Resenha sobre informatica e educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ - UFOPA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – ICED
TURMA: INFORMÁTICA EDUCACIONAL 2019.2
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA INFORMÁTICA EDUCATIVA[pic 1]

Elaine de Sousa Castelo¹

Gilson Cruz Junior²

QUAL SÃO AS POSSIBILIDADES DE CONTRIBUIÇÃO DO PROFISSIONAL EM INFORMÁTICA EDUCACIONAL PARA A EDUCAÇÃO?

Vivemos em um período que a tecnologia está presente em tudo que fazemos, porém, há uma carência de profissionais que atuem na área de Informática Educacional nas escolas, principalmente na região norte, do Pará, o que leva a licenciados formados em outras áreas serem responsáveis pelos laboratórios de Informática.

Com a formação de profissionais em Informática adeptos em espaços escolares e não escolares, haverá a promoção de desenvolvimento de projetos tecnológicos que facilitem o processo de ensino aprendizagem, através de um ensino não tão tradicional quanto antes, onde o professor já não será o Centro da sala, mas a junção do método antigo com o novo, como mediadora das diferentes formas e processos de assimilação de conhecimento, não somente, como também geradora de oportunidades de desenvolvimento de trabalhos onde os alunos se identifiquem. Esse método de aprendizagem muitas vezes não acontece pela falta de mudanças no processo de ensino-aprendizagem, onde muitos profissionais acham que a geração continua a mesma de muitos anos atrás, acostumada somente com o giz e a saliva, porem, como cita Marc Prensky:

“Nossos alunos mudaram radicalmente. Os
alunos de hoje não são os mesmos para os quais o nosso sistema educacional foi criado” (Nativos Digitais Imigrantes Digitais, p.6).

Diante disso, um dos maiores problemas que se enfrenta hoje é a maneira de tentar ensinar a geração atual, chamada por Marc de Nativos Digitais, com métodos ultrapassados, e sem materiais adaptados, que chamem a atenção dos alunos e aguce seu interesse pelos conteúdos que o sistema educacional repassa. Esses conteúdos se tornam cansativos por serem limitados, e não darem a oportunidade dos alunos expressarem suas percepções e até mesmo não ir além, somente do texto lido. Com a oportunidade de colocar suas percepções em praticas durante a aprendizagem, obterão o conhecimento de tal assunto e então, esses alunos estarão trazendo o conteúdo aprendido para o seu cotidiano, o que faz com que acabem trazendo uma nova concepção de mundo para sua vida, como cita Neil Selwyn:

“a aprendizagem pode ser compreendida como
algo que engaja um indivíduo em criar sentidos sobre si
mesmo e formular um entendimento do mundo em que
vive” (O que queremos dizer com
“educação” e “tecnologia?”, p.1)

Estando então a tecnologia ligada a um contexto geral de vivencia da sociedade, como cita Neil Selwyn:

 “(...) os aspectos da educação localizados acima e
além do contexto do aprendiz individual e seu entorno de
aprendizagem imediato. Para tal, reconhecemos, também,
as ligações entre sistemas educacionais e os vários
elementos do nível “macro” da sociedade tais como
economia global, mercados de trabalho e instituições
políticas e culturais. ”(O que queremos dizer com
“educação” e “tecnologia?”, p.13)

É importante que se tenha um compromisso com a maneira de ensino, e de como esses alunos estão levando em consideração o que esta sendo repassado na escola para eles, que por sua vez é considerada a formadora de cidadãos de valores, caráter e princípios morais que farão com que esse aluno use esse conteúdo em favor da sociedade.

Com isso a Informática Educacional dentro do contexto de tecnologia educacional estará formando os alunos em cidadãos críticos criadores de projetos, de tecnologias, que contribuam para economia global, mercados de trabalho e instituições políticas e culturais. Fazendo com que o papel da escola não deixe de ser cumprindo, e tenha mudanças no processo de ensino de forma evolutiva, que beneficie toda a sociedade.

Os profissionais de Informática Educacional contribuíram para o avanço de pesquisas em todas as áreas, uma vez que os alunos serão ensinados bem mais do que somente aprender a usar o computador, e sim, em saber realizar pesquisas, avaliar informações de forma critica, não sistematicamente, transformando-as em conhecimento. Com métodos de entretenimento, nos quais esses nativos se identifiquem e aprendam de forma que o conteúdo seja repassado com uma adaptação não tão perceptível e obrigatória como no modo tradicional, como por exemplo, através de jogos, onde testarão seu raciocínio logico, seja em questões de matemática, física, português, e até mesmo arte. Mas para que isso aconteça é preciso que acreditem na habilidade dos alunos, que são capazes de aprender, não somente através de jogos, mas também de filmes, musicas, tevê, rádios, dependendo de como será adaptado esse material, o aluno pode criar habilidades e aprender a lidar com situações que passarão com um tempo, e eles terão a oportunidade de usar aquilo para que seja feita de maneira que contribua  de forma positiva futuramente, David Buckingham:

“Em relação às mídias, temos de reconhecer a habilidade que as crianças têm de avaliar as representações daquele mundo disponíveis a elas; e identificar o que elas ainda precisam aprender para fazê-lo de forma mais plena e produtiva.” (Crescer na era das mídias eletrônicas, p.126) 

Muitos não apostam no método de ensino através de computadores ou celulares, por medo de expor as crianças ou adolescentes a “conteúdos do mundo adulto”, ou por que os computadores dão acesso a jogos que influenciam a violência, ou comportamentos agressivos, entre outros, há uma grande discussão até hoje sobre essas questões. É importante levar em consideração o determinismo, quando se diz que esses meios causam isso, e ressaltar que há um contexto geral que influencia a maneira com que os indivíduos se dão com esse ingresso de métodos tecnológicos nas escolas, ou em qualquer outro lugar, Neil Selwyn: