USO DE ANALISADORES EM LINHA EM PLANTAS DE PETRÓLEO E GÁS.

INTRODUÇÃO

O uso de analisadores industriais vem aumentando de forma significativa e trazendo ganhos no controle de otimização de processos. Apesar de terem o custo muito elevado de aquisição, instalação e manutenção, os ganhos obtidos são positivos, pois são ganhos financeiros, de qualidade de produto e ganhos de qualidade de vida para a população.

É necessário prestar a atenção devida e os cuidados necessários para um correto funcionamento dos analisadores. Sua complexidade e fragilidade exigem mais conhecimento do seu funcionamento, com estratégias de manutenção diferenciadas.

Em geral, os analisadores são extremamente complexos, possuindo tubulações internas onde a amostra circula até chegar ao sensor. Por vezes a amostra é corrosiva e um pouco suja e entrando em contato com as partes mecânicas, ópticas e mecânicas delicadas torna-se uma fonte potencial de problemas, pois uma pequena fuga de amostra pode corroer partes ou até inutilizar um analisador. Também podem ocorrer problemas no sensor, como depósitos de sujidade, corrosão, desgaste (queima de uma lâmpada), queima de placas eletrônicas ou fonte de alimentação.

Por ser um sistema de custo muito elevado, é preciso elaborar uma estratégia de manutenção adaptada ao sistema, em que devemos considerar que consequências originam falhas. A manutenção preventiva é um fator muito importante, que influência na disponibilidade e confiabilidade dos analisadores. Uma desvantagem da manutenção preventiva é que um analisador que estava em funcionamento é retirado da operação, ficando indisponível. No entanto, se a manutenção não for feita resultará em falhas no sistema, consequentemente com um aumento de manutenções corretivas, indisponibilidade e perda de confiança nos analisadores.

Para se obter sucesso com o uso de analisadores, deve-se fugir dos “atalhos” e da “pressa” na hora da especificação de um sistema de análise, já que aqui define-se o futuro do sistema (sucesso ou fracasso). O primeiro passo é escolher o analisador adequado aos requisitos do processo.

1 PETRÓLEO

Complexa combinação de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, podendo também conter quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do petróleo, tais como óleos de xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha, não se incluem nesta definição.

O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua prospecção envolve elevados custos e complexidade de estudos. Atualmente é a principal fonte de energia, servindo também como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais se destacam benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. A principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio, foi à causa de muitas guerras.

Além da geração de gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo, como:

 Parafina;

 GLP (Gás Liquefeito de Petróleo);

 Produtos asfálticos;

 Nafta petroquímica;

 Querosene;

 Solventes;

 Óleos combustíveis;

 Óleos lubrificantes;

 Óleo diesel;

 Combustíveis de aviação.

1.1 História do Petróleo

Existem diversas teorias envolvendo surgimento do petróleo, uma delas abrange a formação por meio de plânctons e outra a formação por meio da mistura do carbono com outros gases. Todavia, a teoria mais admitida é a que o petróleo tenha se originado há milhões de anos através da decomposição de animais e vegetais que permaneceram soterrados.

O petróleo era conhecido desde a antiguidade, sendo mencionado em inúmeras passagens do Antigo Testamento por diversas vezes e estudos arqueológicos demonstram que foi utilizado há quase seis mil anos. Os registros históricos da utilização do petróleo remontam a 4000 a.C. Os povos da Mesopotâmia, do Egito, da Pérsia e da Judéia empregavam o betume para pavimentação de estradas, mumificação dos mortos, calafetação de grandes construções, aquecimento e iluminação de casas, lubrificação e até como laxativo.

1.2 Petróleo no Brasil

No Brasil, os primeiros indícios do surgimento do Petróleo foram no regime imperial, porém, em 1930 foi descoberto que os moradores de Lobato, um bairro suburbano de Salvador, utilizavam a "lama preta" como combustível de suas lamparinas. Em 1939, o primeiro poço de petróleo foi encontrado.

No ano de 1941, com as novas pesquisas de busca de outros campos de petróleo ao longo do território nacional, o governo anunciou o estabelecimento de campo de exploração petrolífera de Candeias, na Bahia.

Em 1953 é oficializado o monopólio estatal sobre a atividade petrolífera e a criação da empresa estatal “Petróleo Brasileiro S.A.”, conhecida como Petrobrás. No ano de 1968, a empresa passou a desenvolver projetos de extração iniciando a exploração de petróleo em águas profundas, após as primeiras descobertas outras prospecções ampliaram significativamente a produção petrolífera brasileira.

A maior reserva de petróleo do país, a Bacia de Campos, aconteceu no ano de 1974. O Brasil, com o passar do tempo, se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas e ultraprofundas.

Visando ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza em 6 de agosto de 1997, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, aprovou a Lei nº. 9.478 para a extinção do monopólio estatal.

No ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada Pré-sal. Que apresenta imensos poços de petróleo em excelente