O Relatório de Estagio
Por: Junior Cerveira • 21/7/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 773 Palavras (4 Páginas) • 167 Visualizações
Relatorio de estagio
O início do estágio foi marcado pela observação. Neste período, eu assistia a maneira do técnico trabalhar. Vale ressaltar que por ser hospital, a escala dos técnicos varia muito, e com isso, todo dia era um plantonista diferente, e cada um tinha sua didática e forma de trabalhar. Eu extraía o melhor de cada um. Atentava-me ao comportamento dele diante dos pacientes e do médico radiologista Dr. Júlio Porto, como os abordava, como se dirigia a eles, a postura diante dos mesmos. Analisava a organização na sala de exame e sala de comando (CR), como tocava e posicionava o paciente, as constantes que utilizava para cada incidência até a revelação do exame, além da relação com os colegas trabalho e outros profissionais. Logo depois, passei por um período intermediário, onde eu abordava o paciente na recepção, levava-o até a sala de exame, fazia o posicionamento, escolhia a constante, disparava os raios-x, mas sempre acompanhada e supervisionada pelo técnico. Fazia o registro da O.S. no CR, inseria o cassete na DRY para fazer a leitura. E a imagem estando aprovado pelo técnico ele me autorizava a liberar o paciente. A fase da “coparticipação” (estagiário e técnico na sala de exame) ainda acontece, pois surgem exames que acontece com pouca frequência. Como RX de costelas, de sacro-cóccix, fistulografia, e eu não tenho segurança de fazer só. E para evitar radiação desnecessária no paciente, na tentativa de acertar, prefiro pedir ao técnico que me acompanhe. Após o período de coparticipação, eu já me sentia segura em exames rotineiros como Raios-x de tórax, colunas, mãos, seios da face, pelve etc. Esses eram bem corriqueiros. Eu sempre tinha no meu bolso uma tabela de constantes, que conferia com o plantonista. O setor de radiologia realiza exames contrastados, e eu acompanhei vários, como histerossalpingografia, uretrocistografia, urografia, enema, trânsito intestinal, esôfago. Constantes Os fatores de exposição radiográfica são divididos em kV, mA, tempo e distância. Estes fatores são os controles para a realização da radiografia, através destes caracteriza a qualidade da imagem. Com pouco tempo de estágio, já se tem na memória um padrão das constantes para cada tipo de 8 incidência. Mas o biotipo do paciente e a calibração do aparelho também interferem na qualidade da imagem. A constante usada em um exame de raiosx de tórax de um paciente magro não será a mesma usada num paciente gordo por exemplo. Aconteceu inclusive de o aparelho de uma das salas descalibrar, e mesmo triplicando as constantes, a imagem ficava de péssima qualidade. A sala ficou fechada até a visita de um engenheiro para manutenção. Biossegurança A presença de radiação ionizante gerada pelos equipamentos de diagnóstico por imagem e de substâncias radioativas usadas para a realização dos exames expõe os profissionais que atuam nesse setor a riscos, que se tornam perigosos por serem imperceptíveis até que seus efeitos apareçam. A radiação ionizante em pequenas doses é indolor, incolor, veloz, não deixando, assim, sequelas visíveis e necessitando de um período de latência para o desenvolvimento de sintomas. Essas características podem fazer com que os próprios profissionais negligenciem os riscos aos quais estão expostos e, consequentemente, não se preocupem com a biossegurança. Portanto em cada sala de radiologia há um avental e um protetor de tireoide, e são utilizados pelos profissionais e pacientes quando necessários. Organização Todos os dias, antes de iniciar as atividades operacionais: ∙ Verifico as condições de limpeza do mobiliário e equipamentos antes de organizá-la para o procedimento solicitado. ∙ Reviso o material esterilizado existente na sala, completo o que falta e providencio o material específico para o exame programado; ∙ Preparo se necessário, o contraste; ∙ Arrumo os móveis e materiais, troco os lençóis e chambres (sempre que necessário durante o plantão), faço limpeza do bucky, mesa, comando, colimador, cassetes e móveis com álcool. ∙ Evito o excesso de material na sala. Posicionamento São várias as posições que permitem a realização de exames. Cada uma delas possui características e finalidades próprias. Posicionar o paciente 9 de acordo com o exame que será realizado significa expor a área de interesse a ser diagnosticada. As mudanças de posições podem ocasionar tonturas, malestar, palidez. E o técnico deve estar atento quanto a possíveis queixas do cliente. Sempre tendo o cuidado de não deixá-lo constrangido. Construir um bom relacionamento com o paciente se resume no interesse real por ele, sabendo usar o vocabulário e ouvi-lo. E não esquecer: O paciente é sempre o protagonista. É muito importante, dentro da sala de exames fazer uma breve anamnese. Sempre pergunto o motivo do exame, e anoto as informações na OS do paciente, e assim servir de referência para o médico radiologista.
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