SUSTENTABILIDADE, RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE: A RELEVÂNCIA DA LOGÍSTICA
Por: Rosilleia • 29/8/2018 • Bibliografia • 5.220 Palavras (21 Páginas) • 282 Visualizações
SUSTENTABILIDADE, RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE:
A RELEVÂNCIA DA LOGÍSTICA.
Sustainability, Recycling and the environment:
The importance of Logistics.
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Conteúdo
1.Introdução
2.Fundamentação teórica
3.Procedimentos metodológicos
4.Apresentação e análise dos resultados
5.Considerações finais
Referências
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1.Introdução
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1. Introdução
Com a expansão e crescimento das industrias, Lora (2000) afirma que atualmente as empresas vem adotando atitudes ativas no cenário ambiental, transformando uma postura passiva em oportunidades rentáveis. Para elas o meio ambiente passa a não ter tanta importância, pois o objetivo era direcionado apenas as obrigações e responsabilidades legais passando a ser uma fonte adicional de metas, prestigio, competitividade e eficiência. No âmbito econômico atual, as empresas se desdobram e fazem o possível para tornarem-se competitivas, nas questões de redução de custos, minimizar o impacto ambiental e agir com responsabilidade social. O que estas empresas têm descoberto é que gerenciar e controlar a geração e destinação de seus resíduos é uma forma a mais de economizar e que possibilita a conquista e o reconhecimento da sociedade e o meio ambiente, pois não se trata apenas da produção de produtos, mas sim, as consequências com seu destino final. O processo de mudança do antigo paradigma para o novo – o da sustentabilidade - está em andamento e envolve literalmente todas as áreas do pensamento e da ação do homem. No meio ambiente encontra campo especialmente fértil, justamente porque a dimensão ambiental perpassa todas as atividades humanas. Os desequilíbrios sócio-ambientais são o resultado do velho paradigma cartesiano e mecanicista, com sua visão fragmentada do mundo – o universo visto como um conjunto de partes isoladas, funcionando como um mecanismo de relógio, exato e previsível. As transformações cada vez mais rápidas causadas pela tecnologia induzem à instabilidade econômica, ambiental e social, por um lado, e à perda da diversidade natural e cultural por outro. O velho paradigma não dá conta de entender e lidar com as complexidades e sutilezas dessas transformações. Já o novo, cujo eixo é a ideia de integração e interação, propõe uma nova maneira de olhar e transformar o mundo, baseada no diálogo entre saberes e conhecimentos diversos: do científico, com toda a sua rica variedade de disciplinas, ao religioso - passando pelo saber cotidiano do homem comum. No mundo sustentável, uma atividade – a econômica, por exemplo - não pode ser pensada ou praticada parcialmente, porque tudo está inter-relacionado, em permanente diálogo.
Segundo a previsão da Organização das Nações Unidas (ONU), população mundial apresenta um crescimento acelerado, onde a Terra apresentará em média 8 bilhões de habitantes em 2025. Isso representa aproximadamente 2 bilhões de pessoas em 21 anos. Atualmente, todas as áreas transformadoras de bens e/ ou serviços vem passando por diversas mutações, tanto em termos de padronização, tecnologia e gestão, mas principalmente em recursos. O propósito das empresas é produzir buscando a responsabilidade social e ambiental, atuar com maior confiabilidade, diferenciação, se destacar na redução de custos, e assim se tornar mais competitivo. Considera-se que 95% deste crescimento dará nos países em desenvolvimento. Países estes que apresentam grande amplitude de problemas sociais, econômicos e ambientais. A mudança nos hábitos de consumo ocasionou e impulsionou a criação de novas necessidades, que para serem atendidas, necessitam de aquisição de bens manufaturados. O aumento na produção e no consumo gera o aumento do descarte de produtos cuja função original foi descaracterizada. O auto consumismo de bens, associado ao maior número de consumidores, faz com que o mundo se torne uma máquina continua de geração de resíduos. A sustentabilidade requer uma nova ordem mundial, associada a uma profunda mudança de atitude no interior de cada nação, de cada instituição, de cada indivíduo. Isso significa também uma profunda mudança de atitude empresarial, até porque vivemos num mundo em que várias empresas são mais ricas e mais poderosas que muitos estados soberanos. À primeira vista, o reconhecimento de tal poder e riqueza nas mãos das corporações contradiz a nova realidade do mundo tripolar, em que o poder é equilibrado entre empresas, governo e sociedade civil organizada e a área de ação desses três elementos se dá nas dimensões econômica, ambiental e social. As contradições aparentes são características do mundo contemporâneo e a sobrevivência será o prêmio de quem melhor souber lidar com elas. O capitalismo, que até agora mostrou ser o sistema econômico mais eficaz, precisará de uma gestão competente para que, em algumas décadas, entremos na era do capitalismo sustentável. Nesse processo histórico, os empresários têm um importante papel a desempenhar. Hoje, várias empresas são mais poderosas do que muitas nações. O processo de logística reversa gera impactos na gestão da logística; pois muitos materiais são reaproveitados e retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição. Este processo geralmente é composto por um conjunto de atividades que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, danificados ou obsoletos dos pontos de consumo até os locais de reprocessamento, revenda ou descarte. Vários são os tipos de reprocessamento que os materiais podem ter, dependendo das condições que estes entram no sistema de logística reversa. Os materiais retornam ao fornecedor quando houver este acordo. Podem ser revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Podem ser reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas estas alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico direto. Em último caso, o destino pode ser o seu descarte final. Alguns dos processos de descarte final, como, por exemplo, incinerações de madeira, exigem o serviço de empresa credenciada. Isto, além de demandar tempo na contratação de tal empresa, gera custo adicional no processo. Existe uma complexidade a verificar no que diz respeito a estoque de material. As empresas não têm a previsão da demanda, não sabem como o consumidor vai se comportar. E um evento externo, interfere no processo de armazenagem e distribuição em uma área limitada de estocagem. Significando, então, ocupação de área que não estava prevista e assim elevando o custo de estoque. É necessário monitorar diariamente o comportamento da coleta, para dar maior agilidade às operações e assim diminuir custos. E na ausência da consciência ambiental, a sociedade passa a ser o alvo mais prejudicada pela diminuição da qualidade de vida, passando esta herança negativa e vícios às futuras gerações. A preocupação com a sustentabilidade e a responsabilidade social aplicada agora, é uma garantia de melhor qualidade de vida futura. Segundo o Instituto Recicle (2016), A sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do planeta Terra, é manter a qualidade de vida, manter o meio ambiente em harmonia com as pessoas. É cuidar para não poluir a água, separar o lixo e evitar desastres ecológicos. A sustentabilidade é pensar em longo prazo. Trata-se de encontrar uma forma de desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das próximas gerações de suprir as próprias necessidades. O desafio da humanidade é preservar seu padrão de vida e manter o desenvolvimento tecnológico sem exaurir os recursos naturais do planeta.
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