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Resenha De Politicas Publicas No Brasil

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Por:   •  31/8/2014  •  1.903 Palavras (8 Páginas)  •  1.330 Visualizações

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Universidade de Brasília

Profa: Mariana

Resenha Critica: Politicas de Saúde no Brasil: Um século de Luta pelo direito à saúde.

No inicio do século XX acreditavam que estaria por vir o progresso, assim como, a ciência, a eletricidade e o avanço da medicina. Foi uma época em que a saúde estava em crise, várias epidemias tomavam conta da população, como a cólera, a tuberculose, a varíola, a peste e a febre amarela. Navios estrangeiros se negavam a portar nesse país, com medo que seus tripulantes e passageiros fossem contaminados por tantas doenças. A preocupação na verdade era com a falta de mão de obra barata para as lavouras de café e fabricas do Brasil, os imigrantes não iam querer mais vir a um país com tantos problemas de saúde. Os ricos dispunham de atendimento medico a disposição enquanto os pobres só tinham assistência de benzedeiras e contavam com a caridade, como a realizada por irmãs da santa casa da misericórdia e eram atendidos em hospitais filantrópicos mantidos por igrejas. O que já demonstrava a existência de desigualdade entre as classes sociais e o poder que os mais ricos tinham. Foi criado um instituto para produção de vacinas e uma campanha foi realizada para melhorar a situação da saúde no país e pessoas com doenças contagiosas eram mantidas isoladas em quarentena para evitar a disseminação. Uma maneira observada pelas autoridades na tentativa de conter as epidemias e doenças contagiosas. Os governantes achavam que iriam limpar o centro do Rio de Janeiro retirando os pobres e seus cortiços. A vacinação passava nesse momento a ser obrigatória e essa imposição incomodou militares positivistas e a população por contrariar o direito a liberdade. Gerou em 1904 a revolta da vacina que logo após foi derrotada. Algumas obras de saneamento foram realizadas no Porto de Santos e ao redor dele, tentando evitar que fosse atingido por epidemias, uma medida tomada pelos governantes para que os navios estrangeiros portassem naquele lugar.

Em 1918 a gripe espanhola matou milhares de pessoas, diziam que todos os pecadores iriam morrer. Um artifício que fazia a população acreditar que Deus queria lhes matar por causa dos seus erros, talvez ser pobre fosse o pecado. Em 1922 há a tomada do forte de Copacabana. Em 1923 é regulamentada a Lei que permite o pagamento da aposentadoria aos trabalhadores, um método de acalmar os ânimos diante de tantas greves dos trabalhadores. Dr. Ziraldo Paulo Sousa volta ao país abrindo o centro de saúde formado por médicos e assistentes sanitaristas. Era o começo de uma assistência mais integral. O ano de 1924 foi cenário da Coluna Prestes que tinha como objetivo de reformar o pais. Revoltosos chegaram ao Rio de Janeiro em 1930, causando medo a população. Nesse mesmo ano Getúlio toma posse como presidente prometendo que seu governo seria voltado para os pobres. Época que os fazendeiros de café iam perdendo o poder para os empresários das grandes fábricas. Getúlio decreta a centralização das estruturas de saúde. Medida tomada para que a saúde chegasse a população de forma mais uniforme. Os paulistas ficam contra Getúlio solicitando a constituição que havia sido prometida. Criado também o instituto de aposentadoria e pensões, onde se inicia o processo de contribuição mês a mês, durante certo tempo para ter direito a uma aposentadoria. Em 1935 os comunistas de Prestes tentaram uma revolução para tomar o poder de Getúlio. Em 1937 foi criado o Ministério do Trabalho, também descobriram que Getúlio tirava dinheiro da previdência para financiar as indústrias. Como o dinheiro gerado pelas arrecadações não tinha fiscalização, os governantes se aproveitavam e usavam o dinheiro para financiar estruturas privadas. Médicos e profissionais da saúde foram para a Amazônia combater a malária, época que foi criada a SESP, financiada pelos americanos, que faz parte da saúde pública e veio com objetivo de combater e prevenir as epidemias. Expedições para o interior do país descobriram doenças que antes não se conhecia, como exemplo do Dr Carlos Chagas que descobrira a doença de Chagas. Em 1945 o ditador foi deposto. Em entrevista o Dr Roberto José fala do modelo brasileiro de saúde que foi baseado no americano com grandes e modernas estruturas hospitalares, com aparelhos atualizados e medicamentos para todo tipo de doença. Mas que nem todos os brasileiros poderiam usar. Em 1950 Getúlio é eleito pelo voto popular, é inaugurada a TV Tupi, criados a Petrobrás e o Ministério da Saúde. Em outra entrevista Dr. Paulo José fala sobre o Ministério da Saúde que veio com o objetivo de fortalecer as ações em saúde pública junto à medicina preventiva, e promover uma maior aproximação da medicina com as condições sociais do povo. Com pouco tempo Getúlio faleceu. Juscelino Kubitschek assume o poder promovendo o desenvolvimento econômico e a construção de Brasília. Os IAPs começam a construir seus próprios hospitais para atender a seus associados, criando-se a medicina de grupo, que nada mais é do que empresas médicas para atender quem os contratasse, o que hoje seriam homólogas aos planos de saúde, um contrato para ter direito a atendimento de saúde. Em 1964 o General Castelo Branco é indicado a presidência da república. A imprensa sofre com a censura às informações, e o governo deixa a classe média e a operária cada vez mais na miséria, ao mesmo tempo em que o êxodo rural trás para a cidade populações pobres só fazendo aumentar a doença e a mortalidade infantil. Com o sucateamento da saúde pública, serviços ficam sem verba e programas são abandonados, época em que o governo só tinha olhos para a iniciativa privada. Serviços de previdência foram unificados para criar o INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) com função de gerir todas as aposentadorias, pensões e serviços médicos de todos os trabalhadores do Brasil. Em 1970 o Brasil ganha a Copa do Mundo de futebol no México, sento transmitida pelo TV. Obras pelo país impulsionaram o desenvolvimento como a abertura da estrada Transamazônica, a construção da ponte Rio-Niterói e da usina hidrelétrica de Itaipu. Provavelmente todas financiadas com os recursos do INPS, já que não havia fiscalização dos recursos que entravam através desse órgão. Hospitais privados vinham sendo financiados junto ao governo e ao INPS para atender trabalhadores inscritos na previdência social. Na mesma época foram inseridos também os trabalhadores rurais na previdência. Tinham-se pessoas sadias e em idade de contribuir, os cofres permaneciam cheios, mas se a população começasse a envelhecer e a ter problemas de saúde o dinheiro que antes entrava mais do saia passa a fazer o

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