Trabalho de Conclusão de Curso de 2019
Por: Henrico Campos de Oliveira • 27/8/2020 • Trabalho acadêmico • 2.335 Palavras (10 Páginas) • 150 Visualizações
ESTUDO DE CASO: ESCORREGAMENTO E DESLIZAMENTO DE TERRA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Resumo
O estudo a seguir descreve como as ocorrências de escoamento de terra na cidade do Rio de Janeiro podem ser evitadas, prevista ou prevenida. O estudo para tal proposta pode ser feito devido às literaturas de autores brasileiros especialistas na área de obras de terra e geográfica, envolvendo a peculiaridade da região da cidade em evidencia.
Com a união dos temas, percebeu-se que devido a ação do homem nas encostas naturais, desencadeou uma deflagração sobre o terreno, comprometendo a estrutura natural, acelerando o processo natural de deslizamento de massas sobre o solo, causando grandes catástrofes para os moradores locais e autoridades.
Palavras-chave: meio-ambiente, Rio de Janeiro, deslizamento de terra, prevenção.
Abstract
The following study describes how the occurrence of land drainage in the city of Rio de Janeiro can be avoided, foreseen or prevented. The study for this proposal can be made due to the literature of Brazilian authors specialists in the area of land and geographic works, involving the peculiarity of the region of the city in evidence.
With the union of the themes, it was noticed that due to the action of the man on the natural slopes, it triggered a deflagration on the ground, compromising the natural structure, accelerating the natural process of sliding of masses on the ground, causing great catastrophes for the locals and authorities.
Keywords: environment, Rio de Janeiro, landslide, prevention.
Tipos de deslizamento
Dentre os deslizamentos de terra, classificados segundo as literaturas de Faical Massad, podemos agrupá-los em:
Creep ou rastejo: o creep é o deslizamento referente ao processo natural e lento que ocorre nas camadas superficiais do solo.
O deslocamento chega a ser de milímetros por ano, que podem vir a acelerar com a incidência de chuvas e ventos.
Em geral, são de pouca importância para a Engenharia, porém, se uma estrutura se encontrar em contato constante com uma encosta que irá sofrer este esforço ao longo de vários nos, é necessário tomar medidas preventivas, para que a estrutura original não sofra grandes deformações por conta do rastejo.
O rastejo, com o tempo, pode evoluir para um escorregamento verdadeiro;
Escorregamento verdadeiro: os escorregamentos verdadeiros referem-se a deslizamento de volumes de solo ao longo de superfícies de ruptura bem definidas, cilíndricas ou planares. São as únicas que podem ser submetidos a estudo estático por se romper bruscamente sem se deformar.
Existem várias causas que permitem a ocorrência desse fenômeno, algumas delas são:
a. Escavação do pé do talude ou retaludamento incorreto, aumentando-se o ângulo e/ou reduzindo a resistência da base;
b. Aplicação de força sobre a encosta ou sobre o pico do talude, empurrando o solo além da resistência que ele suporta para o fundo do talude;
c. Recorrência de chuvas intensas, com a infiltração da água, pode ocorrer erosão e a estrutura estática do talude se compromete;
d. Desmatamento ou poluição sobre o ambiente onde se encontra a estrutura, tornando-a menos resistente por remover a estabilização da camada superficial que resiste ao cisalhamento e diminuição da superfície de absorção de água da chuva, cavando canais sobre o talude, reduzindo a sua resistência e levando-o ao colapso por conta da variação do plano.
Cortes que podem levar o talude ao rompimento:
Fonte: MASSAD (2003)
Deslizamento de tálus (liquefação): tálus são detritos de escorregamentos antigos, que existem entre as rochas e geralmente são encontrados em forma viscosa ou líquida. Deslizam sob a ação conjunta da gravidade e das pressões neutras, de forma indefinida, dentro de solos saturados.
O movimento destes detritos desloca as camadas de rocha perto das extremidades do talude e sua ruptura se agrava dependendo do tamanho do corte que o terreno possui e da quantidade de massa de rocha e blocos de solo que o solo saturado pode “empurrar”.
A lama deste material, seco e não alimentado pelas águas da chuva, pode se tornar estável.
Deslocamento de blocos de rocha: Em alguns desníveis naturais se encontram rochas ou lascas de rocha intactas, resistentes ao intemperismo. Sua falta de homogeneidade com o resto da estrutura da encosta pode vir a desmoronar devido a escavação do solo, ou incidência de chuva intensa e/ou prolongada, causando erosão em suas bases fazendo que os blocos caíssem em queda livre.
Este evento é comum em cidades com escarpas rochosas como no Rio de Janeiro, Santos, Vitória e Salvador, e quando ocorrido próximo a residências, pode vir a ter conseqüências fatais.
Exemplo de deslocamento de rocha no Rio de Janeiro - RJ (2010):
Fonte: PORTAL GUARATIBA (2010)
Avalanches ou erosão violenta: também conhecido como fluxo de detritos são fenômenos de grande magnitude que podem causar grandes danos ao meio urbano ao a própria natureza.
São deslocamentos de terra em grande volume que ocorrem em um curto período de tempo (segundos ou minutos), e que atingem grandes velocidades (5m/s a 20m/s), e com uma grande massa de terra e detritos, mesmo em baixa declividade.
Ocorre em geral após longos períodos de chuva de maior intensidade pluviométrica. Quando o escorregamento de rocha e detritos flui para dentro de um fluxo d’água*, os materiais se unem em grande quantidade, agregando um maior volume no impacto, e causando grandes consequências ao longo da correnteza.
Exemplo ilustrado de avalanche:
Fonte: BIANCHIN (2011)
Fluxos d’água: são caminhos que a água percorre para chegar até a parte mais baixa do terreno, seguindo a topografia, semelhante à definição de talvegue.
Como ocorre o deslizamento
Os deslizamentos de terra é basicamente uma categoria do que pode se chamar
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