Trabalho da disciplina Desenvolvimento Sustentável
Por: Joanna Jows • 2/11/2019 • Resenha • 1.228 Palavras (5 Páginas) • 743 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO
Fichamento de estudo de caso
Joanna Ferreira Godinho
Trabalho da disciplina Desenvolvimento Sustentável (NPG1578/3268402)9001.
Tutor: Simara Ferreira Bruno pela Universidade Estácio de Sá.
Florianópolis/SC
Abril 2019
Estudo de caso: Prototipagem de uma smart village (aldeia inteligente) escalável para criar simultaneamente o desenvolvimento sustentável e oportunidades de crescimento da empresa.
Referência do Caso: DARWIN, Solomon; CHESBROUGH, Henry. Prototipagem de uma Smart Village (Aldeia Inteligente) escalável para criar simultaneamente o desenvolvimento sustentável e oportunidades de crescimento da empresa. EUA: University of California Berkeley, 2017.
O texto inicia com a preocupação do chefe de estado Chandrabadu Naidu em buscar melhorares condições de vida nas áreas mais rurais do estado de Andhra Pradesh, na Índia. Em 2012, através do Pada Yatra, Naidu realizou diversas visitas as aldeias dos camponeses, e percorreu mais de três mil quilômetros em dois anos. Esse movimento ocorreu após a derrota, nas eleições de 2004, do partido de Naidu, o Telugu Desam. Durante sua jornada, Naidu obteve diversas informações sendo a principal relacionada com os programas governamentais, cujos resultados ajudaram a melhorar a vida dos moradores, no entanto, em graus variados, mas longe da meta prevista. Para o sucesso do programa de desenvolvimento, Naidu percebeu a necessidade de capacitação dos moradores e de redução do êxodo de pessoas das aldeias rurais. Além disso, ficou claro para o ex-chefe de estado, Naidu, que esses programas se concentravam em um aspecto da vida das aldeias, em vez de ter uma visão holística.
Em 2014, o partido Telugu Desam, novamente liderado por Naidu, voltou ao poder estadual, mas no mesmo ano o estado se dividiu em dois, sendo o noroeste denominado de Telangana e o restante manteve o nome Andhra Pradesh. Após todas as viagens, a missão de Naidu era melhorar a vida dos vilarejos do estado, e declarou que iria tornar seu estado um dos três mehores do país até 2022 e o melhor até 2029, mas para isso o governo deveria ter um compromisso de desenvolvimento holístico. Para alcanlar esse objetivo, Naidu precisava construir um protótipo que desse valor tanto para as aldeias quanto para iniciativa privada, assim, elegeu a aldeia de Mori, para ser seu cartão de visitas.
A aldeia Mori tinha aproximadamente oito mil habitantes, espalhados em pouco mais de 1300 acres de território e as suas principais atividades eram a agricultura (de alguns grãos) e a industrialização de alimentos, de uma forma simples. Como muitas aldeias do estado, Mori apresentava déficit no saneamento, que ocasionava proliferação de vetores de doenças como a malária e dengue, possuía acesso limitado à saúde para todos os habitantes, fazendo com que curandeiros fossem, na maioria das vezes, a única opção para tratamento de doenças. Na educação, o problema persistia, poucas escolas e o transporte irregular contribuíam para evasão escolar. Com uma economia pobre, as oportunidades em indústrias foram reduzidas, a escassez de água era uma constante para a agricultura e o solo sofria com a carcinicultura de água salgada, que impregnava o solo com sal e reduzia a qualidade do solo para cultivo. Diante dessas condições, os aldeões migraram para zonas mais urbanizadas da Índia ou para países do Oriente Médio, mas com esse movimento cresceu a falta de mão de obra qualificada nas aldeias.
Mori e outras aldeias receberam ajuda dos Programas de Auxilio Tradicional, para empregos e também nas escolas, onde todas as crianças recebem almoços gratuitos para ajudar a incentivar a presença escolar e evitar a evasão. Embora esses programas ajudem os aldeões em curto prazo, eles não estabelecem as bases para o desenvolvimento econômico sustentável, pois não agregam conhecimento ou habilidades aos aldeões. Esses resultados são encontrados no mundo todo, não são exclusivos da Índia. Os programas de auxílio tradicional muitas vezes levaram a consequências não intencionais, resultados negativos e crescimento econômico reduzido.
Como Naidu já observara que programas de auxílio tradicional não compõe a melhor solução para seus objetivos, este, em seus estudos, percebeu que a melhor saída seria capacitar os moradores para moldar seu próprio futuro. Para atingir esse objetivo, os constituintes definiram os cinco pilares de melhoria: pobreza (com o objetivo de criar uma sociedade sem pobreza), justiça social, bem-estar dos agricultores, emprego juvenil e governança adequada. Para atingir esses objetivos foi projetado um um programa que adotasse uma abordagem integrada, que gerou os 20 itens não negociáveis para o projeto de prototipagem, entre eles: a aldeia tem seu próprio plano de desenvolvimento dinâmico preparado pela comunidade participativa, os aldeões têm acesso a um desenvolvimento de habilidades e um Centro de Desenvolvimento de Empresas nas Aldeias com vínculos bancários e de mercado, a aldeia possui conectividade com telecomunicações / Internet, a aldeia tem um centro de informações funcionais, laboratório de informática e centro de “autosserviço” cada casa da aldeia tem uma conta bancária funcional, a aldeia tem um sistema funcional para resolver queixas. Esses 20 itens não negociáveis fazem parte do conceito de cidade inteligente, que Naidu se inspirava.
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