Topografia: Conceitos Fundamentais
Por: Meire Macedo • 19/4/2017 • Resenha • 2.468 Palavras (10 Páginas) • 390 Visualizações
Topografia: Conceitos Fundamentais
- A topografia é uma ciência exata que efetua medições na superfície da Terra, determina a sua forma e dimensões, bem como faz sua representação por meio de uma planta ou mapa.
- A Topografia é um capítulo da Geodésia
- A Topografia efetua medições apenas numa porção limitada da superfície terrestre, enquanto a Geodésia abrange todo o Globo terrestre.
A precisão topográfica
- A topografia consegue resolver com grande precisão o que outras ciências não conseguem.
- Nas medidas de distancia pode-se obter resultados com erro médio provável de até 1 para 100.000,
- Nas medidas de desnível pode-se obter uma precisão de décimo de milímetro
- Nas medidas angulares com precisão de até 1 segundo sexagesimal.
Princípios Da Topografia.
- As verticais tiradas por dois pontos quaisquer na superfície terrestre são linhas paralelas.
- As linhas que unem dois pontos na superfície terrestre são linhas retas
- O desnível entre dois pontos é dado por meio da distancia entre dois planos paralelos.
- 0s ângulos formados por duas direções são ângulos planos e não esféricos.
- Sem as medições geodésicas é praticamente impossível o projeto e a construção de estradas, barragens, túneis, etc. Enfim qualquer grande obra de engenharia.
- A topografia é indispensável nos levantamentos territoriais e nos projetos de engenharia, nas diversas fases de medição dos trabalhos e obras, e até na determinação dos deslocamentos e deformações sofridos por estruturas.
Formas e dimensões da Terra[pic 1]
- Um ponto na superfície da Terra é usualmente definido em função da forma da superfície terrestre desejada: Esfera, Elipsóide e Geoide.
- O modelo geoidal é determinado por medições gravimétricas na superfície terrestre. A Terra é representada por uma superfície media dos mares, prolongada através dos continentes.
- Tal superfície, em qualquer ponto é sempre perpendicular à linha do fio de prumo naquele local. A linha do fio de prumo é a direção da força da gravidade no local considerado.
- Sendo o geoide uma forma geométrica irregular, a forma “matemática” que mais dele se aproxima é do elipsóide de revolução. Ela é gerada pela rotação da elipse em torno de seu eixo menor.
- O elipsoide tem a forma muito próxima de uma esfera, pois o achatamento da elipse é muito pequeno, assim, para topografia, podemos substituir, o elipsoide pela esfera, simplificando os cálculos matemáticos.
Coordenadas planas UTM
- Para obtermos as coordenadas planas temos que transformar a superfície elipsoidal curva em plana.
- Esta transformação se faz projetando o globo em uma superfície plana.
- Esta projeção cartográfica se denomina Projeção Cilíndrica Transversa Conforme de Mercator ou projeção “UTM”, dividindo-se a superfície do globo em zonas de 6° e projeta-se, com o foco no centro da Terra, em um plano normal ao Equador,
Carta Isogônica
- Mapa de curvas ISOGÔNICAS. Denominamos de curvas isogônicas ao lugar geométrico dos pontos de mesma “declinação magnética”
Carta Isopórica
- Denominamos curvas ISOPÓRICAS ao lugar geométrico dos pontos de mesma variação da declinação magnética.
ESCALAS E ORIENTAÇÃO DA PLANTA
- Uma carta ou mapa é a representação convencional ou digital da configuração da superfície topográfica.
- Esta representação consiste em projetarmos esta superfície, com os detalhes nela existentes, sobre um plano horizontal ou em arquivos digitais.
- Os detalhes representados podem ser:
- Naturais: São os elementos existentes na natureza como os rios, mares, lagos, montanhas, serras, etc.
- Artificiais: São os elementos criados pelo homem como: represas, estradas, pontes, edificações, etc.
- Dependendo dos seus objetivos, um mapa ou carta só estará completo se trouxer esses elementos devidamente representados.
Esta representação gera dois problemas:
- A necessidade de reduzir as proporções dos acidentes a representar, a fim de tornar possível a representação dos mesmos em um espaço limitado. Essa proporção é chamada de ESCALA
- Determinados acidentes, dependendo da escala, não permitem uma redução acentuada, pois se tornariam imperceptíveis, no entanto são acidentes que por usa importância devem ser representados nos documentos cartográficos.
- A solução é a utilização de símbolos cartográficos.
Escala é definida como a relação existente entre as dimensões das linhas de um desenho e as suas homólogas no terreno.
ESCALA NUMÉRICA
- Indica a relação entre os comprimentos na carta e o correspondente no terreno, em forma de fração com a unidade para numerador. E = 1/N onde N = D/d
- Assim, E = 1/(D/d) ou ainda E = d / D
- As escalas mais comuns têm para numerador a unidade e para denominador, um múltiplo de 10.
- Exemplo: 1/2.000 ou 1:2.000
PRECISÃO GRÁFICA
- É a menor grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em desenho na mencionada Escala.[pic 2]
- Segundo a ABNT, o erro máximo admissível num desenho topográfico é de 1/5 de milímetro ou 0,2 mm. E= 1/M Acidentes com dimensões menores que M utilizam-se convenções cartográficas;
- Fixado esse limite prático, pode-se determinar o erro tolerável nas medições cujo desenho deve ser feito em determinada escala.
ESCALA DE ÁREA
- A escala numérica refere-se a medidas lineares. Ela indica quantas vezes foi ampliada ou reduzida uma distância.
- Quando nos referimos à superfície usamos a escala de área, podendo indicar quantas vezes foi ampliada ou reduzida uma área.
- “Enquanto a distância em uma redução linear é indicada pelo denominador da fração, a área ficará reduzida por um número de vezes igual ao quadrado do denominador dessa fração”.
ESCALA GRÁFICA
- É a representação gráfica de várias distâncias do terreno sobre uma linha reta graduada.
- É constituída de um segmento à direita da referência zero, conhecida como escala primária, e de um segmento à esquerda da origem denominada de Talão ou escala de fracionamento, que é dividida em sub-múltiplos da unidade escolhida graduadas da direita para a esquerda.
- A Escala Gráfica nos permite realizar as transformações de dimensões gráficas em dimensões reais sem efetuarmos cálculos. Para sua construção, entretanto, torna-se necessário o emprego da escala numérica.
MUDANÇAS DE ESCALA
Muitas vezes, durante o transcorrer de alguns trabalhos cartográficos, faz-se necessário unir cartas ou mapas em escalas diferentes a fim de compatibilizá-los em um único produto. Para isso é necessário reduzir alguns e ampliar outros.
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