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A escolha da amostra, com base no julgamento do pesquisador

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Por:   •  8/10/2013  •  Artigo  •  488 Palavras (2 Páginas)  •  518 Visualizações

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ativos em relação aos movimentos sindicais e políticos, bem como trabalhadores sem qualquer participação em movimentos dessa natureza. As informações que estes dois grupos de trabalhadores podem transmitir serão muito mais ricas as que seriam obtidas com base em critérios rígidos de seleção de amostras. Estas informações não são generalizáveis para totalidade da população, mas podem proporcionar os elementos necessários para identificação da dinâmica do movimento.

O emprego deste tipo de amostra requer conhecimento da população e dos elementos selecionados (MASSUKADO-NAKATANI, 2009).

De acordo com Gil (2010) na pesquisa etnográfica, por exemplo, não existe a preocupação do pesquisador em selecionar uma amostra com base em critérios estatísticos de proporcionalidade e representatividade em relação ao universo pesquisado. A ocorrência mais comum é a seleção da amostra com base no julgamento do próprio pesquisador. Ele seleciona os membros do grupo, organização ou comunidade que julgar mais adequados para fornecer repostas ao problema proposto.

O perigo deste tipo de amostragem é obviamente grande, pois o pesquisador pode facilmente se equivocar em seu pré-julgamento (COSTA NETO, 1977).

A utilização da amostra intencional ou por julgamento também é muito comum numa tipologia de pesquisa conhecida como pesquisa-ação. Neste tipo de pesquisa segundo Gil (2010) o critério de representatividade dos grupos investigados é mais qualitativo que quantitativo, sendo assim é recomendável à utilização de amostras selecionadas pelo critério de intencionalidade.

3.4.4 Amostragem por cotas

Apresenta maior rigor dentre as amostragens não probabilísticas (MASSUKADO-NAKATANI, 2009).

Conforme Merrill e Fox (1977) a amostragem por cotas é um tipo de amostragem por julgamento. Em uma amostra por cota, fixam-se cotas de acordo com determinados critérios, mas, dentro das cotas, a escolha dos itens da amostra depende de julgamento pessoal.

Este tipo de amostragem é muito utilizado em pesquisas eleitorais e de mercado, tendo como principal vantagem seu baixo custo (GIL, 2010).

O custo por entrevistado pode ser relativamente pequeno para uma amostra por cota, mas há numerosas oportunidades de vícios que podem invalidar os resultados (MERRIL e FOX, 1977).

É utilizada quando não existe um cadastro da população que possibilite a realização do sorteio necessário à amostragem aleatória, mas ao mesmo tempo, existe informação suficiente sobre o perfil populacional (MASSUKADO-NAKATANI, 2009).

De modo geral, é desenvolvida em três fases: (1) classificação da população em função de propriedades tidas como relevantes para o fenômeno estudado; (2) determinação da proporção da população a ser colocada em cada classe com base na constituição conhecida ou presumida da população; (3) fixação de cotas para cada entrevistador encarregado de selecionar elementos da população a ser pesquisada de modo tal que amostra total seja composta em observância à proporção das classes consideradas (GIL, 2010).

Em uma pesquisa sobre audição de rádio, por exemplo, o entrevistador pode ser mandado entrevistar

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