Introdução ao Windows Forms
Por: Sergio de Oliveira • 10/5/2017 • Artigo • 6.217 Palavras (25 Páginas) • 344 Visualizações
Introdução
Graphic User Interface (GUI, Interface Gráfica com o Usuário) é uma expressão que designa artefatos de software criados para que os usuários tenham uma experiência de interação com o computador mais intuitiva e menos tediosa do que as interfaces de texto (também conhecidas como programas Console).
As interfaces gráficas com o usuário são baseadas no mapeamento da tela em uma matriz de pontos acessíveis, imagens digitais (widgets ou componentes) que possuem funções específicas e estão posições específicas da tela (ícones, botões, barras, menus, links, janelas, etc) e um hardware que sirva de acesso de para os pontos da tela: mouse, teclado, tela touch-screen, caneta óptica, etc. Essa forma de interface é conhecida como WIMP (Windows, Ícones, Menus e Ponteiros).
Os primeiros estudos das interfaces gráficas com o usuário começaram na década de 1960 no Instituto de Pesquisa de Stanford, onde Douglas Engelbart e seu grupo de pesquisa desenvolveram uma interface de texto com hiperlinks que podiam ser acessados por um objeto apontador precursor do mouse moderno. Em 1963, Ivan Sutherland desenvolveu um sistema chamado Sketchpad usando uma caneta emissora de luz para guiar a criação e manipulação de objetos de desenhos para criação na área da engenharia. Já na década de 1970, os pesquisadores da Xerox PARC, criaram uma interface gráfica como principal interface do computador Xerox Alto.
Na década de 1980 praticamente todos os grandes fabricantes de computadores começaram a migrar suas plataformas para interfaces gráficas com usuário, como por exemplo, o Macintosh Apple Computadores, o Windows da Microsoft e o X Windows System do Unix e posteriormente do Linux.
Em geral o sistema operacional é dotado de um gerenciador da interface gráfica com o usuário que cuida da apresentação e manipulação dos componentes gráficas que aparecem na tela e que são a interface com os softwares que são utilizados pelo usuário.
Windows Forms
Windows Forms é como se chamam as aplicações criadas para desktop no Framework Dot Net. Utiliza-se a interface do Visual Studio para a criação e configuração da aplicação e ao paralelamente programa-se o comportamento de cada componente e da aplicação como um todo. As figuras 1 e 2 mostram a criação de um novo projeto (conjunto de arquivos que definem uma aplicação) de aplicação Windows Form no Visual Studio.
Um form é a representação gráfica de uma janela. Ele podem conter outros componentes como menus, botões, imagens, etc. Uma aplicação tem que ter um form principal que é o ponto de partida, podendo também apresentar outros forms. Cada form adicionado a uma aplicação Windows Forms adiciona um novo arquivo de classe ao projeto.
[pic 1]
Figura 1. Escolha da linguagem e do modelo de aplicação.
O namespace responsável pela criação de Windows Forms é o namespace System.Windows.Forms. As aplicações Windows Forms são programas que são executados no sistema operacional Windows, e utilizam os componentes de interface do usuário que são familiares aos usuários do Windows. Três conceitos importantes nas aplicações Windows Forms são: componente, container e controle.
Um componente é um objeto que permite compartilhamento de informações entre aplicações. Um container é um objeto que pode conter zero ou mais componentes internamente. Ele é um mecanismo de agrupamento e assegura que conjuntos de componentes serão manipulados conjuntamente e de forma similar. Um controle é um componente com aspecto visual.
No namespace System.Windows.Forms, um controle é um componente que apresenta uma interface gráfica na área de trabalho do Windows. Genericamente falando, qualquer interface visual que você vê na área de trabalho do Windows é um controle, e qualquer objeto “nos bastidores” é um componente.
Alguns controles também funcionam como containers. É caso do form por exemplo que funciona como janela da aplicação.
[pic 2][pic 3]
Figura 2. A área de trabalho do Visual Studio em uma aplicação Windows Forms.
As áreas do visual studio mostrada na Figura 2 são:
Solution Explorer: controle dos arquivos que formam a solução corrente
Properties: controle de propriedades de objetos
Toolbox: Kit de ferramentas de objetos de interface
Form: Janela da aplicação
Namespaces e classes
Um namespace define o escopo para um conjunto de classes e outros tipos de dados. Uma classe define uma abstração de dados, na qual é definido o seu nome e uma coleção de membros para a representação e operação da classe.
A classe Form é importantíssima para aplicações baseadas em Windows no Dot Net. Ela representa qualquer tipo de janela na aplicação, desde caixas de diálogo até janelas clientes MDI (Multiple Document Interface). A classe Form permite mostrar, agrupar controles em seu interior, e interagir com uma aplicação.
As classes do Dot Net contêm um ou mais membros que definem o comportamento e as funcionalidades da classe. Os membros da classe podem ser constantes, campos, métodos, propriedades, eventos, indexadores, operadores, construtores e declarações de tipos aninhados.
Soluções (solutions) e projects (projetos)
O Visual Studio, que é a IDE (Interface Development Environment, Interface de Ambiente de Desenvolvimento) do Dot Net, usa projetos e soluções para gerenciar o desenvolvimento das aplicações. Conceitualmente, um projeto é uma coleção de arquivos que formam uma aplicação Dot Net, como uma biblioteca (.dll) ou um executável (.exe). Uma solução é uma coleção de projetos que são agrupados por questões de desenvolvimento ou distribuição. Quando uma solução possui apenas um único projeto, podemos considerar solução e projeto como a mesma coisa.
...