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Teoria Geral De Sistemas

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Por:   •  20/11/2013  •  3.548 Palavras (15 Páginas)  •  812 Visualizações

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Teoria geral dos sistemas (TGS)

A teoria geral dos sistemas (TGS), que começou a ser estudada em 1950 pelo biológo alemão Ludwig Von Bertalanffy, é uma teoria interdisciplinar para transcender problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar princípios e modelos gerais para todas as ciências envolvidas, de modo que as descobertas efetuadas em cada uma pudessem ser utilizadas pelas demais. Ela demonstra o isomorfismo das ciências, permitindo a eliminação de suas fronteiras e o preenchimento dos espaços vazios (espaços brancos) entre elas. A TGS é essencialmente totalizante: os sistemas não podem ser compreendidos apenas pela análise separada e exclusiva de cada uma de suas partes. A TGS se baseia na compreensão da dependência recíproca de todas as disciplinas e da necessidade de sua integração.

Anteriormente à teoria dos sistemas dominavam, em quase todas as ciências, três princípios intelectuais: o reducionismo, o pensamento analítico e o mecanicismo.

O reducionismo se baseia na crença de que todas as coisas podem ser decompostas e reduzidas em seus elementos fundamentais simples, que constituem as suas unidades indivisíveis. Por exemplo, o estudo dos átomos na física e o estudo das células na biologia.

O pensamento analítico é utilizado pelo reducionismo para explicar as coisas ou tentar compreendê-las melhor. A solução ou explicação do todo constitui a soma ou resultante das soluções ou explicações das partes.

O mecanicismo é o princípio que se baseia na relação simples de causa e efeito entre dois fenômenos. Um fenômeno constitui a causa de outro fenômeno (seu efeito), quando ele é necessário e suficiente para provocá-lo. Como a causa é suficiente para o efeito, nada além dela era cogitado para explicá-lo. Essa relação utiliza o que hoje chamamos sistema fechado: o meio ambiente era subtraído na explicação das causas. As leis excluíam os efeitos do meio. Além disso, as leis de causa-efeito não prevêem as exceções. Os efeitos são totalmente determinados pelas causas em uma visão determinística das coisas.

Com o advento da TGS, estes três princípios foram substituídos pelos princípios opostos: o expansionismo, o pensamento sintético e o da teleologia.

O expansionismo é o princípio que sustenta que todo o fenômeno é parte de um fenômeno maior. O desempenho de um sistema depende de como ele se relaciona com o todo maior que o envolve e do qual faz parte. O expansionismo não nega que cada fenômeno seja constituído de partes, mas a sua ênfase reside na focalização do todo do qual aquele fenômeno faz parte. Essa transferência da visão voltada aos elementos fundamentais para a visão voltada ao todo denomina-se aborgagem sistêmica.

O pensamento sintético diz que o fenômeno que se pretende explicar é visto como parte de um sistema maior e é explicado em termos do papel que desempenha nesse sistema maior. Os órgãos do organismo humano são explicados pelo papel que desempenham no organismo e não pelo comportamento de seus tecidos ou estruturas de organização. A abordagem sistêmica está mais interessada em juntar as coisas do que em separá-las.

A teleologia é o princípio segundo o qual a causa é uma condição necessária, mas nem sempre suficiente para que surja o efeito. Em outros termos, a relação causa-efeito não é uma relação determinística ou mecanicista, mas simplesmente probabilística. A teleologia é o estudo do comportamento com a finalidade de alcançar objetivos e passou a influenciar poderosamente as ciências. Enquanto na concepção mecanicista o comportamento é explicado pela identificação de suas causas e nunca do seu efeito, na concepção teleológica o comportamento é explicado por aquilo que ele produz ou por aquilo que é seu propósito ou objetivo produzir. A relação simples de causa e efeito é produzido de um raciocínio linear que tenta resolver problemas através de uma análise variável por variável. Isto está superado. A lógica sistêmica procura entender as inter-relações entre as diversas variáveis a partir de uma visão de um campo dinâmico de forças que atuam entre si. Esse campo dinâmico de forças produz um emergente sistêmico: o todo é diferente de cada uma das suas partes. O sistema apresenta características próprias que não existem em cada uma de suas partes integrantes. Os sistemas são visualizados como entidades globais e funcionais em busca de objetivos. Um resumo destes seis princípios pode ser visto no quadro abaixo:

Antes da TGS Com a TGS

Reducionismo

“todas as coisas podem ser decompostas em elementos fundamentais simples que constituem suas unidades indivisíveis” Expansionismo

“todo fenômeno é parte de um fenômeno maior” (abordagem sistêmica - visão no todo)

Pensamento analítico

“a explicação do todo constitui-se da soma das explicações das partes” Pensamento sintético

“o fenômeno é parte de um fenômeno maior e é explicado em função do papel que desempenha nesse sistema”

Mecanicismo

“um fenômeno é a causa e o outro é o seu efeito, baseia-se na relação simples de causa-efeito entre dois fenômenos, desconsiderando (excluindo) a influência do meio” Teleologia

“a causa é uma condição necessária, mas nem sempre suficiente para que surja o efeito (a relação causa-efeito é probabilística)”

Quadro 1 – Resumo dos princípios anteriores e posteriores à TGS

Apoio à decisão

Apoiar um tomador de decisão em seu processo decisório consiste em lhe fornecer um suporte computacional adequado a diferentes fases do processo decisório, possibilitando a especificação de resultados numéricos e o estabelecimento de relacionamentos entre elementos (variáveis) julgados importantes.

O apoio à decisão na fase de inteligência é voltado principalmente para a exploração da natureza do problema, para a definição de suas condições de contorno e para a coleta e preparação de dados.

Na fase de concepção (ou modelagem), a formalização do problema, a análise dos dados e a definição de alternativas são essenciais. Na fase de escolha procede-se à avaliação quantitativa e qualitativa das alternativas e à seleção da alternativa mais adequada.

Neste sentido, o apoio à decisão obtido com o auxílio de um modelo baseado em computador, que necessita de uma formalização do problema, melhora significativamente

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