Aero Geradores e Acidentes de Trabalho

O mercado de produção de energia eólica tem crescido muito no Brasil, dado que é um processo que causa menos danos ao meio ambiente, ao passo que os debates sobre impactos ambientais emergem com cada vez mais força, tendo em vista as discussões sobre o aquecimento global. Logo, a energia renovável acaba sendo um diferencial, tanto aos olhos dos empresários e do mercado, quanto do público.

A produção de energia deve seguir as orientações da NR-10 (SEM AUTOR, 2017), que trata da segurança em instalações e serviços em eletricidade. Com isso, as orientações devem ser aplicadas em todas as fases, da fabricação de peças de turbinas eólicas, sua instalação e manutenção, até os pontos de tratamento de resíduos e transportes. Ademais, os riscos são de quedas, lesões, riscos elétricos, posturas inadequadas (ergonomia), espaços confinados, condições meteorológicas diversas que podem impactar o trabalho, em como as áreas de risco.

Há normas que regulamentam os limites de ruídos, assim “[...] Indústrias de todos os portes devem investir em medidas que viabilizem a conformidade de seu maquinário com os padrões estabelecidos pelas normas NBR 10.151 da ABNT e NR 15, que abordam a regulamentação dos limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente [...]” (ISAR, 2020).

Segundo o artigo referenciado anteriormente, existem três métodos principais que podem ser adaptados para reduzir ruídos nas indústrias (os quais são pensados para aplicação na resolução do problema enfrentado nesta atividade), podendo ser aplicados na fonte, ou seja, é um método que permite reduzir o ruído interno no parque industrial para melhorar a qualidade dos ambientes. Posteriormente, há o planejamento físico (no meio), que consiste no isolamento dos edifícios e/ou máquinas, com a disposição adequada de equipamentos, setores e estruturas de vibração (isolamento acústico) (idem, 2020). Ou seja, tais ‘soluções’ são algumas das possibilidades de enfrentamento ao ruído causado pelas turbinas de energia eólica.

Por fim, nota-se o controle sistemático dos níveis de ruído (no homem), com medidas que impeçam a elevação do ruído decorrente de desgaste ou falta de manutenção preventiva de equipamentos e estruturas da indústria (idem, 2020). Dessa maneira, observa-se algumas das formas de melhorar a relação entre o barulho do parque eólico e a vizinhança abalada, a qual também pode ter sua audição prejudicada, ou seja, é um problema coletivo, não apenas restrito ao ambiente de trabalho fabril, mas ao escopo social que a rodeia.

O estudo de Segalovich e Winter (2018) analisou as condições de segurança em parques eólicos e seus componentes elétricos, comparando as normas e os padrões nacionais e internacionais para propor soluções e melhorias nas condições de segurança. Assim, notou-se que incêndios são um dos aspectos presentes nos acidentes, tanto por questões naturais do ambiente, isto é, condições climáticas, por exemplo, como raios, inundações, etc., bem como aquelas advindas de problemas de energia ou em circuitos, seja por avarias ou problemas materiais em fios e equipamentos, mas seu estudo foi voltado não ao Brasil, em vários países da Europa e América. No entanto, podemos pensar em tais questões aqui, complexificando a questão na adaptabilidade das empresas nos trópicos em sentido do ambiente, população e outras