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Relatório de visita técnica

Por:   •  15/3/2017  •  Relatório de pesquisa  •  3.758 Palavras (16 Páginas)  •  262 Visualizações

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ATIVIDADE  PRÁTICA  SUPERVISIONADA

Relatório de Visita Técnica

Edifício de Concreto Armado em Construção

Santana de Parnaíba - SP

2016

SUMÁRIO

Apresentação .......................................................................................  2.

Objetivos ..............................................................................................  3.

Relatório .......................................................................................  4 – 19.

Dicionário do concreto ................................................................ 20 – 23.

Memória de cálculo da V14 ........................................................ 24 – 26.

Conclusão ................................................................................... 27 – 28

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Apresentação

          O relatório a seguir visa apresentar o processo construtivo dos elementos estruturais do Edifício Montreal Plaza, feito em parte, de concreto armado moldado in loco, de forma a descrever a técnica construtiva de pilares, vigas e lajes. Incluindo a memória de cálculo de uma das vigas do edifício.      

         Localizado no município de Barueri, o Edifício Montreal Plaza, será um prédio comercial de 23 andares, mais térreo e 6 subsolos, com estrutura diversificada entre concreto armado, concreto pré-moldado e protendido.

         O integrante do grupo, integra a equipe na construtora responsável pelo projeto e execução do Edifício Montreal Plaza, estando presente na maioria das etapas de construção do edifício, as informações aqui apresentadas são uma representação fidedigna da realidade vivenciada na prática.

         As técnicas construtivas aqui apresentadas foram adotadas na construção do Edifício Montreal Plaza, ficando aqui em ressalva que qualquer problema na obra deverá ser bem estudado para se fornecer soluções adequadas, pois cada obra tem suas particularidades.

Objetivos

             Observar e entender as etapas de execução e a técnica construtiva dos elementos estruturais de um edifício de concreto armado moldado in loco, visando ampliar o conhecimento e conceitos adquiridos em sala de aula, vinculados ao ambiente real de um edifício em processo de construção. Podendo-se verificar seu sistema construtivo, dinâmica, metodologia, organização e todos os fatores teóricos implícitos nela, agregando valores pessoais e profissionais à formação.

     

    Demos início à nossa visita técnica ao Edifício Montreal Plaza na manhã do dia 21 de abril de 2016, acompanhados pelo Mestre de Obras Wellington e pelo Arquiteto Pedro Barrichello, que acompanharam todas as etapas da construção do edifício desde os primórdios da fundação.

          As obras no Edifício Montreal Plaza tiveram início em 2012, e já se encontra em fase de término, devido à prioridade na entrega de alguns pavimentos, o 23º andar nos possibilitou alcançarmos o objetivo de acompanharmos de perto o procedimento construtivo de estruturas em concreto armado.

          Devidamente orientados pelo Mestre Wellington, descreveremos as etapas construtivas dos elementos estruturais de concreto armado moldado in loco, começando pela montagem de fôrmas e escoramentos dos pilares. As fôrmas garantem que, ao executar um elemento estrutural, suas dimensões sejam as determinadas em projeto. Para que isso aconteça, todas as etapas de execução das fôrmas devem ser respeitadas, desde seu corte até a verificação de seu nível após estar montada.

Pilares: Eixos e gastalhos

          São os primeiros passos para começar a execução de uma estrutura. Inicialmente, os eixos são transferidos para a laje onde ficará a base do pilar, tomando todos os cuidados necessários para que fiquem precisos. Também se transfere o nível de referência para a laje em execução. Após a marcação dos eixos, esticam-se linhas de náilon (pedreiro) para melhor visualização e procede-se então à execução dos gastalhos. Nesta etapa, a laje deve estar livre e não deve ser frequentada por pessoas que não estejam envolvidas na execução da tarefa.

          Utilizando equipamentos de medição, geralmente trenas, determina-se as distâncias entre os eixos e os gastalhos, sempre em duas direções. O gastalho deve estar bem fixado, solidarizado com a laje. A superfície de concreto na base do pilar é apicoada, removendo a nata de cimento vitrificada que fica após a concretagem.

[pic 1]

(Figura 1) - Marcação dos gastalhos (também conhecidos como golas ou colarinhos): peças de madeira fixadas na laje que locam o pilar, determinando suas dimensões laterais.

Pilares: Posicionamento da armadura e espaçadores

          A armadura do pilar é colocada, unindo-se ao arranque da armadura do pilar do pavimento inferior. Os espaçadores são fixados na armadura e garantem que o cobrimento mínimo de concreto sobre a armadura seja respeitado, além de impedir que a forma se feche durante a concretagem dos pilares.

                [pic 2]

(Figura 2) – Armadura do pilar posicionada.

Pilares: Aplicação de desmoldante e montagem das fôrmas

          Depois de devidamente posicionados os gastalhos, são fixados dois pontaletes-guia bitolados nas extremidades de um mesmo lado do gastalho, aprumando-os e travando-os com sarrafos nas duas direções do pilar. São marcados nos pontaletes-guia o nível a que deve chegar a extremidade superior de cada painel do pilar, para conferência no decorrer do processo de montagem. E então, é passado o desmoldante nas faces internas das fôrmas. O desmoldante tem por função diminuir a aderência entre a forma e o concreto, facilitando a desforma após a cura do concreto, além de possibilitar seu eventual reaproveitamento, eliminando gastos desnecessários com madeira. Os painéis laterais são colocados baseando-se no gastalho já feito terminando a montagem de uma das faces da fôrma. A seguir, os painéis de fundo (menores) são montados, unindo-os na primeira lateral de fôrma já montada. Após isso, coloca-se as galgas e distanciadores, que impedirão o estrangulamento da seção do pilar. Os distanciadores também têm a função de proteger e guiar a passagem dos travamentos da fôrma. Após a montagem dos distanciadores, fecha-se a última face da fôrma, travando todas as laterais. O travamento é feito com porcas e barras de ancoragem, opção é mais prática e segura e possui a vantagem de ter regulagem para ajuste mais preciso. Feito isso, é utilizado sanduíches de madeira, necessários à estruturação do painel, travados com porcas e barras de ancoragem. Após o fechamento da fôrma, procede-se ao ajuste do escoramento de todo o conjunto. As faces já montadas são niveladas, verificando a necessidade do uso de mosquito na abertura da base do pilar. Verifica-se o prumo dos painéis em todas as faces, utilizando um prumo. Se necessário, ajusta-se as escoras, levando o conjunto para a posição correta. Após a montagem das fôrmas de pilares, inicia-se a inspeção de qualidade e controle dimensional, e, posteriormente, montagem das fôrmas de vigas e lajes.

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