Roteiro Experimento Colisão Bidimensional
Por: José Augusto • 5/2/2023 • Relatório de pesquisa • 1.089 Palavras (5 Páginas) • 89 Visualizações
1 Introdu¸c˜ao
A elabora¸c˜ao de teorias capazes de descrever fenˆomenos f´ısicos ´e um processo
longo e complicado, normalmente envolvendo v´arias etapas de proposi¸c˜ao e de
testes experimentais de diferentes hip´oteses sobre o fenˆomeno analisado. Nesse
processo ´e comum procurar quantidades que se mantˆem constantes, uma vez que
atrav´es delas pode-se obter rela¸c˜oes entre as v´arias quantidades que determinam
o fenˆomeno. Em sistemas isolados, ou seja, naqueles sobre os quais n˜ao ocorre
a¸c˜ao de for¸cas externas, observa-se que duas quantidades se conservam: a energia
total do sistema, e o momento linear. Em um processo de colis˜ao entre dois
corpos (se o sistema formado por estes ´e um sistema isolado) a lei da conserva¸c˜ao
do momento linear traduz-se na seguinte express˜ao:
# P1i +
# P2i =
# P1f +
# P2f , (1)
em que
# P1i e
# P2i s˜ao os momentos lineares antes da colis˜ao e # P1f e
# P2f s˜ao os
momentos ap´os a colis˜ao. Esta ´e uma equa¸c˜ao de natureza vetorial e, portanto,
equivalente a trˆes equa¸c˜oes escalares correspondentes `a conserva¸c˜ao do momento
linear em trˆes dire¸c˜oes perpendiculares x, y e z. Se o sistema n˜ao ´e isolado,
dependendo da dire¸c˜ao das for¸cas externas que agem sobre o sistema, o momento
linear pode ser conservado em uma ou duas dire¸c˜oes, mas n˜ao em todas, ou
melhor, o momento se conserva nas dire¸c˜oes perpendiculares `a for¸ca resultante.
Neste experimento vocˆe ter´a a oportunidade de analisar a conserva¸c˜ao do
momento linear numa colis˜ao bidimensional n˜ao frontal.
2 Objetivo
Verificar se h´a conserva¸c˜ao do momento linear em uma colis˜ao bidimensional
n˜ao frontal entre duas esferas.
3 Materiais
Esferas de a¸co e de pl´astico;
Trilho curvo com parafuso ajust´avel e fio de prumo na base;
Papel pardo;
Papel carbono;
R´egua
Celular
1
4 Procedimentos
A lei de conserva¸c˜ao do momento aplicada a esta colis˜ao estabelece que no
plano horizontal
m1
#v1i = m1
#v1f + m2
#v2f (2)
Neste plano o movimento das esferas ´e uniforme, e os vetores velocidade
podem ser determinados pelos alcances das esferas #r e os tempos de queda t
da base do trilho at´e o ch˜ao, #v =
#r /t. Como o tempo de queda s´o depende
da altura e do valor de g, ele ´e o mesmo para as duas esferas, e a equa¸c˜ao de
conserva¸c˜ao do momento pode ser rescrita como
m1
#r1i = m1
#r1f + m2
#r2f (3)
Para verificar esta igualdade experimentalmente devemos medir as massas das
esferas e os alcances no plano horizontal.
Um trilho curvo ser´a utilizado para imprimir uma velocidade inicial `a esfera
de a¸co soltando-a de uma altura h. Na base do trilho deve ser posicionada sobre
um parafuso regul´avel a esfera de pl´astico. O parafuso deve ser usado para
alinhar a altura do centro da esfera alvo com o da esfera incidente. Ele tamb´em
permite que se coloque a esfera alvo numa posi¸c˜ao obl´ıqua para evitar o choque
frontal. A figura abaixo ilustra a montagem experimental.
Figura 1: Aparato do experimento montado.
Para determinar os alcances #r1i
,
#r1f e
#r2f deve ser fixada no ch˜ao uma folha
de papel pardo de modo que as esferas caiam sobre ela. As folhas de papel
carbono s˜ao distribu´ıdas sobre o papel pardo, de modo a registrar as marcas
das posi¸c˜oes de impacto das esferas no papel.
Os dados experimentais s˜ao coletados seguindo as seguintes instru¸c˜oes:
1. Pese as esferas para determinar as massas de cada uma.
2. Com o fio de prumo alinhado com a base do trilho marque no papel pardo,
que deve estar fixado ao ch˜ao com fita, a posi¸c˜ao projetada no plano horizontal.
3. Sem a presen¸ca da esfera alvo, solte a de a¸co de uma altura definida no
trilho. Coloque o papel carbono na posi¸c˜ao apropriada para registrar o ponto
atingido pela esfera. Repita cuidadosamente v´arias vezes o processo, soltando a
2
esfera sempre da mesma posi¸c˜ao no trilho. As marcas ir˜ao se espalhar em torno
de
...