Técnicas Sustentáveis ABNT

1. INTRODUÇÃO

1.1. DEFINIÇÕES DO PROBLEMA

Não é do conhecimento de todos, mas das ações do homem sobre o planeta, a construção é uma das maiores responsáveis pelos efeitos na natureza. Conforme (TAJIRI, CAVALCANTI e POTENZA, 2012) cerca de 40% dos insumos retirados da natureza são utilizados na construção civil. Além desses recursos, grande parte da energia gerada no país é usada para alimentar nossos lares. Uma parte significativa de energia seria naturalmente poupada se essas edificações aproveitassem melhor as técnicas sustentáveis disponíveis no mercado. Para reduzir esse impacto, nos últimos anos, os profissionais de engenharia civil começaram a aprimorar a ideia de construção sustentável ou verde.

A Construção verde é um pensamento inovador das Engenharias que pode ser desenvolvido em qualquer projeto, indo desde projetos populares até a construção de prédios complexos, como escolas ou condomínios. De acordo com (SPADOTTO, NORA, et al., 2011),“A construção civil é responsável por vários reflexos, ao local e região onde se instala a obra, causados por suas atividades direta ou indiretamente”, o que significa que a construção civil não causa apenas impactos ambientais, mas também impactos sociais e econômicos. Na construção sustentável, os profissionais envolvidos procuram utilizar novas tecnologias nas obras para preservar o nosso habitat e reduzir a utilização dos recursos da natureza.

A tecnologia e a cultura exercem um papel fundamental na intensidade dos impactos ambientais, por determinarem os padrões de produção e consumo (LEFF, 2000). Construções sustentáveis é uma nomenclatura atualmente adotada e considerada por pesquisadores que buscam evitar impactos ambientais através da utilização de matérias-primas ecologicamente corretas que podem ser utilizadas na construção de edificações. Que serão produzidos com o propósito de preservar e respeitar o meio ambiente. É dever coletivo de todos preservar o maior legado do planeta “o meio ambiente”, e é necessário preservar, regulamentar e sancionar leis que possuam direção de preservação e que haja vigilância por parte dos órgãos fiscalizadores, para que o povo passe a ter uma consciência ambiental. A população necessita exercer seu papel, proteger e começar o sistema de informação para que as riquezas naturais permaneçam por várias gerações, reduzir o lixo informático e eletrônico, reciclar e reutilizar materiais, usar materiais biodegradáveis, especialmente por que a natureza está respondendo de forma enérgica com alterações de clima e temperatura devido ao aquecimento global e esse fator será essencial para destruição da humanidade.

A edificação sustentável deve apresentar como pontos básicos cinco itens indispensáveis: eficiência energética, uso racional de água, materiais de construção sustentáveis, conforto ambiental e acessibilidade (GREEN BUILDING CONCIL BRASIL, 2012).

1.2. HIPOTESE

A busca por práticas sustentáveis adotadas durante os trabalhos de construção vem aumentando cada vez mais, sempre buscando formas de obter uma construção que interaja com o meio ambiente, obtendo conforto térmico sem a necessidade, ou com necessidade reduzida de consumo de energia, além da redução do consumo de materiais, reduzindo os impactos ambientais provocados pela construção (SEBRAE NACIONAL, 2017). A prática sustentável deve ser iniciada antes mesmo da construção, com a escolha de materiais menos agressivos, duráveis e que exijam o mínimo de impacto possível para sua obtenção. Uma das dificuldades encontradas que envolvem o tema da sustentabilidade na construção é justamente a determinação de forma clara de quão sustentável é uma edificação. Segundo (NAKAMURA, 2006) não podemos atingir a sustentabilidade absoluta, mas podemos chegar a níveis razoáveis adotando estratégias gerais e observando alguns cuidados no projeto a ser construído.

Segundo (CICHINELLI, 2008) na construção, ser sustentável é usar materiais com procedência correta, separar e reciclar resíduos, evitar desperdício e economizar recursos naturais. Comparado com outros países, o Brasil ainda consome pouca energia em edificações e tem baixas emissões de CO2 do setor. Porém, esse cenário está rapidamente piorando, com aumentos de consumo energético e sujeira da matriz energética. Diferentemente dos países desenvolvidos, ainda não há no país um grande estoque existente ineficiente que precisa ser tratado para atingir metas de eficiência energética. Pelo contrário, existe uma grande oportunidade para manter o atual padrão eficiente e minimizar a construção de novas edificações que podem ser operadas apenas com altos consumos energéticos. A seleção dos materiais e componentes mais adequados para cada projeto é uma atividade complexa, já que implica na avaliação de aspectos que incluem variáveis de mercado como custo, informalidade da cadeia de produção, aspectos técnicos que requerem conhecimentos mecânicos, químicos e físicos como propriedades mecânicas, condutividade e capacidade térmica, durabilidade na aplicação desejada, saúde no trabalho, gestão dos resíduos e aspectos ambientais como processos de extração e beneficiamento, vida útil na aplicação, perdas esperadas no processo. (CBCS. CONSELHO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL, 2014). De acordo com (AMBIENTE, 2017) no setor da construção, são vários os desafios, entretanto, consistem na diminuição e melhoria do consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos produzidos, na conservação do ambiente e no melhoramento da qualidade do espaço construído. Para isto, é indicado:
           ● Alteração dos princípios da arquitetura tradicional na direção de projetos versáteis com possibilidade de readaptação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições;

● Procura de soluções que potenciem o uso coerente de energia ou de energias renováveis;

● Administração ecológica da água;

● Diminuição do uso de materiais com elevado impactação ambiental;

● Reduzir os resíduos da construção, diminuindo perdas e a criação de especificações que permitam a reutilização desses materiais;

Este trabalho vai focar no uso do sistema de esgotamento a vácuo em substituição ao sistema convencional de esgotamento por gravidade.

1.3. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é apresentar práticas sustentáveis utilizando o sistema de esgotamento a vácuo que estão inovando o mercado da construção civil, demonstrando suas características e resultados seja a curto ou a longo prazo. Com relação a esforços tecnológicos em busca do consumo consciente da água, uma alternativa é a implementação da coleta de dejetos a vácuo. Podendo-se considerar uma evolução não só da bacia, mas de todo o sistema de coleta de esgoto, o sistema a vácuo mostra grande potencial com relação tanto à economia quanto ao desempenho de transporte de dejetos.