Tecnologia E Sociedade

O capítulo 8 do livro de Pierre Lévy, como o título “O som da cibercultura” traz questões da produção e recepção das obras, abordando uma imensa variedade de gêneros artísticos. E mostra um aspecto importante em relação a possibilidade de colaboração existente entre artistas e engenheiros na construção de uma boa obra, tipo uma forma de trabalho coletiva.

A cibercultura é a junção da comunicação contemporânea e as novas tecnologias, podemos dizer que é a cultura que temos hoje para o mundo virtual. Tudo que se tem ao meio digital e virtual se trata de hibridação do “real” e do “virtual” fazendo parte do universo tecnológico.

Um dos gêneros que é mostrado no texto é a música técno, ela tem todas as características da cibercultura, sendo totalmente aberta a criação e recriação, onde o espectador não é mais um ouvinte passivo e sim um co-autor da obra. Os autores podem criar músicas para posteridade, eles geralmente modificam músicas já existentes na sua performance e de acordo com as reações de seu público.

A cibercultura mostra um desafio para o profissional de comunicação na medida em que todos os relacionamentos se quebram as barreiras locais, isso quer dizer que a forma de se comunicar muda totalmente. Se uma pessoa falar, mostra uma forma de divulgar um parente perdido no facebook ou falar mal de alguma coisa, isso espalha rapidamente para as pessoas do meio virtual, qualquer pessoa pode saber da informação rapidamente.

O capitulo 9 mostra uma leitura bastante provocativa em questionamentos importantes, tanto para aqueles que trabalham com os domínios da ciência da informação como para aqueles que labutam nas áreas das artes, comunicação e educação. O ciberespaço, proporciona a utiliza novas plataformas e instrumentos de trabalhos com o conhecimento digitais, acaba oferecendo uma outra reflexão sobre o que se considera a própria arte e, a relação entre o que é criado, sua utilização e apreciação.

Pensava-se na arte o que ela expressa e a contemplação, em outras palavras, alguém elabora e expressa através de formas estéticas algo sobre a realidade percebida ou sentida, e outros são os espectadores. Na cibercultura, todos acabam sendo o autor, na medida em que vão se propondo e projetando em redes, com plataformas online ou off-line. Como o autor se expressa, existe a intenção do autor mas com isso também, o que é produzido passa ter a extensão, tornando-se domínio de muitas outras comunidades virtuais. Cada um é chamado a tornar-se um operador singular, qualitativamente diferente, na transformação do hiperdocumento universal e totalizável.

Para se lidar com a arte na cibercultura, deve primeiro aprender a conhecer todas as manifestações e histórias da própria arte, pois os termos utilizados como performance. Mesmo ganhando mais extensão, possuem significados iniciais que todos devem saber. Dessa maneira, a arte na cibercultura desperta em nós o interesse em conhecer mais sobre a arte e ao mesmo tempo como podemos ser autores deixando algo mais artístico, construído no espaço virtual.