Abordagem estatística. Matrizes
Artigo: Abordagem estatística. Matrizes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lais_dcp • 25/2/2015 • Artigo • 878 Palavras (4 Páginas) • 383 Visualizações
Abordagem estatística
A abordagem estatística é geralmente recomendada para texturas que não
apresentam boa regularidade [3], onde a textura é descrita por um conjunto
de medidas locais e por meio de propriedades não determinísticas
que definem as distribuições dos níveis de cinza de uma imagem. De seguida
apresenta-se a definição de matriz de co-ocorrência que serve para
a extracção dos descritores de textura através desta abordagem, sendo depois
apresentados alguns desses descritores.
Haralick (1973) descreve uma técnica para análise de textura utilizando
matrizes de co-ocorrência (Grey Level CoOccurrence Matrix (GLCM)),
para representar a distribuição da probabilidade da dependência espacial2.1 Extracção de características 9
da intensidade dos pixéis [6].
Uma matriz de co-ocorrência é uma matriz que contém todas as combinações
diferentes dos valores de intensidades dos pixéis que ocorrem em
uma imagem. Considera-se a relação entre dois pixéis, em que um é intitulado
pixel de referência e outro pixel vizinho. O segundo é o vizinho do
primeiro e este pode ser o pixel à direita, à esquerda, acima e abaixo e ainda
nas diagonais, e todos os pixéis da imagem serão pixéis referência desde o
pixel existente no canto superior esquerdo até ao do inferior direito, sendo
que é feita uma leitura na imagem desde um ao outro e para cada um deles
existe oito pixéis vizinhos ou até mais se considerar uma vizinhança maior.
A matriz de co-ocorrência de uma forma geral pode ser especificada de
acordo com uma matriz P(i, j, d,α) na qual dois pixéis vizinhos, separados
por uma distância d e com orientação α ocorrem na imagem, sendo que
um tem um nível de cinza i e outro j, isto é, i e j são os pixéis vizinhos de
acordo com a distância d, sendo a distância d analisada de acordo com a
direcção α. Os valores possíveis para α estão expostos na figura 2.1
Figura 2.1: ângulos respeitantes ao cálculo da matriz co-ocorrência
E desta forma a matriz de co-ocorrência, que será obrigatoriamente
quadrada, representa em cada elemento da matriz o número de vezes que10 Métodos de análise de imagens utilizando texturas
ocorreu uma transição de um nível de cinza i para j considerando a distância
d entres estes mesmos pixéis na direcção α.
A construção destas matrizes é feita a partir das definições anteriores.
Para construir esta matriz é necessária uma imagem com n níveis de cinza.
De seguida apresenta-se um exemplo original de Gonzalez e Woods em
que é considerada uma imagem com os valores dos pixéis representados
na matriz 2.1 [10].
0 0 0 1 2
1 1 0 1 1
2 2 1 0 0
1 1 0 2 0
0 0 1 0 1
Tabela 2.1: Matriz de uma imagem com níveis de cinza de 0 a 2
Como de pode verificar esta imagem contém 3 níveis de cinza, n=0,
n=1,n=2; o próximo passo é construir uma matriz quadrada que contém
os níveis de cinza nas linhas e nas colunas, como demonstrado a seguir na
figura 2.2
0 1 2
0
1
2
Tabela 2.2: Matriz de co-ocorrência com 3 níveis de cinza.
Para cada imagem haverá sempre quatro matrizes de co-ocorrência,
uma para cada direcção, ou seja, uma para α=0
o
, outra para α=90o
, outra
para α=45o
e para α=135o
. Por exemplo para uma distância d=1, e com
α=0
o
tem-se que verificar os pixéis imediatamente à esquerda e à direita.
Posto isto, cada posição da matriz de co-ocorrência conterá as variações
dos níveis de cinza conforme os parâmetros já indicados e considerando os2.1 Extracção de características 11
índices da matriz. Por exemplo, a posição (0,0) da matriz de co-ocorrência
conterá a quantidade de vezes que houve ocorrência do nível 0 com o
nível 0 na horizontal, ou seja tanto à esquerda como a direita. No exemplo
já referido o valor da posição (0,0) será 8, como se pode comprovar nas
situações a seguir:
I(0, 0) → I(0, 1)I(2, 3) → I(2, 4)
I(0, 1) → I(0, 0)I(2, 4) → I(2, 3)
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