Uma Analise Ergonômica do Trabalho
Por: Rodrigoroxo • 20/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.157 Palavras (9 Páginas) • 491 Visualizações
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AET- Analise Ergonômica do Trabalho
Rodrigo Roxo
Porto Alegre 22 de Setembro de 2015
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AET- Analise Ergonômica do Trabalho
Analise Ergonômica do setor de corte do Departamento de Artes Gráficas do TJ-Rs elaborada para a disciplina de ergonomia da faculdade de engenharia FTEC.
Rodrigo Roxo
Docente: Cristhian Luiz Ghisleni
Curso : Engenharia de Produção
Sumário
Resumo4
Introdução4
Analise de demanda5
Analise de tarefa5
Analise de condições físicas6
Analise do posto de trabalho7
Analise das condições posturais do trabalhador8
Analise do aspecto psicológico do trabalhador8
Analise ergonômica9
Caderno de Encargos e melhorias10
Sugestões de melhorias11
Conclusão12
Resumo
Este trabalho apresenta as possíveis melhorias referentes à análise ergonômica do trabalho (AET) feita em uma guilhotina do departamento de artes gráficas do tribunal de justiça do estado do rio grande do sul (DAG TJ-RS). Os dados obtidos através da análise servirão para sugerir melhorias no departamento visando o bem estar do funcionário evitando assim possíveis afastamentos ou lesões resultantes de uma postura incorreta no posto de trabalho.
Introdução
O enfoque deste estudo se restringe basicamente no processo de corte de papel de uma indústria gráfica através das técnicas de analise ergonômica apresentadas em sala de aula como, por exemplo, a postura corporal, luminância, pausas para intervalos e entre outros assuntos que visam diminuir o impacto absorvido pelo organismo no ambiente de trabalho e na jornada profissional do operador. Serão também indicadas algumas melhorias pontuais através das analises feitas no setor.
No Brasil o parque gráfico responde por cerca de duzentos mil empregos diretos, investimentos da ordem de US$ 6,1 bilhões (1993 a 2002) em máquinas, equipamentos, novas tecnologias e infra-estrutura. A fatia do PIB nacional correspondente ao setor gira em torno de 1,1%, enquanto que com relação ao PIB industrial o valor é de cerca de 2,95% (ABIGRAF, 2003).
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou, durante o ano de 2007, em torno de 653,1 mil acidentes de trabalho. A comparação com o ano anterior mostra que houve uma elevação de 27,5%. Os acidentes sem a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) foram os responsáveis pelo maior impacto deste aumento, respondendo por 98,6%. Já o impacto provocado pelo aumento de acidentes registrados foi responsável por apenas 3,7%. Ainda em 2007, em uma lista de 50 códigos relacionados na Classificação Internacional de Doenças (CID), relativos a acidentes de trabalho, as maiores ocorrências foram: de ferimentos do punho e da mão, dorsalgia e fratura ao nível do punho ou da mão, com 11,5%, 7,8% e 6,4% do total, respectivamente.
Analise de demanda
Durante a realização dessa fase inicial do projeto, a qual envolveu uma analise mais critica de todos os setores do parque gráfico e um maior aprofundamento nas normas que se referem à ergonomia (NR 17), apontou-se diversos setores em que se pode fazer uma “intervenção ergonômica”. Mas um setor em especial chamou a atenção por se tratar de um trabalho relativamente pesado e exige uma atenção extrema do operário que necessita o maior cuidado possível para evitar que sofra algum tipo de lesão. É o setor de corte ou operação de guilhotina, um equipamento de alta periculosidade quando não tomada às devidas precauções.
Pesquisou-se nos arquivos da empresa e nenhuma analise foi feita abordando este assunto, tem-se apenas analises de NR 12 que também é de suma importância para a segurança do operador.
Analise de tarefa
Trata-se daquilo que deve ser realizado pelo operador respeitando as condições tecnológicas ambientais e organizacionais.
Durante os meses de agosto e setembro foram realizados a etapa de coleta de dados e monitoramentos ao qual se envolveu ativamente os colaboradores e o encarregado do setor através de entrevistas diretas e informais, registro em vídeos e fotografia e analise de documentos que envolvem a função, junto com estas técnicas foram utilizados aplicativos para smartphones que nos permitiu fazer uma leitura (pouco precisa, mas suficiente para efeitos de trabalho acadêmico) do ambiente de trabalho como, por exemplo, o decibelimetro (Sound meter app).
As medições foram feitas no setor de corte de papéis onde ficam localizadas as guilhotinas que cortam e refilam os impressos prontos ou até mesmo os papéis que serão impressos através de outro processo ao qual não vamos nos deter neste artigo.
Analise de condições físicas
Para a realização e desta analise foram entrevistados dois operadores de turnos diferentes a respeito do layout aplicado no setor.
Ambos estavam satisfeitos com o posicionamento dos equipamentos que estão dispostos em linha, ou seja, um ao lado do outro, sendo que para o corte de um livro, por exemplo, cada guilhotina desenvolve uma atividade. A primeira faz o corte da lombada, a segunda faz o corte da “cabeça” e do “pé” do livro, ou seja, parte inferior e superior do livro, e uma terceira guilhotina faz o refile caso necessário.
O ambiente interno da área produtiva apresenta boa higienização, além da ausência de umidade, o que reduz os riscos de enfermidades respiratórias, entre outras. Por se tratar de um ambiente cuja temperatura deve se manter sempre estável e sem muita variação devido a manipulação de tintas e outros agentes químicos utilizados na impressão o quesito conforto térmico foi bem avaliado pelos operadores.
[pic 3](disposição física das guilhotinas no setor de produção)
Análise do posto de trabalho
O posto de trabalho se define da seguinte forma uma guilhotina com dimensões aproximadas de 2,10 X 1,60 X 0,90 X 1,85 m (Largura x Altura total x Altura bancada de trabalho x Comprimento) que esta disposta em frente a uma mesa com dimensões aproximadas de 2,60 X 0,75 X 0,92 (Comprimento X Largura X Altura) que estão distas a 0,95 m uma da outra, ou seja, o operador trabalha neste espaço de 0,95 m onde ele faz uma rotação com o corpo de 180° para pegar o papel que está em cima da mesa e transportá-lo até a bancada da guilhotina para só então efetuar o corte através de um acionamento bi-manual posicionado um pouco abaixo da bancada de trabalho do operador e ao mesmo tempo em que o operador aciona os botões ele deve acionar um pedal que libera uma válvula hidráulica que por sua vez faz descer uma espécie de peso denominado balancim sobre a resma de papel evitando com que alguma folha se movimente durante o corte e acabe cortando fora da medida especificada pela O.P(Ordem de Produção).
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