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UMA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE BUSINESS

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Por:   •  13/9/2014  •  5.818 Palavras (24 Páginas)  •  238 Visualizações

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UMA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE BUSINESS

INTELLIGENCE NO CHÃO-DE-FÁBRICA

Marcos Roberto Fortulan

Tecumseh do Brasil Ltda,

Rua Cel. Júlio Augusto de Oliveira Salles, 478, CEP 13570-900, São Carlos, SP,

e-mail: fortulan@tecumseh.com.br

Eduardo Vila Gonçalves Filho

Escola de Engenharia de São Carlos, EESC,

Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade de São Paulo,

Av. Dr. Carlos Botelho, 1465, Centro, CEP 13560-250, São Carlos, SP,

e-mail: evila@sc.usp.br

1ª Versão Recebida em 24/6/2003

2ª Versão Recebida em 23/7/2004

Aceito em 25/2/2005

Resumo

A evolução do chão-de-fábrica tem sido significativa nas últimas décadas, quando grandes investimentos têm sido

realizados em infra-estrutura, automação, treinamento e sistemas de informação, transformando-o numa área estratégica

para as empresas. O chão-de-fábrica gera hoje grande quantidade de dados que, por estarem dispersos ou

desorganizados, não são utilizados em todo o seu potencial como fonte de informação. Com vistas nessa deficiência,

este trabalho propõe a implantação de um sistema de Business Intelligence por meio do uso de ferramentas de Data

Warehouse e OLAP (On-Line Analytical Processing), aplicadas especificamente ao chão-de-fábrica. O objetivo é

desenvolver um sistema que utilize os dados resultantes do processo produtivo e os transforme em informações que

auxiliem o gerente na tomada de decisões, de forma a garantir a competitividade da empresa. Um protótipo foi construído

com dados simulados para testar a proposta.

Palavras-chave: sistema de apoio à decisão, business intelligence, data warehouse, OLAP, chão-de-fábrica.

v.12, n.1, p.55-66, jan.-abr. 2005

1. Introdução

O chão-de-fábrica, como conhecemos hoje, começou

a delinear-se após a Revolução Industrial. Antes dela,

a produção de bens se dava, basicamente, por meio de

pequenas oficinas, que tinham como uma característica

importante o fato de que o conhecimento a respeito do

produto final e como fazê-lo estava associado àquele que

efetivamente fabricava o produto, ou seja, ao artesão.

A busca incessante do homem por melhores condições

de vida, aliada ao desenvolvimento tecnológico, gerou

novas necessidades a respeito de qualidade, quantidade e

preço dos produtos, o que fez a antiga oficina dar lugar ao

que chamamos hoje de indústria. Nas indústrias, um conjunto

de homens e máquinas passou a ocupar um mesmo

espaço na chamada produção seriada, e com ela ocorreu

a transferência da habilidade de fabricação do homem

para a máquina. Com a indústria, o conhecimento sobre

o produto final foi separado daquele que o produzia. Essa

separação deu origem a uma nova classe social em substituição

ao artesão, o proletariado, e a uma nova área em

substituição às oficinas, o chão-de-fábrica.

Hoje encontramos empresas onde o chão-de-fábrica,

ao contrário de um século atrás, é organizado, limpo e seguro,

fruto de grandes investimentos em infra-estrutura,

automação e treinamentos. Nelas, o chão-de-fábrica exige

profissionais qualificados para lidar com equipamentos

complexos, buscar melhorias contínuas e com postura

voltada à qualidade e satisfação do cliente, foco que não

existia no início da industrialização. Dentro deste novo

cenário, durante o processo produtivo é gerada uma grande

quantidade de dados relacionados à qualidade, produtividade,

manutenção, máquinas, materiais, produtos,

funcionários, etc. No entanto, muitas empresas ainda não

sabem o que fazer com essa massa de dados, desconhecendo

sua importante utilidade como matéria-prima para

a geração de informações úteis à gestão do negócio. Muitos

gerentes de chão-de-fábrica, que hoje sofrem por falta

56 Fortulan e Gonçalves Filho − Uma Proposta de Aplicação de Business Intelligence no Chão-de-fábrica

de informações, podem ter um grande aliado se dispuserem

de ferramentas para processar os dados.

Esses dados têm pouca utilidade em seu estado bruto,

por isso precisam ser tratados e interpretados para que

deles seja possível tirar informações e conhecimento.

Para tal, existem hoje diversas ferramentas específicas

e disponíveis comercialmente. Empresas do mundo da

Tecnologia da Informação, como Oracle, IBM, Seagate e

Microsoft, oferecem softwares que podem ser ajustados

às necessidades

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