PRÁTICA DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS; INDICAÇÕES E ATIVIDADES TERAPEUTICAS DO BOLDO-DO-CHILE (Peumus Boldus )
Artigo: PRÁTICA DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS; INDICAÇÕES E ATIVIDADES TERAPEUTICAS DO BOLDO-DO-CHILE (Peumus Boldus ). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Andressafmelo • 12/6/2014 • 815 Palavras (4 Páginas) • 1.222 Visualizações
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PRÁTICA DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS; INDICAÇÕES E ATIVIDADES TERAPEUTICAS DO BOLDO-DO-CHILE (Peumus boldus )
Uma das formas mais antigas para prevenção de doenças, é a prática do uso de plantas medicinais visando efeitos terapêuticos. Várias comunidades acreditavam no poder curativo das plantas, tornando-o uma prática de conhecimento popular. No Brasil, os índios utilizavam as plantas como remédios e obtinham êxito no resultado. Durante muito tempo, essa prática foi bastante utilizada no mundo todo, levando a busca pelo alívio, e cura de doenças.
É inegável, no entanto, que o uso popular e mesmo tradicional não são suficientes para validar as plantas medicinais como medicamentos eficazes e seguros. Nesse sentido, as plantas medicinais não se diferenciam de qualquer outro xenobiótico sintético, e a preconização ou a autorização oficial do seu uso medicamentoso deve ser fundamentada em evidências experimentais comprobatórias de que o risco a que se expões aqueles que a utilizam é suplantados pelos benefícios que possam advir (BRASIL, 1995).
Peumus boldus Molina é uma árvore comum no Chile, suas folhas são largamente empregadas na medicina tradicional para o tratamento de problemas digestivos e hepáticos (JIMÉNEZ et al. 2000)Além do uso popular, preparações a base de boldo são descritas em vários textos farmacognósticos oficiais, como Martindale Extra Farmacopéia e as farmacopéia oficial do Brasil. O boldo é também empregado na medicina homeopática (AGRA et al., 2007).
O boldo é indicado para hepatites, dispepsias hiposecretoras, mal estar, afecções do fígado e da vesícula, cálculo biliar, diarreia, digestão, febre, fraqueza orgânica, gota, insônia, má-flatulência, previne icterícia, prisão de ventre, problemas diuréticos, reumatismo (NEWALL et al., 1996).
As folhas de boldo contêm entre 0,4 e 0,5% de alcalóides pertencentes à classe dos benzoquinolínicos, sendo boldina o principal alcalóide, representando cerca de 12 a 19% do conteúdo total de alcalóides (O'BRIEN et al., 2006). Um resultado diferente foi obtido por Pietta et al. (1988) que encontraram o alcalóide boldina como minoritário em extratos comerciais de boldo. A maioria dos estudos realizou o doseamento de alcalóides em extrato alcoólico (metanol ou etanol) ou hidro-alcoólico, obtido por maceração das folhas secas (PIETTA et al., 1988; SPEISKY, 1994; O'BRIEN et al., 2006).
As folhas apresentam ainda taninos, óleo essencial, flavonoides e glicolipídios (MENDES et al., 2006). Os estudos farmacológicos encontrados, em sua maioria, descrevem as atividades observadas para o alcalóide boldina, descrito como o principal componente do chá de boldo.
De acordo com Jimenez et al.(2000) foram realizados alguns experimentos in vitro e in vivo a fim de conhecer melhor a farmacocinética da boldina. Eles descreveram que tanto após administração oral quanto intravenosa, a concentração plasmática de boldina cai rapidamente, indicando aparentemente cinética de primeira ordem. Quando administrada por via oral, a boldina foi rapidamente absorvida e concentrada preferencialmente no fígado, sendo encontradas concentrações substancialmente menores no coração e no cérebro.
Já foram confirmadas cientificamente várias indicações tradicionais de Peumus boldus. Alguns estudos tem por objetivo confirmar as indicações hepatoprotetora e anti-inflamatória, os estudos mostraram efeitos hepatoprotetor, devido ao extrato hidro- alcoólico da planta e também diminuição de LDH (Lactato Desidrogenase) no sangue. O extrato ainda demonstrou capacidade de aumentar significativamente o fluxo de bile em humanos.
Os cientistas pesquisam intensamente o valor terapêutico das
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