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SETOR SIDERÚRGICO - PRODUÇÃO DE FERRO GUSA - ASPECTOS AMBIENTAIS

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Por:   •  3/11/2013  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  684 Visualizações

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SETOR SIDERÚRGICO – PRODUÇÃO DE FERRO GUSA - ASPECTOS AMBIENTAIS

O processo produtivo do ferro gusa se baseia na redução do ferro, na presença de fundentes e de um agente redutor, o carvão vegetal, no alto-forno. Ali ocorrem reações químicas e transformações físicas inerentes ao processo de captar o gás gerado de modo a utiliza-lo como forma de energia, chamada de cooperação. Neste processo, a interação com o meio ambiente é muito intensa, ocasionando grandes impactos ambientais, caso não sejam adotadas as eficientes medidas mitigadoras. Dentre os insumos movimentados apresentam-se:

Minério de ferro – o minério chega de caminhão, é descarregado no pátio em pilhas ao ar livre, dali é o mesmo transportado para silos, donde vai para o peneiramento e vai ao alto-forno. O retido na peneira constitui o “fino de minério”, que vai para o depósito de fino de minério, resíduo inerte.

Carvão Vegetal – o carvão vegetal chega à usina embalado em sacaria transportada em caminhão. O processo de descarregamento do carvão é manual. Os efluentes atmosféricos gerados no manuseio do carvão vegetal, o depósito de descarregamento, na peneira e na moega são captados e tratados no filtro de mangas.

Na fabricação do gusa são necessários em torno de 3 metros cúbicos de carvão de vegetal por tonelada de gusa (CETEM, 2004).

O carvão adquirido pelas siderúrgicas para o abastecimento de seus altos-fornos pode ter três origens: • Madeira nativa (extraída do desmatamento da floresta nativa pelos projetos de manejo autorizados pelo IBAMA); Resíduos de serrarias o resíduo do processo (de 20% a 40%) é utilizado para a produção de carvão. Em geral, a produção do carvão ocorre no próprio local onde existe a serraria e Reflorestamento madeira extraída dos projetos de reflorestamento que são plantações de eucalipto em fazendas de propriedade das siderúrgicas.

Após a extração, a madeira é levada para as carvoarias onde é queimada e transformada em carvão. Cada forno de uma carvoaria (na região, o tamanho é padrão) para ser preenchido, necessita de cerca de 16 m3 de madeira e gera 8 m3 de carvão.

Em geral o preenchimento é feito manualmente. Depois da queima, o carvão é colocado diretamente no caminhão de tamanho padrão, chamado gaiola e transportado para as siderurgias. Cada caminhão tem a capacidade de carregar 55 m3 de carvão (Instituto Observatório Social, 2001).

Cada etapa da produção do carvão é feita por trabalhadores com funções específicas: motoqueiros (operadores de motosserras) para o corte da madeira; carbonizadores e forneiros, funções chave no processo, que lidam com a queima da madeira; batedor de tora e carregadores de lenha, que transportam a madeira. Estima-se que cerca de 30 mil pessoas trabalham diretamente em carvoarias e reflorestamento no Brasil, sem levar em consideração os empregos indiretos gerados.

Calcário e sílica – esses dois minérios constituem os fundentes utilizados no processo produtivo da usina. São também descarregados, dos caminhões basculantes em que chegam à usina, em seus respectivos pátios de estoque, de onde são transferidos para os silos de processo por meio de pá carregadeira. Em seguida, todo o material é transferido para a correia de carga, de transporte para o alto forno.

Lenha – a lenha é utilizada na operação de pré-aquecimento do ar nos glendons, quando da não geração de gás do alto forno nos casos de paralisações para

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