Seis sigma

        Inicialmente, o Seis Sigma foi desenvolvido na década de 80, na Motorola e, até o ano de 1999, esta ferramenta trouxe ganhos financeiros de aproximadamente 14 bilhões de dólares. (MCCLUSKY, 2000).

 Um exemplo de sucesso na adoção do Seis Sigma deu-se na empresa General Eletric (GE), onde boa parcela dos funcionários da empresa está envolvido ou já se envolveu em projetos Seis Sigma, sendo esta a primeira empresa a aplicar tal metodologia na área de serviços e administrativa, trazendo bons resultados (GE, 2014).

Em sua concepção, o Seis Sigma estatisticamente refere-se ao desvio padrão de um processo que obedece, dentro de certos desvios, a distribuição normal (representado pela letra grega sigma).

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Figura X: Distribuição Normal. Fonte: Portal Action.

        Dessa forma, um processo Seis Sigma configura-se como o que tem os limites superior e inferior a 6 desvios padrão de distância da média, o que se traduz numa expressiva redução do número de não conformidades, comparando-o com o processo de dois ou três sigmas.

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Figura X: Nível de confiabilidade para cada sigma escolhido. Fonte: Portal Action.

        Com a adoção do Seis Sigma, o índice de confiabilidade obtido é de 99,99999%, enquanto o processo três sigma oferece 99,73%, e o um sigma apenas 68,26%. Contudo, devido a dificuldades         de manter o processo exatamente centrado na média entre os limites, considera-se que o Seis Sigma tenha desvio máximo de 1,5 sigmas, o que se traduz numa confiabilidade de 99,99966% (aproximadamente menos de 3,4 defeitos por milhão de eventos).

        De acordo com CIACCIA (2004), para o sucesso da implementação do Seis Sigma dentro de uma empresa, alguns pontos precisam estar bem definidos, como:

• Todas as áreas devem estar envolvidas com o Seis Sigma;
• Formação de especialistas (Black Belt e Green Belt) dentro da própria empresa;
• Foco nos clientes;
• Acompanhamento financeiro dos resultados;
• Performance constantemente mensurada.

Dentre os especialistas, os Black Belts configuram-se como funcionários dedicados exclusivamente ao Seis Sigma, devido ao alto conhecimento técnico. Assim, lideram as equipes nos projetos, definem as ferramentas que serão utilizadas e dão orientação aos outros membros, além de treinar os Green Belts, que, por sua vez, são as pessoas que recebem noções (treinamentos) de Seis Sigma, contudo, continuam executando suas funções na organização, sendo a sua participação nos projetos secundária.

        Para ZINKGRAF (2008), há uma série de ferramentas que podem ser utilizadas durante o decorrer do projeto de um Seis Sigma, entre estas:

• Fluxograma: mostra o sequenciamento de atividades durante o processo;
• Listas de verificação: lista que mostra pontos a serem verificados, um a um;
• Brainstorm: reunião de várias pessoas envolvidas,         com o intuito de levantar ideias e alternativas para solucionar determinada questão;
• Diagrama de causa e efeito (Ishikawa): mostra todas as possíveis causas de certo efeito;
• Gráfico de Pareto: mostra os resultados com maior peso no processo, bem como sua proporção;
• Análise de efeito e modo de falha (FMEA): visualização de todas as possíveis fontes das falhas decorrentes no processo;
• Matriz de desdobramento da função qualidade (QFD): visualização das necessidades técnicas dos clientes.

CIACCIA, V. Aplicação do Seis Sigma: Um caso na Indústria Química. Universidade de São Paulo (POLI-USP), 2004. Disponível em: Acesso em: 28 de out. 2014.

GENERAL ELETRIC. Six Sigma. Disponível em: . Acesso em: 27 de out. 2014.