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Resumo Tema de Pesquisa Mestrado

Por:   •  4/8/2023  •  Trabalho acadêmico  •  737 Palavras (3 Páginas)  •  62 Visualizações

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A utilização de biomassas ligncelulósicas surgiu a partir de uma substituição dos combustíveis fósseis, porém, a maioria dos métodos tradicionais de produção utilizam diversos produtos químicos misturadas as biomassas e fazem uso de somente uma parte da biomassa descartando o restante, aumentando a poluição ambiental secundária destes resíduos, como ocorre com cascas de coco verde (MIOLA et al., 2020) e sisal (Agave sisalana) (LOURENÇO et al., 2017).

Uma alternativa energética é a utilização das biomassas na produção de briquetes. Para que o produto final apresente boa qualidade, três principais características devem ser levadas em consideração: o poder calorífico superior (PCS), a densidade e a resistência à compressão (FURTADO et al., 2010).

Pensando na utilização de resíduos de biomassa, La Ifa et al. (2020) analisou briquetes produzidos a partir da casca da castanha de caju. Tendo em vista que a utilização de briquetes possuem diversos benefícios como: ser livre de enxofre, alto poder calorífico superior, combustão mais uniforme e menor quantidade de cinzas em relação ao carvão vegetal, entre outros. Do ponto de vista econômico, utilizar a biomassa de casca de castanha de caju ainda é mais barato do que biomassas madeireiras.

Diversos autores reforçam que as propriedades das biomassas podem variar de acordo com as condições climáticas e hidrogeológicas, logo, também afetará em variações nas propriedades dos briquetes produzidos (BOT et al., 2021).

A partir das análises do briquete da casca da castanha de caju foram obtidos resultados que se enquadram dentro das normas universalmente aceitas (SNI 016235-2000) com poder calorífico de 29,49 MJ/kg, teor de umidade de 5,3%, teor de cinzas de 4,96%, teor de substâncias voláteis de 17,16%, e teor de carbono de 72,62% (LA IFA et al., 2020).

Outra biomassa com diversas vantagens na forma de briquete, é a partir da madeira alaban misturada com cinzas de carvão vegetal (sendo o ideal nas porções 100%:0% ou 90%: 10%), a qual possui a mesma qualidade das madeiras tradicionais e não emite fumaça. Como desvantagem, quanto maior a porção de cinzas utilizadas, menor é o poder calorífico superior do briquete e maior o tempo para sua ignição (HARYANTI et al., 2021).

Não só a biomassa, mas o aglutinante utilizado também é importante na produção de briquetes. No estudo de Napitupulu et al. (2020) foram produzidos briquetes a partir de carvão vegetal de espigas de milho e de cascas de coco misturados com o óleo lubrificante usado (de motores) como aglutinante, sendo a melhor combinação entre eles: 75% de espiga de milho: 25% de casca de coco com adição de 20mL de óleo. A adição do óleo aumenta a combustão do briquete, pode aumentar os níveis de briquetes ligados ao carbono e aumento no poder calorífico superior.

A biomassa de origem vegetal, também pode ser chamada de materiais lignocelulósicos, os quais são compostos por: lignina, holocelulose e extrativos. A atuação da lignina em conjunto com as holoceluloses impede o acesso de agentes químicos externos dificultando o manuseio da biomassa em questão, deste modo foram desenvolvidas inúmeras técnicas de fracionamento para destruir essa estrutura micromolecular da matriz lignocelulósica, priorizando a deslignificação.

No estudo realizado por Li et al. (2021) utilizaram combinação de etanol alcalino e ácido para fracionar os resíduos de sisal (chamado de pré-tratamento UHP) através de um reator fotocatalítico UV a 30ºC. O pré-tratamento UHP inclui dissolução, saponificação alcalina e degradação oxidativa.

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