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A Família Pesseghini

Por:   •  25/5/2022  •  Ensaio  •  848 Palavras (4 Páginas)  •  68 Visualizações

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Família Pesseghini

A criança (Marcelo Pesseghini) mata o pai e a mãe com um tiro na nuca, a tia e avó enquanto dormiam na casa ao lado, no dia seguinte vai para escola e ao voltar para casa comete suicídio.

O crime aconteceu em 5 de agosto de 2013.

Os corpos de 4 adultos e de 1 criança, com uma arma de fogo na mão, foram encontrados no interior de uma residência em São Paulo.

Na visão da investigação policial e investigação pericial constataram que a criança tinha cometido o crime com a arma de fogo da mãe, contra os 4 adultos (pai, mãe, tia e avó) na noite anterior e no dia seguinte, após voltar do primeiro dia de aula, cometeu suicídio com a mesma arma de fogo.

A investigação descartou a possibilidade de o crime organizado ter cometido o crime, com bases em indícios não encontrados no local do crime como: arrombamentos, entradas forçadas, a posição dos corpos encontrados, sinais de luta, e por falta desses vestígios se concluiu que o crime aconteceu por alguém que estava dentro da residência e que tinha acesso fácil aos objetos e aos cômodos da casa.

A psicologia e a psiquiatria forense, com auxílio dos documentos e arquivos do inquérito policial da investigação e entrevistas de amigos de escola e professora, traçaram o perfil da criança e confirmaram que a criança poderia ter cometido o crime, com argumento que a criança era portadora de uma doença grave crônica e uma má-formação de neurônios além de ter sua expectativa de vida reduzida por causa da doença crônica ocasionando problemas psicológicos e desenvolvendo delírios circunscritos sistematizados. O psiquiatra alegou que o ambiente familiar ajudou a criança ter esse perfil, pois a mãe era policial militar e o pai era policial civil e conversavam sobre ocorrências do dia-a-dia. O psiquiatra forense alegou que a criança era viciada em jogos de vídeo game que abordava a vingança e o assassinato, e no colégio a criança sempre comentava com os colegas que se identificava com o personagem do vídeo game, além se vestir conforme o personagem do jogo.

No inquérito policial consta depoimento de uma professora que alega ter recebidos reclamações de colegas de sala da criança e alguns funcionários que a criança os ameaçava de morte, e ao relatar a mãe da criança os ocorridos, a mãe relatou que a criança agia dessa forma em casa. A mesma professora alega que a criança fez uma redação abordando as férias onde aprendeu a dirigir e a atirar com o pai, versão confirmada por um amigo da família que relata que assistiu a criança dirigir e a atirar.

Outro depoimento da filha da coordenadora pedagógica da escola onde a criança estudava, informou que o mesmo costumava falar em “ser matador de aluguel, mercenário e que iria ficar em um esconderijo”. E um dia após o crime ocorrido e a notícia da família ser veiculada na impressa a depoente afirmou de forma emotiva e chorosa que a criança mostrou as chaves do carro da mãe e falou sobre a arma que carregava, além de convidar-lhe para fugir.

A grande repercussão do caso acaba atrapalhando o trabalho da perícia e investigação de um homicídio, por ser um trabalho cauteloso, detalhista e demorado, e grande parte da população em geral e da mídia não acreditar no resultado da investigação policial. Ocasionando a divisão da equipe de investigação para checar ou averiguar determinadas denúncias feitas pela sociedade insatisfeita e pela imprensa. Mesmo depois de toda a investigação policial e investigação pericial mostrarem vários indícios, testes periciais, vídeos e depoimentos de testemunhas que escutaram os disparos da arma no dia da ocorrência, testemunhas oculares e documentos que comprovam que a criança esteve na escola no dia seguinte ao ocorrido, à população em geral, parte da imprensa e a defesa não concordam que uma criança tenha cometido um crime bárbaro de forma fria e calculista, tratando a criança como uma das vítimas da chacina, com base em teorias, ideias, contos e indícios totalmente infundados, provas inconclusivas e arquivos/documentos que nem sequer existe no inquérito policial, usando somente a comoção e a dúvida para encontrar um suspeito ou culpado pelo crime.

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