A Antropologia Filosófica e Tecnociência

Antropologia Filosófica e Tecnociência

Após ler o texto ‘A Cultura’, é possível construir uma relação clara com a questão do

“estranhamento” para com o ser humano. É necessário que nos deparemos com situações que

não sejam habituais ao nosso cotidiano para que possamos evoluir. Se vivermos apenas

baseados em nossos instintos, como quaisquer outros animais, nos desenvolvemos até certo

ponto, abrindo mão da chamada inteligência concreta. Esta nos leva à transformação do

ambiente e das situações à nosso favor, para que facilitemos nossa vida e sobrevivência.

Diferentemente das meninas-lobo ou dos chimpanzés utilizados como exemplos no texto, ao

sermos desafiados por nos depararmos com novas e “estranhas” situações, somos capazes de

manipular o ambiente ao nosso redor e repetir essas mudanças a fim de evoluirmos enquanto

seres humanos. Dessa forma, somos capazes de viver além de nossos instintos e reflexos, o que

nos leva a nos considerarmos e nos auto intitularmos “superiores” aos outros animais na escala

evolutiva. Este último fator se relaciona diretamente com o etnocentrismo, que é a crença de

um grupo em ser superior aos demais. Isso acontece com o ser humano em relação a outros

animais e com o próprio meio ambiente em que vivemos. Porém, esquecemos que, cada grupo

de indivíduos, por mais simples que sejam seus instintos, suas características e reações, são ricos

em detalhes em seu próprio contexto, e dignos de valorização.

O ser humano cria então o preconceito para com os demais seres e, por se achar superior,

acredita que os outros animais e a natureza existem apenas para servi-lo. Abusa, assim, do

ambiente e das vidas à seu redor, causando o chamado etnocídio, apenas pela crença em sua

própria superioridade.