Relatório sobre análise da Vazão
Por: Renan Moraes • 14/10/2015 • Ensaio • 1.221 Palavras (5 Páginas) • 404 Visualizações
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FENÔMENOS DE TRANSPORTE II
1º Experimento:
Medição de Vazão Através da Integração do Perfil de Velocidades
Grupo:
Turma:
Sorocaba
Outubro - 2015
- Introdução – Análise de escoamento
Os escoamentos que se encontram na maioria das situações práticas são os do tipo turbulento caracterizados por valor do número de Reynolds superior a um valor crítico que é da ordem de 4000. Isto significa que em todo ponto de escoamento a pressão e a velocidade sofrem flutuações aleatórias em torno de um valor médio. Se estas flutuações não impedem geralmente o fato de não se considerar o escoamento como “permanente” em média, elas não afetarão a maioria dos instrumentos utilizados para medida da velocidade pontual.
Nestas condições, as equações propostas para a distribuição de velocidade num tubo circular conduzem aos resultados seguintes, confirmados por numerosas observações experimentais:
- um perfil de velocidade proposto é dado pela equação 1.1.
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onde: R = raio do duto cilíndrico;
N = índice do escoamento → N = f(Rey)
Rey = número de Reynolds = parâmetro adimensional que relaciona as forças de inércia e viscosidade de um escoamento;
- a razão entre a velocidade média do escoamento e a velocidade máxima do mesmo está na faixa:
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A correspondência entre N e Reymédio (determinado pela velocidade média do escoamento) é dada pela tabela 1.1.
Tab. 1.1: correspondência entre os valores de Reyméd e N
Reyméd | 4,0.103 | 2,3.104 | 1,1.105 | 1,1.106 | 2,0.106 | 3,2.106 |
N | 6,0 | 6,6 | 7,0 | 8,8 | 10,0 | 10,0 |
- Tubo de Pitot
Dada que a equação de energia para um fluído incompressível, não viscoso e em escoamento contínuo e permanente é expressa pela equação de Bernoulli ao longo de uma linha de corrente:
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onde: P = pressão estática
ρ = massa específica
g = aceleração gravitacional
z = cota medida na vertical
V = velocidade pontual
Na figura 1.1 tem-se um tubo de Pitot típico, nome dado em homenagem a Henri Pitot (1695 – 1771), cientista francês.
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fig. 1.1: tubo de Pitot experimental
Na entrada do tubo de Pitot: V1 = 0 → P = P1
Na lateral do tubo de Pitot: V2 = Vp → P = P2
Entre a entrada e a lateral: Δz ≅ 0
Assim, aplicando a equação de Bernoulli para escoamento sem atrito entre os pontos 1 e 2 do tubo de Pitot da fig. 1.1, obtém-se a equação 1.3.
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- Mensuração de Vazão
A vazão volumétrica de um fluído através de uma superfície de controle de área A é dada pela equação 1.4.
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Num duto cilíndrico de raio R tem-se que:
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Assim, a vazão volumétrica pode ser dada pela equação 1.5.
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Como se vê, para calcular-se a vazão experimental por integração, é necessário medir-se o valor de V em vários pontos (r) do duto. Após isto, monta-se o gráfico V(r).r x r, na faixa 0 ≤ r ≤ R, aplica-se integração numérica com os dados do gráfico, obtendo-se a área do gráfico denominada Ag. A área do referido gráfico, multiplicada por 2.π, fornece a vazão volumétrica experimental do escoamento (Qe), ou seja:
Qe = 2.π.Ag [1.6]
Por outro lado, deseja-se também saber o valor da vazão teórica do escoamento (Qt). Para isto, adota-se um determinado perfil de escoamento (neste caso o turbulento, expresso na equação 1.1) e substitui-se na expressão da vazão volumétrica, fornecendo a equação 1.7:
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Esta expressão, por lógica, deverá expressar o valor de Qt em função de Vmáx, R e N. Por observações experimentais, a faixa de valores de N pode ser adotada como sendo:
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Finalmente, a vazão volumétrica teórica, por este método, pode ser dada por:
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