OS TIPOS DE MÍDIAS ÓPTICAS
Por: Marcelo Mattos • 5/10/2018 • Artigo • 992 Palavras (4 Páginas) • 152 Visualizações
TIPOS DE MÍDIAS ÓPTICAS
Nos últimos tempos, tenho ouvido muito a nomenclatura CD-ROM empregada como forma de referência a discos ópticos. Esta sigla tem sido utilizada tanto por jornalistas como por pessoas que estão enfronhadas no meio do Gerenciamento Eletrônico de Documentos. Infelizmente, o uso da expressão CD-ROM como forma de referenciar discos ópticos não representa a realidade. Vejamos porque: CD-ROM "Compact Disc - Read Only Memory" São discos ópticos gerados através de um processo de masterização a partir de um original. Este processo é efetuado em instalações industriais sofisticadíssimas, existentes no Brasil em pequeno número, principalmente em São Paulo e Manaus. A capacidade de um CD-ROM é de aproximadamente 650 Mb de informações, sejam elas em forma de dados e/ou imagens em suas 4 3/4 polegadas de diâmetro. Após a geração de um disco destes, não é possível ser acrescentada ou alterada qualquer informação. A cor destes discos é prateada. Estes discos são lidos normalmente em drives de CD ou em equipamentos que permitem o armazenamento de uma biblioteca destes, conhecidas também por jukebox (por curiosidade, a maior delas suporta até 1.478 discos). Normalmente esta mídia é empregada quando se tem grande quantidade de cópias de informações estáticas como, por exemplo, enciclopédias, listas de componentes farmacêuticos, catálogos etc. CD-R "Compact Disc - Recordable" ou "Writable" São discos ópticos com o mesmo padrão de leitura do CD-ROM. Porém, a gravação desta mídia pode ser feita nas instalações da sua empresa ou casa, bastando para tanto ter-se uma unidade de gravação para esta mídia. Ou seja, diferentemente do CDROM, estes discos podem ser gravados em casa. Normalmente a mídia CD-R é dourada, permitindo facilmente diferenciar entre esta e o CD-ROM. Estes discos podem ser lidos com os mesmos periféricos utilizados para a leitura do CD-ROM, já que o formato é o mesmo. Esta mídia é utilizada quando o número de cópias da mesma informação é baixo e/ou para o armazenamento de informações dinâmicas, onde o tempo necessário para a geração de um CD-ROM tornariam estas obsoletas. CD-RW "Compact Disc - Rewritable" São discos ópticos com o mesmo padrão de leitura do CD-ROM. Porém, a gravação desta mídia pode ser feita nas instalações da sua empresa ou casa, bastando para tanto ter-se uma unidade de gravação para esta mídia. A diferença entre o CD-R e o CD-RW é que o último é regravável, enquanto o primeiro não é. DVD "Digital Video Disk ou Digital Versátil Disk" São discos ópticos mais recentes que vêm sendo apontados como os substitutos do CD. Possuem exatamente a mesma dimensão do CD (4 3/4"). Podem ser gravados em uma face, uma camada, uma face, duas camadas ou duas faces duas camadas através de feixes de laser mais fracos ou mais intensos. As setas indicam os feixes laser, sendo os mais curtos com incidência mais fraca e os longos, atingindo as camadas de dentro, com incidência mais forte. A família DVD possui os mesmos membros da família CD. Ou seja, DVD-ROM (gerado em linhas industriais), DVD-R ("recordable", gravável em casa) e DVD-RAM (DVD regravável). Ainda não existem padrões claros para os discos DVD, havendo discussões sobre a capacidade destes. A capacidade máxima hoje anunciada no mercado é de 4,7GB para uma face, uma camada, 9GB para uma face, dupla camada,17GB para duas faces, duas camadas. Discos ópticos WORM "Write Once, Read Multiple". Esta sigla é utilizada para designar discos ópticos onde o processo de gravação é físico, alterando a superfície destes. Esta gravação não pode ser alterada, tornando os discos passíveis de serem gravados somente uma vez, mas com ilimitadas leituras. Conceitualmente, esta expressão também se aplica aos discos CD citados anteriormente. Os discos ópticos WORM são encontrados normalmente em tamanhos de 5 1/4 , 12 e 14 polegadas, com capacidades variando de 650 MB a 25 GB. Estes discos são encapsulados em invólucros plásticos semelhantes aos dos disquetes de 3 1/2 polegadas. Igualmente aos seus primos CD, podem ser lidos em unidades "standalone" ou em jukebox. Segundo algumas correntes, esta mídia deverá ter preferência no uso em aplicações onde se deseja valor legal para a informação. Quando deseja-se gravar um bit 1, o feixe de laser altera a superfície do disco. Na leitura, quando o feixe de laser tiver a sua refração alterada, significa que encontrou um bit 1. Discos óptico: regraváveis Estes discos, com tamanhos de 31/2, 51/4 e 12 polegadas, com capacidades entre 128MB e 15GB , podem ser apagados para novo processo de gravação. Ou seja, após o expurgo da informação, a mídia pode ser reaproveitada. Existem diferentes formas de se fazer este processo, sendo o magnetoóptico e o "phase change" os mais comuns. No restante são bastante parecidos aos discos WORM, podendo ser lidos também em unidades standalone ou em jukebox. Quando se deseja gravar um bit 1, o feixe de laser aquece a superfície do disco e o cabeçote magnético inverte a polaridade do ponto. Na leitura, quando o feixe de laser incide sobre um ponto com polaridade invertida, ele sofre um desvio detectado pelo cabeçote de leitura, indicando um bit 1. Para limpar o disco, aquece-se o ponto novamente e voltasse a polaridade para 0. Os discos CD-ROM e CD-R podem ser lidos no mesmo tipo de unidade já que obedecem a um mesmo padrão. As primeiras unidades de DVD também estão lendo estes discos. Para que o mesmo conceito se aplique aos discos ópticos WORM e aos regraváveis, é necessária a existência de uma unidade do tipo "multifunction", além de que, é claro, tenham o mesmo tamanho e obedeçam aos mesmos padrões. Para finalizar, gostaria de alertar que as referências erradas a estas mídias podem implicar em erros de entendimento, pois um disco óptico WORM de 12 polegadas nunca poderá ser lido em um drive de CD-ROM e um CD-ROM nunca será regravável. |
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