a dosagem de concreto.
Determinação do teor de argamassa ideal
Para a preparação do ensaio foram utilizados os seguintes materiais:
- Brita 1.
- Cimento Portland Tocantins CPII – Z – 32.
- Areia media
- Água Potável
Ferramentas:
- Betoneira
- Adensador
- Forma tronco-cônica
- Pá
- Carrinho de mão
- Balança
- Béquer
Antes de iniciarmos as tentativas, fizemos uma imprimação, que é a preparação da betoneira com a aplicação de um promotor de aderência antes de se fazer a aplicação do produto propriamente dito.
Após a imprimação, iniciamos os testes.
- Primeira tentativa
Teor de argamassa = 35%, Traço 1:1,10:3,90
Areia = 8,46 kg
Cimento = 7,69 kg
Brita = 30 kg
Água = 4 litros
Foram colocados todos os componentes na betoneira e acrescentado 4 litros de água, onde foram misturados por 5 minutos. Ao atingir metade do tempo, paramos a betoneira, para a retirada de resíduos que se prendiam nas laterais.
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