Síntese do artigo a evolução dos materiais
Por: João Ricardo • 8/5/2018 • Resenha • 794 Palavras (4 Páginas) • 156 Visualizações
O presente artigo retrata sobre a história das civilizações inca, asteca e maia e como elas contribuíram para o desenvolvimento tecnológico atual e para alguns conhecimentos estudados pela ciência e tecnologia dos materiais. A civilização Inca apresentava um território extenso, que abrangia diferentes nações. As edificações geralmente tinham um único andar, com a exceção das que eram construídas sobre colinas, onde um segundo andar poderia ser construído, os telhados apresentavam baixa inclinação e eram cobertos por palha, para facilitar o escoamento da água. As paredes eram compostas por pedras rudemente acabadas e a lama ou barra usada como forma de reboco. Para construções mais importantes eram utilizados instrumentos de alta dureza e formões de bronze. Durante o apogeu da civilização inca, a agricultura possibilitou alguns avanços tecnológicos, como o cultivo de várias espécies de vegetais, a utilização da técnica de curvas de nível e o uso pela primeira vez do sistema de irrigação.
As construções de pontes feitas de cordas de fibra possibilitaram resolver o problema do caminho percolado de terrenos ásperos e profundos, além de ser importante para a expansão da civilização para outros territórios. As tecnologias utilizadas nessas pontes serviram de inspiração para a construção de pontes atuais, como a ponte californiana. Os incas eram especializaram-se no uso de fibras naturais e na fabricação de tecidos, barcos armas de funda e possuíam um inventário de pré escrita baseados em nós, produzindo objetos com extrema perfeição.
A extração da prata Potosi gerou uma extraordinária expansão da atividade em volta do cerri rico e com isso um elevado aumento da população, transformando-a na maior comunidade humana do hemisferio ocidental. Os incas desenvolveram uma tecnologia de fusão que produzia uma separação mais eficaz da prata dos resíduos. O surgimento de uma nova técnica de refinação baseada na interação química do minério de prata com o mercúrio transformou o sistema de trabalho, tecnologia e economia de Potosi e tornou obsoletos os fornos de ventos utilizados pelos nativos depois da descoberta de grandes depósitos de mercúrio.
A civilização Maia contribuiu significativamente no mundo moderno pelas suas realizações intelectuais, como por exemplo no ramo da matemática avançada, permitindo o acompanhamento dos planetas, previsão de eclipses e na produção de um calendário exato. Além disso, os Maias obtinham cores misturando ingredientes, como óxidos de ferro e de manganês e carvão mineral, com agentes específicos e utilizavam conhecimentos de técnicas específicas da química.
Os maias utilizavam da queima da pedra calcária para produzir argamassa que eram utilizadas nas suas edificações. O processo consistia em justapor camadas de pedra calcária e de madeira, em troncos ou vazadas, que depois eram queimadas, produzindo a argamassa. A argamassa era utilizada para revestir os pisos, fazer esculturas e dar um melhor acabamento do exterior dos edifícios, e possibilitou preservar os produtos, mesmo estando em regiões úmidas.
Os maias também tiveram grande importância na evolução dos materiais, com a criação do pigmento Azul maia, composto de paligorsquita e de um pigmento orgânico natural, o índigo. Esse pigmento possuía estabilidade sem precedente quando exposto a ácido, álcalis, solventes além de resistir à biodegradação. A sua confecção permaneceu como um enigma, até ser desvendado por métodos computacionais e investigações estruturais por meio de difração de Raios-X, de fonte síncroton, mostrando-se assim a presença do índigo nos canais da paligorsquita, além das ligações químicas que mantiveram unidas as moléculas durante séculos.
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