Termodinamica Gases
Por: Tulio Montalvão • 3/4/2016 • Relatório de pesquisa • 2.574 Palavras (11 Páginas) • 454 Visualizações
- INTRODUÇÃO
Os gases exibem propriedades muito similares, particularmente no limite de baixas pressões ou seja, podem ser descritos em conjunto, gases podem se comprimir e expandir com facilidade, o que sugere um grande espaço vazio entre as moléculas (APARÍCIO, 2009).
Segundo Aparício (2009), um gás exerce uma força média nas paredes do recipiente que o contém, resultado de inúmeras colisões entre as moléculas que o compõem e as paredes do recipiente. Pressão média sobre as paredes é um parâmetro macroscópico chamado simplesmente de pressão e é definida como a força média por unidade de área da parede do recipiente.
A definição, segundo a termodinâmica, de um gás ideal refere-se àquele gás cujas propriedades estão relacionadas pela equação de estado PV = nRT conhecida por Equação de Clayperon - para quaisquer valores de pressão e temperatura. Nesse caso, P é a pressão, T a temperatura, V o volume ocupado pelo gás, n a quantidade de matéria do gás e R a constante universal dos gases (Castellan, 1978). A exatidão da Equação de Clayperon é tanto maior quanto menor for a pressão do gás (Atkins, 2001).
Um gás real existe sob a maioria das condições de temperatura e pressão e é constituído por partículas materiais dotadas de movimento caótico, sujeitas às forças de atração à longa distância e forças de repulsão à curta distância. Portanto, o gás real é formado por partículas que possuem massa m > 0, volume V > 0 e força de interação entre partículas f ≠ 0 (WYLEN et al, 2003).
Este trabalho visa apresentar, por meio de cálculos de expansão de gás, através de diferentes modelos, a determinação do volume de um determinado trecho de tubulação.
- OBJETIVOS
Determinar o volume de trecho de tubulação desconhecido, empregando os modelos de interações intermoleculares para gases (Gás Ideal, Virial, Teoria dos Estados Correspondentes (TEC).
- MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Materiais:
- Cilindro de volume conhecido;
- Válvulas;,
- Conjunto de linhas de volume desconhecido;
- Gás (Dióxido de Carbono);
- Transdutor de pressão.
3.2. Procedimento Experimental:
1ª Etapa:
Adiciona-se o dióxido de carbono no cilindro com a válvula fechada e lê-se a pressão. Nesta etapa, a equação de estado correspondente é dada por:
PiVc = ZiNiRTi
Onde Vc é o volume do cilindro, Pi é a pressão inicial, Zi é o fator de compressibilidade inicial, Ni é o número de mols inicial,R é a constante dos gases e Ti é a temperatura inicial.
2ª Etapa:
Em seguida, abre-se a válvula do cilindro permitindo que o gás expanda para as linhas. Lê-se o valor da pressão final, que deverá ser menor que o valor da pressão inicial. Nesta segunda etapa, a equação de estado correspondente é:
PfVT = ZfNfRTf
Onde VT é o volume total (cilindro + linhas), Pf é a pressão final, Zf é o fator de compressibilidade final, Nf é o número de mols final,R é a constante dos gases e Tf é a temperatura final.
Observa-se que entre a primeira e a segunda etapa, não há perda de massa no sistema (ou seja: Ni = Nf) e não há alteração da temperatura (Ti = Tf), Assim:
NiRTi = NfRTf
De acordo com a equação anterior, o volume total do sistema (linhas + cilindro) é dado pela seguinte equação:
VT = Vlinhas = Vtotal - Vcilindro[pic 1]
Para o cálculo do volume total, os valores de Zi e Zf devem ser calculados através dos modelos para Z em cada pressão.
O experimento proposto foi realizado com as seguintes condições:
- Volume inicial do cilindro (Vc) igual a 1 000 cm³;
- Pressão inicial (Pi) igual a 30,7 bar;
- Temperatura (T) constante de 25ºC ou 298K;
- Temperatura crítica (TC) de 304,2;
- Pressão crítica (PC) igual a 73,83;
- (W) igual a 0,224;
- Para Gás Ideal, Z é igual a 1
- Para TEC, encontramos z(0)e z(1) a partir de Interpolações;
- Para Virial, encontramos B e C
B = -125 cm3/mol C = 4731 cm6/mol2
B’ = -0,00504 1/bar C’’ = -0,000017747 1/bar²
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
ENSAIO 1[pic 2]
PI= 30,7 bar PF =28 bar
PIR === 0,415 PFR === 0,379[pic 7][pic 8][pic 3][pic 4][pic 5][pic 6]
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