COMPUTADOR NA SOCIEDADE
Tese: COMPUTADOR NA SOCIEDADE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: vinny75 • 17/5/2014 • Tese • 9.405 Palavras (38 Páginas) • 441 Visualizações
Publicação: OEA_NIED/UNICAMP
http: www.nied.unicamp.br/oea
O COMPUTADOR NA SOCIEDADE
DO CONHECIMENTO
O COMPUTADOR NA SOCIEDADE
DO CONHECIMENTO
Organizado por:
José Armando Valente
Coordenador do
Núcleo de Informática Aplicada à Educação
Universidade Estadual de Campinas
Núcleo de Informática Aplicada à Educação Nied
Universidade Estadual de Campinas Unicamp
Cidade Universitária Prof. Dr. Zeferino Vaz
Bloco V da Reitoria 2o Piso
Distrito de Barão Geraldo
13083-970 Campinas, SP
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA CENTRAL DA UNICAMP
C739
O computador na sociedade do conhecimento/José Armando Valente, organizador Campinas, SP:UNICAMP/NIED, 1999.
156p.
1. Tecnologia educacional. 2. Inovações educacionais. 3. Ensino auxiliado por computador. 4. Informática Brasil. 5. Professores Formação. I. Valente, José Armando. II. Título.
20.CDD 371.3078
370.2854
001.510981
370.71
ÍNDICES PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO
1. Tecnologia educacional 371.3078
2. Inovações educacionais 371.3078
3. Ensino auxiliado por computador 370.2854
4. Informática Brasil 001.510981
5. Professores Formação 370.71
Este trabalho foi patrocinado pela Organização dos Estados Americanos OEA, pela Secretaria de Educação a Distância SEED/MEC, e pela Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Entretanto, os pontos de vista aqui expressos não representam necessariamente a opinião destas instituições.
APRESENTAÇÃO
Getúlio Carvalho
Este conjunto de textos escritos por José Armando Valente e por seus colegas do Núcleo de Informática Aplicada à Educação, da Universidade Estadual de Campinas, possivelmente desagradará os que privilegiam o ensino como forma de reproduzir a cultura vigente, mediante uma inserção calculada das crianças e dos jovens na vida comunitária. A preocupação dos autores do presente trabalho se centra no papel que pode desempenhar a escola na preparação dos estudantes para enfrentar as mudanças do mundo contemporâneo. Sua visão do ensino, entretanto, não o isola do contexto cultural em que se situa. Ao contrário, o que se propõe é uma contínua interação da escola com outras instituições sociais com vistas à gradual transformação cultural de todos os componentes, sem os quais as expectativas em torno da aprendizagem não podem realizar-se de modo satisfatório. Tal proposta implica não somente uma nova mentalidade como também novas práticas pedagógicas.
Entre as expectativas que as novas práticas pedagógicas tendem a suscitar inclui-se a ruptura do ciclo da pobreza em que se debate um grande número de estudantes discriminados em função da renda familiar, status social, região onde residem, ou deficiências de ordem física ou mental e do sentimento de impotência, ou de desânimo, que contagia importantes estratos de nossa população. Se o ensino tradicional tivesse respostas para tamanhos desafios, seguramente já as teria oferecido à sociedade, apesar do reconhecido isolamento em que se encontra a instituição escolar, vítima da carência de recursos e de controles obsoletos, geradores de inércia e conformismo.
Como a escola ainda tem um grande potencial de mudança, é possível, dentro de certos parâmetros, esperar dos docentes, administradores, alunos e comunidade iniciativas concertadas de alteração do status quo. Esta é a promessa que encerram os projetos elaborados e executados com o apoio de instituições de ensino e pesquisa como o Laboratório de Estudos Cognitivos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Núcleo de Informática Aplicada à Educação, da Universidade Estadual de Campinas que deu origem a este livro. Estes projetos, que utilizam o computador e outros meios para criar ambientes favoráveis à construção do conhecimento, resultam da convicção de que, embora seja lenta, a mudança na escola tem de acompanhar, na medida do possível, o ritmo de progresso de outros segmentos da sociedade, particularmente o do setor produtivo, onde o trabalho em equipe e a criatividade não se coadunam com um sistema escolar amparado sobretudo na memorização de conteúdos e na transmissão de dados e informações de cima para baixo.
José Valente enfatiza o papel que assumem esses projetos na articulação de esforços promovidos por centros de pesquisa universitária, pela rede pública de ensino e pela comunidade. Desde a implantação do Projeto EDUCOM, ressalta, procurou-se adotar, no Brasil, políticas de ensino sustentadas na experiência obtida no âmbito escolar, o que, segundo ele, não ocorreu necessariamente em outros países. Além disso, a experiência brasileira se destaca pelo uso do computador como instrumento de mudanças pedagógicas profundas, apoiadas nas atividades desenvolvidas por alunos e professores. Em outros países o que se buscou com a informática não passou, muitas vezes, de tentativas de automatização do ensino sem maiores inovações no processo educacional.
À medida que os mencionados projetos produzam um conhecimento baseado numa atividade concreta (um artigo, a solução de um problema do cotidiano ou um objeto qualquer do interesse dos alunos) e se relacionem com o contexto de sua utilização, é possível esperar do esforço educativo, além da solidariedade grupal, um sentimento de realização que motivará professores e alunos a buscar
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