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Resenha de Crítica - Resíduos no Brasil: Um Grande Mercado Emergente

Por:   •  25/8/2020  •  Resenha  •  981 Palavras (4 Páginas)  •  614 Visualizações

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Trabalho: Resenha Crítica

Instituição de Ensino: Estácio

Curso: Pós Graduação em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico

Disciplina: Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos

Referência: John M. Zerio Marco A. Conejero. Resíduos no Brasil: Um Grande Mercado Emergente, Thunderbird School of Global Management.

Resíduos no Brasil: Um Grande Mercado Emergente

O artigo em questão faz uma análise a respeito dos impactos socio ambientais sobre os resíduos sólidos urbanos no Brasil e a perspectiva de um manejo sustentável como inclusão social, tendo como pontos chaves a adoção da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a presença dos catadores como participantes essênciais no processo de coleta, triagem, prensagem, armazenagem e negociação dos materiais para serem reutilizados bem como uma abordagem de se ter uma destinação final mais eficaz para os resíduos sólidos, visando a não utilização de valões à céu aberto, os temidos lixões.

O aumento rápido no volume de resíduos sólidos no mundo inteiro é deviso o crescimento econômico dos países emergentes. A situação é mais grave em países onde a infraestrutura é normalmente insuficiente, as comunidades são mal atendidas, e os governos são dominados pela falta de recursos. Essa gestão é um grande desafio para comunidades e governos.

Os modelos de gestão de resíduos sólidos, tiveram seus conceitos modificados com o passar dos anos, no passado era basicamente definido em coleta, depósito em terra, e incineração de resíduos caseiros, com o passar dos anos pode-se perceber que os aterros e incineradores não eram suficientes.

Existem duas linhas de pensamento sobre gestão integrada de resíduos sólidos, uma deve ser tratada pelo Princípio de Hierarquia, que declara que a prevenção e a minimização de resíduos devem ter prioridade sobre reciclagem e tratamento, ao invés de considerar lixo como um agregado homogêneo, devemos tratá-lo de acordo com o valor energético de seus principais componentes. Assim, alguns devem ser reutilizados, alguns reciclados ou compostados, alguns incinerados, e o lixo restante deve ser enterrado. A outra linha de pensamento, não tenta prever o melhor processo para um determinado tipo de resíduo. Por exemplo, o papel pode ser reciclado, compostado, ou incinerado com recuperação de energia. Acredito que ambos os pesamentos são importantes para se melhorar a gestão de resíduos, mas o pensamento de se evitar a geração de determinados resíduos, atuando na prevenção e não apenas em tratar resíduos melhoraria muito mais e reduziria de forma mais rápida e significativa a poluição e degradação do meio ambiente que os resíduos causam.

Segundo dados do censo publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, a quantidade de resíduos sólidos domiciliares e /ou públicos coletados todos os dias dos municípios brasileiros é no total de 228.413 toneladas métricas,  ou aproximadamente 99% do total produzido. Informações adicionais extraídas desse levantamento, mostrou que dentre os 5.507 municípios, 63,6% descartaram os resíduos sólidos coletados em campo aberto (lixão), 18,4% aterros controlados utilizados, e apenas 13,8% levaram os resíduos a aterros sanitários. As estimativas mais recentes publicadas pela Agência Ambiental do estado de São Paulo (CETESB) destacaram o fato que 84% das emissões de metano geradas por resíduos sólidos ocorreram em campo aberto, sendo este método o mais inadequado, pois pode trazer impactos negativos significantes no ambiente e na população, como contaminação dos recursos hídricos, aumento da população de parasitas e patógenos e, propagação de vetores causadores de doenças. Aterros controlados, são tolerados pelas agências ambientais e seria uma segunda opção, pois o risco de poluição do solo e da água persiste, embora o risco de poluição do ar, odores, e liberação de biogás seja consideravelmente reduzido, no entanto, quando eventos desastrosos ocorrem, eles podem ser embargados por autoridades estatais locais. Já os aterros sanitários são os mais adequados, pois os resíduos não são expostos ao tempo, e não são uma fonte de contaminação, odores, moscas, ou incêndios, além de ser considerado por um estudo do  Banco Mundial de 2004, o sistema com melhor custo-eficiência para alienação de resíduos sólidos na maior parte das áreas urbanas em países em desenvolvimento. A compostagem de resíduos sólidos custa duas a três vezes (por tonelada) mais que aterros sanitários, e os custos de incineração cinco a dez vezes mais.

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