Guerra cibernetica
Por: Wil Mazur • 15/11/2015 • Resenha • 2.047 Palavras (9 Páginas) • 840 Visualizações
Wilton Richard Mazur
Thaisa da Silva Ribeiro
Gestão da Informação
Prof. Douglas Lopes
Faculdade Facet
Ciberguerra
Introdução
Esse artigo tem por objetivo, trazer um pouco mais ao conhecimento das pessoas um dos assuntos que cada vez mais aparece com maior frequência no cenário mundial, estampando manchete dos mais diversos veículos de comunicação: a “ciber-guerra”. Embora inicialmente pareça um termo que remete apenas ao âmbito computacional e tecnológico, veremos que dada a presença cada vez mais expressiva do computador e dos sistemas computacionais na sociedade atual, sociedade essa denominada como a sociedade da informação, a ocorrência de uma guerra cibernética pode fazer com que milhares de vidas se percam. Não muito obstante, expressaremos também por meio de fatos, que o risco de desse acontecimento é iminente e por se tratar de uma batalha que se inicia de forma silenciosa, é necessário que se invista cada vez mais em segurança da informação, visando neutralizar o inimigo, seja ele quem quer que seja.
Sob ameaça constante, todos podem ser afetados, e o que retrataremos não é história de filme de ficção cientifica, está ali, mundo afora acontecendo nesse exato instante, como num jogo de xadrez, onde qualquer movimento melhor elaborado, ao se contar com um erro de estratégia adversária, pode acabar culminando em um xeque-mate. Assim exposto o objetivo deste trabalho, apresentamos nas próximas páginas, de maneira simples e em linguagem comum alguns breves apontamentos sobre tal tema, cujas discussões muito podem contribuem para o cenário acadêmico e social.
História das guerras
Guerra, de acordo com o dicionário Michaelis é a luta armada entre nações, por motivos territoriais, econômicos ou ideológicos. Não se pode afirmar com precisão, qual foi a origem das guerras, há relatos de que há cerca de 3000 a.C, na região da Mesopotamia, as tribos locais lutavam contra invasores.
A Guerra acompanha a história da humanidade, desde o início, e estende-se pelos mais diversos motivos, desde posses de terras, motivos políticos, étnicos, religiosos, indiferenças, demonstração de força, conquistas, etc. As guerras sempre marcam, não somente pela quantidade de vidas que são tiradas em muitos casos, mas também pela evolução econômica e tecnológica que elas acabam gerando.
Quando uma nação, declarando ou não guerra, começa a hostilizar outra suspendendo as garantias constitucionais e diplomacias consideradas de forma direta ou indiretamente prejudiciais à segurança nacional ou regional, entramos no chamado “Estado de Guerra”, esse é o primeiro passo para que mobilizem-se as forças, tanto de agressor quanto de agredido, caminhando para que a Guerra em si, passe a ser apenas questão de tempo.
Muitos personagens, tornaram-se notáveis, pelo seu desempenho ou de seus exércitos, durante as batalhas, é o caso de Alexandre, o Grande, Napoleão Bonaparte, o estrategista Sun Tzu, Adolf Hittler, Joana D’arc, Winston Churchil, Ernest Rutheford, Alan Turing, sendo que esse tem um significado especial para nosso artigo, pois ele desenvolveu uma máquina que leva o seu nome: Maquina de Turing, que é o que podemos chamar de pai dos computadores modernos, isso durante a Segunda Guerra mundial e sua invenção era capaz de ajudar a decifrar mensagens criptografadas enviadas entre as tropas alemãs.
Evolução das Guerras
As guerras, desde sua origem passaram por vários tipos de embates, no inicio eram corpo a corpo, com armas rudimentares, feitas de ossos, madeiras e pedras. Alguns séculos depois, as armas passaram a ser de metal e as estratégias começaram a ter papel fundamental no rumo das batalhas. Entre 987 e 1040 d.C, Fulk Nerra constrói vários castelos de pedra, nas limitações de suas terras, Oeste da França, com o objetivo principal de dificultar as tentativas de invasão. Um pouco mais tarde, no século 12 na China, é inventado o canhão, porém essa arma passou a ser melhor aproveitada e usada com maior eficiência no século XV. Entre 1500 e 1900, batalhas épicas se espalharam pelo globo, dentre elas, Guerra dos 100 anos entre França e Inglaterra, extinção dos Incas e Astecas, Guerras Napoleônicas, Guerra da Criméia, entre outras.
Já no século XX, temos a Primeira e Segunda Guerras Mundiais são as de maior notoriedade, mas muitas outras batalhas foram travadas: Guerra do Vietnã, Guerra Fria, Guerra do Golfo, um século mais tarde, temos a Guerra Contra o Terror, a Primavera Arabe.
Todo esse contexto histórico serve como pano de fundo para subdividirmos, de acordo com Alvin e Heidi Toffler, em Três Ondas de Guerra: I- Massas Humanas (cereal, madeira, metais); II- Mecanização (poder de fogo, motor a combustão, tanques, aviões e submarinos); III- Sociedade do Conhecimento e da Informação (Computador e Rede).
Sociedade da informação
O Termo Sociedade da Informação é designado para referir ao atual momento que passamos na história: vivemos em uma época, onde a informação trafega em velocidade impressionante, e se propaga de maneira exponencial. Cada vez mais a população está conectada, os dispositivos com maior capacidade de processamento e o avanço da internet estende-se também para as “coisas”: relógios, carros, utensílios domésticos, cirurgias, microchips inteligentes, satélites. Quase tudo está interligado, para o que você quiser, atualmente existem um ou vários aplicativos, o conceito de computação em nuvem, que está em evidencia, proporciona feitos, que há pouco tempo eram inimagináveis.
O universo que compreende toda a tecnologia e tráfego de tecnologia é o ciberespaço, e a internet, tida por muitos como “terra de ninguém” é o grande facilitador para o desenvolvimento da Sociedade da Informação, porém, a rede é também uma via de mão dupla: como garantir segurança para o tráfego de dados? Como manter informações, que deveriam ser sigilosas, longe das mãos alheias? Os vazamentos de informações confidenciais dos EUA, através de Eduard Snowden, escancarando para o mundo o programa de espionagem americano, e as publicações do WikiLeaks, invasão dos dados Sony, levando a crer que a culpa era dos coreanos, e posteriores falhas seguidas na rede de computadores coreana, instigaram ainda mais essas perguntas, e não só isso: as diplomacias se viram abaladas, o colapso pareceu eminente e o planeta se viu a beira de um novo tipo de Guerra: a Guerra Cibernética.
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