Resenha do Capítulo 01 do livro Engenharia do Trabalho.
Por: Isabelly Martins • 2/8/2022 • Resenha • 397 Palavras (2 Páginas) • 154 Visualizações
Resenha do capítulo 01 do livro Engenharia do Trabalho.
O capítulo aborda os avanços dos modelos de produção e as suas influências nos modos de vida humana. Com base na administração científica, modelos como o taylorismo, o fordismo e o toyotismo surgiram ao longo do século XX causando mudanças expressivas nas formas de trabalho e produção. Estes modelos visam sempre o aumento da produção e da acumulação de capital.
Proposto por Frederick Winslow Taylor, o taylorismo foi o primeiro que se desenvolveu. Nesse sistema os processos de produção foram fragmentados e exercidos por trabalhadores treinados e muito instruídos para exercerem suas funções da melhor maneira possível. Os trabalhadores não possuíam nenhuma autonomia, uma vez que todo o planejamento e ações eram propostos pela gerência, assim, restando em suas posses apenas suas forças de trabalho.
O fordismo, por sua vez, apresentou-se em 1910 como uma adaptação do taylorismo. Henry Ford manteve a mecanização e a organização gerencial, entretanto os associou às esteiras de produção, fixando os trabalhadores em seus postos com movimentos ditados pelo ritmo das máquinas. Esse conjunto de procedimentos fez com que o trabalho que antes era feito por um funcionário passasse a ser dividido e realizado por 84 trabalhadores. Isso era importante para Ford pois desenvolvia o consumo em massa, mostrando-se fundamental para o desenvolvimento da indústria. Esse modelo de produção imperou até meados da década de 60, quando chegou ao fim um longo ciclo de crescimento baseado em produções em larga escala.
O toyotismo surge como um contraponto à rigidez fordista, se caracterizando como uma forma flexível de produção. As produções em larga escala deram lugar a estoques reduzidos, com uma produção baseada na demanda, essa lógica também servia para as matérias primas que eram adquiridas conforme as necessidades. Essa contenção de custos também se voltou para os trabalhadores, com uma redução de mão de obra estritamente necessária à produção, se tornou recorrente uma flutuação do número de trabalhadores em relação à demanda.
Podemos concluir que mesmo que tenha ocorrido com o tempo uma leve atenuação dos modelos de produção, todos eles buscavam se adequar ao capitalismo e às suas necessidades econômicas. Assim, o trabalhador sempre foi encarado como um mero objeto necessário para a obtenção de produções e lucros, com suas vidas trabalhistas marcadas pela monotonia, sacrifícios, exploração e privação, muitas das vezes com a incerteza do desemprego, sendo sempre o elo frágil dessa engrenagem.
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