Tecnologias Aplicadas A Educação

ETAPA 1 – PROBLEMATIZANDO OS APONTAMENTOS ELENCADOS NA ENTREVISTA

(Entrevista com Prof. Sérgio Ferreira do Amaral)

Infelizmente, motivados pela valorização de algumas carreiras, os jovens buscam formação em cursos dos quais não se identificam e acabam exercendo profissões dos quais não gostam. Esse pode ser um dos motivos da decrescente procura pelo curso de pedagogia.

A profissão de professor, além de pouco valorizada, passa por um período muito polêmico: o mundo digital está invadindo nossas vidas, e os educadores não recebem qualificação adequada para lidar com os recursos tecnológicos oferecidos. Percebe-se que até existe uma tentativa por parte de alguns educadores em trazer para a sala de aula as ferramentas tecnológicas mais usuais, porém o professor tem dificuldade de dominar tais ferramentas e acaba ridicularizado.

Os meios tecnológicos podem e devem estar nos projetos pedagógicos, porém para que isso funcione, deve haver antes uma qualificação dos profissionais da educação quanto ao uso desses meios, os quais podemos relacionar os mais básicos como as redes sociais, a TV digital interativa, o celular, a internet como todo, entre tantos outros meios.

Os jovens clamam por mudanças. Grande parte está conectada, ou seja, vive cercada de artifícios tecnológicos, principalmente conectada ao facebook se socializando, ampliando sua rede de amizades. Está aí uma grande oportunidade de a escola se conectar ao aluno e se tornar atrativa novamente, promovendo troca de informações e, principalmente, falando a ‘linguagem’ do jovem. Porém, o professor precisa estar preparado para promover o aprendizado através deste meio.

A educação deve estar direcionada a uma convergência de mídias, que promova o desenvolvimento intelectual e cultural do aluno. A política educacional deve englobar e desenvolver meios de acesso aos jovens de baixa renda, que não possuem meios de fazer uso das mídias disponíveis, a fim de reduzir e evitar a exclusão digital. Ou seja, além da qualificação de professores, também os alunos devem ser orientados e qualificados quanto ao uso correto das ferramentas tecnológicas.

Enfrentamos atualmente nas escolas um sucateamento de recursos materiais, tecnológicos e profissionais. Enquanto cidadãos é nosso dever cobrar de nossos governantes que os investimentos sejam feitos de modo convergente, ou continuaremos recebendo computadores ultrapassados em nossas escolas, profissionais desqualificados e desmotivados na educação e estaremos fadados ao analfabetismo digital.