Relatório de fluidização
Por: taahmacedo • 28/4/2015 • Relatório de pesquisa • 1.070 Palavras (5 Páginas) • 1.174 Visualizações
- Objetivo
Estudar, qualitativa e quantitativamente, o comportamento de um leito fluidizado, visualizando os efeitos da fluidização agregativa, e determinando a velocidade mínima de fluidização, porosidade mínima do leito fluidizado e a massa de sólidos contida no leito estudado.
- Introdução Teórica
Fluidização é usado para descrever a condição de suspensão total de partículas, sendo que a suspensão se comporta como um fluido denso. A queda sofrida pelo escoamento de um fluido através de um meio poroso, sendo representado pela equação de Ergum:
[pic 1]
onde ε é a porosidade do leito, Dp é o diâmetro da partícula, v é a velocidade superficial do fluido, ϕ é a esfericidade da partícula, L é a altura do leito, ρ é a densidade da partícula, ΔP é a perda de pressão do fluido passando através do leito poroso e μ é a viscosidade do fluido.
Para casos especiais quando Re<1:
[pic 2]
E para Re>1000:
[pic 3]
A equação é válida para qualquer sentido de escoamento. Para fluido que escoe em sentido ascendente, se a velocidade do fluido for baixa e as partículas não se mexem, é considerado leito fixo. Já quando as partículas se movem é considerado leito fluidizado, se comportando como um fluido denso ou em ebulição.
Para o leito fixo, o tamanho do leito (L) continua fixo enquanto o ΔP aumenta com o aumento da vazão. Quando o fluido começa a fluidizar, o tamanho do leito começa a aumentar com o aumento de vazão e a variação de pressão do fluido fica constante. Se após o processo de fluidização houver retorno do processo, obterá uma nova vazão para o começo da fluidização, onde o leito não está mais compactado, essa vazão é chamada de vazão mínima de fluidização (v0m).
A equação de fluidização pode ser feita através do balanço de forças sobre a partícula, gerando:
[pic 4]
onde g é a aceleração da gravidade e ρs é a densidade do fluido.
Igualando a equação (3) e (4), obtêm-se:
[pic 5]
Através da equação (5) é possível calcular a velocidade mínima de fluidização, e para casos especiais, como Re<1:
[pic 6]
E para Re>1000:
[pic 7]
Existem dois tipos de fluidização que são classificadas de acordo com o comportamento do leito: fluidização particulada e agregativa. A particulada tem como característica a densidade do sólido ser aproximada à densidade do fluido, além do leito ser composto por partículas de pequeno diâmetro o que necessita de baixa velocidade para que a fluidização ocorra e o leito é uniforme.
Já a agregativa apresenta densidade do sólido muito superior à densidade do fluido além do leito ser composto por partículas de diâmetro grande necessitando de altas velocidades para que a fluidização ocorra e o leito fluidiza de forma irregular ocorrendo projeção das partículas devido à formação de bolhas conforme o fluido atravessa o leito.
A fluidização tem aplicação em reatores catalíticos, secagem, limpeza de gases incineração/combustão. As vantagens desse método são: comportamento do leito semelhante à de líquidos, área superficial elevada, altas velocidades de reação (uniformidade do leito), alta taxa de transferência de calor e massa. As desvantagens desse método são: dificuldade em manter o tempo médio de residência, não é possível manter o gradiente axial de temperatura, elevado consumo de energia. Para a fluidização de gás-solido a maior desvantagem é o contato desigual entre partículas e o gás.
- Procedimento experimental
3.1 Material utilizado
- Equipamento de fluidização
- Sílica
- Paquímetro
- Procedimento
Ligou-se o equipamento de fluidização, e alterou-se a vazão de 1 L/s a 1 L/s e anotando-se a altura do leito e a perda de pressão no leio. Mediu-se o diâmetro do tubo. Conferiu-se experimentalmente a velocidade mínima de fluidização aumentando a vazão do fluido e conferindo o início da expansão do leito. Fez-se o procedimento anterior com o leito empacotado e desempacotado.
- Tabelas e gráficos
Tabela 1: Dados de coleta iniciais.
Altura do fluido antes da fluidização | 120 mm |
Diâmetro do tubo | 49,2mm |
Tabela 2: Coleta de dados para fluidização.
Queda de pressão (cm H2O) | Altura mínima (hmin-mm) | Altura máxima (hmáx-mm) | Vazão (L/min) |
5,2 | 120 | - | 1 |
8,0 | 120 | - | 2 |
9,9 | 120 | - | 3 |
12,2 | 120 | - | 4 |
14,0 | 120 | - | 5 |
15,9 | 120 | - | 6 |
15,8 | 123 | - | 7 |
16,8 | 130 | - | 8 |
18,3 | 135 | - | 9 |
15,4 | 135 | - | 10 |
16,8 | 134 | - | 11 |
15,5 | 133 | - | 12 |
15,3 | 137 | - | 13 |
15,0 | 135 | 142 | 14 |
15,5 | 138 | 145 | 15 |
15,5 | 140 | 150 | 16 |
15,8 | 138 | 155 | 17 |
16,0 | 135 | 160 | 18 |
Tabela 3: Densidades das amostras
Amostra | Densidade (g/cm³) |
Sílica | 2,4 |
Ar | 1,2x10-2 |
Após a coleta de dados foi calculada a velocidade do fluido em estudo, para isso dividiu-se a vazão volumétrica pela área do tubo. Também foi obtida a media de alturas atingidas de leito fluidizado, a fim de aumentar a precisão da análise deste procedimento.
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